quinta-feira, 26 de março de 2015

Os idos de Sarney


(...) no segundo mandato de Dilma, estamos caminhando para uma inflação de 8% que, somada à alta percepção de corrupção, provoca grande agitação popular. Não existe garantia de estabilidade política com inflação alta. Nos últimos dias do governo Sarney, ele não mandava nem no mordomo do Palácio.
Roberto Romano, professor de Ética Política da Unicamp

Lula nunca esteve apto para governar o país

Lula é genial, pois conseguiu iludir o Brasil e o mundo 

Lula perdeu a chance de se eternizar no poder e no coração do brasileiro, caso ele se preocupasse mais com o Brasil e o povo do que com as suas artimanhas políticas. A a partir de sua atuação como líder metalúrgico, nos movimentos e nas greves que comandava, Lula sempre adorou o jogo político, as alianças e as negociações.

Imaginou que, na condição de presidente da República, a maneira de proceder poderia ser a mesma, para conduzir o País por meio de conchavos. Na verdade, Lula nunca esteve preparado para comandar o Brasil. Precisava de assessores qualificados, mas se juntou a gente da pior espécie, cujo exemplo maior foi José Dirceu, que ainda segue em evidência depois de tantos escândalos e agora aparece envolvido também com o esquema da Petrobras.

No meio dos conchavos, foi assim que surgiu o mensalão. Como não era possível ter uma base aliada espontânea, então que fosse adquirida, para não haver problemas com a oposição. O resto já sabemos.

Lula e seu PT deveriam ser estudados sob holofotes da sociologia e da ciência política, diante das transformações verificadas depois que chegaram ao governo. Que o poder corrompe, sempre soubemos, mas tanto assim? Observe-se que não há instituição pública onde não haja corrupção e desonestidade. Agora, explodiu mais um escândalo com relação à segurança e monitoramento dos estádios da Copa do Mundo, com milhões de reais gastos a mais no contrato firmado com uma empresa alemã.

Lula traiu a nação brasileira. Certamente decepcionou também os governantes e as autoridades de muitos países, que sempre o receberam bem e o cobriram de honrarias, imaginando que o então presidente representava o lado bom do Brasil, honesto, interessado em resolver os impasses nacionais. Foram todos iludidos.

Decididamente, o PT não pode mais ser chamado de partido político, apenas um bando de criminosos reunidos para assaltar o País e explorar o povo brasileiro.

Politicamente, Lula foi esperto ao ampliar o Bolsa Família, pois trouxe para seu lado o pobre e o necessitado, ameaçando-os de interromper os benefícios caso votassem na oposição. Dessa forma, tem garantido milhões de votos que mantêm o PT no poder, e será uma epopeia conseguir tirá-los do Planalto, lamentavelmente.

Se o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, declara que ainda não encontrou razões para o impedimento de Dilma, é porque tem conhecimento de que haveria forte reação dos mais pobres, que inevitavelmente sairiam às ruas para protestar, somando-se aos “exércitos” de Stédile, dos sindicalistas e dos milhões de militantes petistas.

Enfim, o castigo que se abateu sobre o Brasil e seu povo é cruel, extremamente longo, e nos deixará com prejuízos incalculáveis no dia em que terminar, sabe-se lá quando.

A revolta da criatura

Dilma fontoche Lula da banana

Bota fé?

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoíno, afirmou que o Palácio do Planalto vai “cortar na própria carne”, reduzindo o custeio da máquina pública. O parlamentar revelou que os cortes ainda estão em estudos e que os benefícios sociais serão preservados.

“Todo mundo fica falando para cortamos gastos, e vamos [cortar]. O governo vai cortar na própria carne”.

Resta apenas confiar na palavra do deputado conhecido nacionalmente quando a Polícia Federal prendeu um assessor seu no aeroporto de Congonhas, ao tentar embarcar num voo para Fortaleza com R$ 200 mil reais dentro de uma mala e 100 mil dólares escondidos na cueca.




Entre o 'general' Stédile e o capitão Bolsonaro, o falso dilema

Na tentativa de dar sobrevida a seu governo, o PT avança no esforço de confundir a sociedade e provocar a secessão no Brasil. Enquanto Dilma e seus ministros admitem que as manifestações contra o governo são democráticas, os robôs e o que resta da militância petista ecoam o bordão de que os manifestantes são golpistas. Repetem essa mentira milhões de vezes regidos por seu Goebbels reencarnado marqueteiro.

Ao mesmo tempo, petistas e aliados constroem a falsa expectativa de que as manifestações levarão a sociedade a ter de decidir entre o general Stédile, do exército convocado por Lula, e o capitão Bolsonaro, que quer a volta dos militares ao poder.

A sociedade brasileira não quer o general Stédile nem o capitão Bolsonaro. E deixou isso claro no dia 15 de março. A sociedade não quer a violência do Exército de Stédile. A sociedade quer paz e respeito à Constituição.

A sociedade não quer a intervenção militar do capitão Bolsonaro. A sociedade quer a intervenção popular com respeito ao seu voto. O brasileiro vai reafirmar em 12 de abril a opção pela paz, pela liberdade e pela democracia.

O brasileiro quer um estado que assegure o direito de trabalhar e produzir. Não aceita pagar a conta dos erros políticos, da incompetência e da corrupção do PT e seus aliados. Não aceita mais inflação, impostos e desemprego.

O brasileiro quer justiça célere para os que saqueiam o estado e as empresas públicas. Não aceita impunidade. O brasileiro quer saúde, educação, transporte e segurança. Não aceita um governo partilhado por políticos, empreiteiros e burocratas corruptos.

O brasileiro quer um sistema eleitoral que respeite o seu voto, campanhas limpas e partidos comprometidos com programas. Não aceita pacotes e projetos que prometem mudança e entregam continuísmo.

