Moradora da periferia de Johanesburgo, maior cidade da
África do Sul, Yvonne Raedane diz não se importar "nem um pouco" com
futebol. Mas questionada se sediar a Copa do Mundo de 2010 foi um bom negócio,
ela diz: "Para mim, foi claramente um bom negócio".
Raedane se refere às melhorias feitas no transporte público
de Joanesburgo na véspera do Mundial, que surtiram grande efeito em sua rotina.
Pouco antes do torneio, o governo local inaugurou os
primeiros trechos de um sistema de corredores de ônibus (BRT) e de um trem de
alta velocidade.
Numa cidade sufocada pelo trânsito e em que, até então, a
maioria dos moradores dependia de carros ou lotações para se deslocar, os
investimentos tiveram um impacto sensível.
A postura de Joanesburgo contrasta com a da maioria das
cidades brasileiras que sediarão jogos da Copa, onde grande parte das obras em
transporte público planejadas para o evento foi abandonada ou não será entregue
a tempo.