O PT é uma empresa de demolição – a melhor que o país já conheceu - a quem se incumbiu a tarefa de edificar. O resultado não poderia ser outro: a desconstrução do país. E não apenas na economia, mas em todos os demais campos da cena pública.
Diante dos destroços, com o pedido de impeachment já na Câmara, prepara-se para fazer o que sempre soube: demolição – isto é, oposição. A base petista não quer a saída de Dilma, mas condena o que ela vê como tábua de salvação: seu pacote fiscal.
Diante dos destroços, com o pedido de impeachment já na Câmara, prepara-se para fazer o que sempre soube: demolição – isto é, oposição. A base petista não quer a saída de Dilma, mas condena o que ela vê como tábua de salvação: seu pacote fiscal.
Põe em cena, então, um modo singular de apoio: a favor do governo e contra seus projetos; a favor do moribundo, mas contra a medicação. No que isso vai dar, não se sabe, mas se imagina. Mais destruição. O presidente da CUT, Vagner Freitas, prometeu pegar em armas contra os que querem a saída da presidente, mas usou de igual veemência para condenar as armas que ela própria concebeu para livrar-se do impedimento, o pacote fiscal.
Cabe aí o chavão: com aliados assim, pra quê oposição? Lula et caterva sustentam que é possível continuar a crescer, manter benefícios, crédito e consumo a rodo, sem submeter a economia a remédios amargos. Não explicam como, até porque não sabem – e até porque não há como.
Mas são detalhes. Importa manter a massa inflamada, supondo que algum vilão a quer surrupiar. As elites, claro.
O partido se especializou em propaganda enganosa. Com ela, e subsidiado com propinas extorquidas da Petrobras, venceu as eleições, mas não entregou a mercadoria. Nem entregará.
Considera, mesmo assim, que o partido e sua eleita são detentores de um mandato intocável, não obstante as previsões legais e constitucionais para situações como essa.
O país está economicamente arruinado. Ainda que o pacote de Joaquim Levy fosse um achado genial – e, óbvio, não é -, não teria o governo meios de implementá-lo, por não dispor de credibilidade. Sem ela, nada feito. Economia não é ciência exata; tem forte e decisivo conteúdo psicossocial.
Se hoje Dilma dispusesse de outro Plano Real – ou de um ainda melhor -, fracassaria. Ninguém o levaria a sério. A credibilidade do governante e de seu entorno é fundamental. As pesquisas mostram que algo em torno de 7% é o que restou à presidente de apoio na sociedade. Menos que a taxa de inflação.
Se tivesse juízo, pediria o boné e voltaria para casa. Mas não tem – e isso é um dos componentes da tragédia. A presidente, no desespero de sua aridez mental, topa tudo, até a estatização do jogo do bicho e da roleta. “Não descarto nenhuma fonte de receita”, avisou semana passada. Até cobrança de IPTU para as sepulturas está em curso – parece piada, mas não é. Demolições S.A.
Antes de sair, há ainda alguns estragos à vista. A OAB, a CUT de gravata, conseguiu emplacar no STF a proibição de doações eleitorais por parte das empresas. O PT, como lembrou o ministro Gilmar Mendes, não tem com o que se preocupar: já tem doações suficientes para muitas eleições, como o demonstra o Petrolão.
Poucos se deram conta da gravidade das palavras do ministro Gilmar Mendes, ao acusar o PT de ganhar as eleições com dinheiro público roubado. Do lado avesso de suas argumentações, o ministro Marco Aurélio Mello considerou ilegítimo receber dinheiro de empresas privadas, ainda que declarado. Ou seja, considerou todo o espectro político derivado das urnas ilegítimo, já que assim funcionaram as eleições passadas – e as que as precederam.
Nem tudo é como parece. A proibição soa como medida moralista, cuja ausência teria gerado a corrupção em curso. Mas não é. A proibição não suprirá a necessidade de as eleições serem financiadas, sobretudo num país-continente. O dinheiro virá agora do caixa dois e do Estado. Como este está vazio, resta o dinheiro clandestino. O STF legalizou o caixa dois – exceto, talvez, para o PT, que está abastecido para umas dez campanhas.
Tudo o que se sabe até aqui circunscreve-se à Petrobras e a uma pontinha da Eletrobras. Mas há bem mais: BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil, fundos de pensão etc. Onde haja um cofre, há um arrombamento. Dos generosos empréstimos externos do BNDES, quanto retorna como caixa dois ao PT para os embates eleitorais futuros? Não se sabe. Ainda.
Ao final de 13 anos do PT, legenda de número 13, seu espólio está sendo julgado na 13ª vara federal de Curitiba, enquanto na Câmara dos Deputados 13 pedidos de impeachment foram reunidos em um só para dar início à reconstrução do país.
É uma numerologia macabra, em que o 13, mais que nunca, consolida sua reputação mítica de número do azar. Vade retro!
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