segunda-feira, 7 de abril de 2014
Rondó da Liberdade
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que revoltam contra a escravidão.
Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir até quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que revoltam contra a escravidão.
Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir até quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
Neto de escravos trazidos do Sudão, o também poeta baiano Carlos Marighella (1911/1969)
foi deputado federal pelo PCB, militante comunista e um dos principais
organizadores da resistência contra o regime militar, apontado como o
inimigo "número um".
Cadê a água?
Há 64 anos, o Rio era assolado naquele Verão por um forte calor e agravado por
falta de chuvas. Para piorar, havia falta de água causada pelo mesmo problema
registrado nesta estiagem: falta de investimento. É a causa atual do sofrimento
nas pequenas cidades que não recebem a mesma cobertura jornalística dos grandes
centros.
Por isso, sob céu de brigadeiro, há mais carro-pipa nas ruas,
principalmente de Vila dos Patos, do que se possa imaginar. E os preços, lá nas
alturas estratosféricas. Ninguém fala em racionamento, mas em descarada falta
de abastecimento.
“Tomara que chova,
Três dias sem parar”
Foi uma grita geral nos anos 1950 contra a falta água e um
conseqüente sucesso carnavalesco no ano seguinte, “Tomara que chova” (Paquito e
Romeu Gentil), que resultou na instalação da primeira Adutora do Rio Guandu no
ano seguinte. No entanto, sem grita, a badalada empresa de águas fluminense Cedae
continua a brincar de grande empresa, anunciando que levará água daqui a anos a
essa ou àquela região, mas sem resolver o problema urgente atual. Xodó do Estado,
que com seus factóides tem promovido muito governo cafajeste, continua a gozar
com a cara do cidadão obrigado a gastar fortuna para ter água ao menos para
higiene. O descaso é tanto que na maior cara de pau está hoje agendando
entregas de água para fins de junho. O fato acontece numa região onde o
governador montou palanque para inaugurar estação de bombeamento numa cidade
sem abastecimento e juntinho ao alcaide andou esburacando tudo quanto é canto
para instalar canos (sem água, é claro). Resta-nos gritar como Emilinha Borba:
“De promessa eu ando cheio,
Quando eu conto,
A minha vida,
Ninguém quer acreditar,
Trabalho não me cansa,
O que cansa é pensar,
Que lá em casa não tem água,
Nem pra cozinhar”
Quando eu conto,
A minha vida,
Ninguém quer acreditar,
Trabalho não me cansa,
O que cansa é pensar,
Que lá em casa não tem água,
Nem pra cozinhar”
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