A sociedade vai ser capaz de vencer a organização criminosa que desgoverna o Brasil com o poder legítimo da Constituição.

12 de abril vai ser maior.

O hipócrita e o santo de Hipona

O hipócrita, este ser de elegância, onde anda? Este que até um poeta já louvou por seus escrúpulos? “À saúde do hipócrita”! À saúde deste que torna tudo tão mais tolerável. É fácil demais apontar os de cloaca exposta, o dedo apontando é um muito antigo tentáculo de polvo revoltado, excitado, sedento de justiça. Caguete seu próximo e tenha sua pe
na reduzida. O hipócrita? O hipócrita não se emporcalha. O hipócrita faz questão de manter as mãos bem limpas. Nada de pontas soltas, traço de baba, sobra de festinha amanhecida. A sujeira flagrante o escandaliza. Questão de etiqueta, de postura, de barras bem cosidas. O hipócrita sabe dar o passo sem rastro, tem o asseio e a honra de continuar uma linhagem de hipócritas avoengos, agradáveis e corretos até o mais fino cabelo das aparências. Questão de decoro, siso, brio. O mau gosto da verdade deformando o rosto ou do sangue escapando da veia não é com ele. O hipócrita não hesita em público, não tem nada de errado a olho nu, nada da paixão daquele santo que admitia ter se empanturrado, se esbaldado, se lambuzado em conveniências, mais falso na sua alegria que um mendigo bêbado num bairro de Milão no quarto século depois de Cristo. Ele hipócrita não peca em público, não peca absolutamente, nada nele o denuncia, nunca nada nele é torpeza. Até a expressão de um monge sequestrado, que chama seu assassino de amigo do último instante, na boca do hipócrita perde seu travo patético. Ele sabe ser sem dor o amigo do último instante, ironicamente. E o santo? Este santo que é santo sendo um pecador confesso, onde anda esse indecente?

Já dizia Millor


Emenda pior que soneto

O presidente do PT, Rui Falcão, citou a queda de Salvador Allende no Chile, em 1973, para pedir na noite de segunda-feira apoio do partido a Dilma Rousseff. “Como diziam os chilenos pré-queda do Allende: ‘É um governo de merda, mas é o meu governo”. Quando sentiu o fedor da porcaria que proferiu, tentou se corrigir: “Não é de merda, mas é o nosso governo”.

A cada dia o PT demonstra que, com a eloquência dos seus integrantes, é mesmo um partido de merda. Agora falta dar a descarga.

País da boquinha


Não é do meu tempo, mas aprendi a amar o cinema mudo. Às vezes, promovo para mim mesmo festivais domésticos de filmes de Greta Garbo, Douglas Fairbanks e Lon Chaney, todos pré-1927 e hoje disponíveis em DVD. São tão excepcionais que nem me lembro de que, quando os atores falam, não se ouve o diálogo. O único momento em que parece faltar alguma coisa é no começo, quando o leão da Metro abre a bocarra, ruge e não se escuta nada.

Lembrei-me disso outro dia ao ler no "New York Times" que a "voz do Brasil", tão altissonante no cenário internacional nas últimas décadas, tinha se transformado num "sussurro" no governo Dilma. Veio-me também à cabeça o assessor do governo israelense que, há meses, em resposta a um palpite de Dilma sobre um ataque de Israel aos palestinos, chamou o Brasil de "anão diplomático".

Pouco depois, Dilma voltou a pisar na banana ao dizer, na Assembleia Geral da ONU, que era preciso "dialogar com o Estado Islâmico" --aquele que degola e frita prisioneiros vivos e destrói tesouros arqueológicos na casa dos outros. Aliás, esta declaração de Dilma resolveu um problema. Com ela, lá se foi a última chance de o Brasil integrar o Conselho de Segurança da ONU.

Bem, podemos ser um anão que sussurra, mas o que hoje se vocifera lá fora sobre o país é de ensurdecer. A cada dia, investigadores independentes, nos EUA, Suíça e Alemanha, descobrem que, em qualquer negócio com o Brasil, seus cidadãos, instituições e empresas têm de pagar por fora. Nada mais rola por aqui sem a boquinha, o suborno institucionalizado.

Tudo em que nos metemos --contratos da Petrobras com fornecedores, contas secretas no exterior, acordos da Copa do Mundo e até a venda de Neymar para o Barcelona-- envolve uma mutreta. O Brasil ruge em silêncio e, no lugar da bocarra, o que se vê é a boquinha.

Charlatanismo político


O homem deixa-se facilmente enlevar pelo encanto do maravilhoso, e é explorando este segredo da fraqueza humana que o charlatanismo abusa da simplicidade dos crédulos e à custa deles bate moeda na forja da impostura, ou sacrifica à sua corrupção as inocentes vítimas que loucamente espontâneas se precipitam nesse perigoso desvio da razão
Joaquim Manuel de Macedo (“As víctimas-algozes”, 1869

Esquerda democrática não pode cair na esparrela do PT

Que o PSDB seja classificado como centro-esquerda, vá lá! Mas é preciso desmistificar esta glamorização do PT rotulando-o como esquerda. De esquerda, o PT não tem nem nunca teve nada. Sempre foi um partido sem ideologia. Os partidos de esquerda têm um compromisso com o socialismo, coisa que o PT nunca teve. Não nos deixemos enganar com o apoio do PT ao MST, por exemplo, que também não tem nada de esquerda. São anarquistas. E o apoio do PT ao regime de Cuba é mero jogo de cena.

genildo

O PT foi sempre um partido voluntarista, oportunista. Com os escândalos do mensalão e do petrolão, afinal estamos vendo que o PT não tem nada de socialista nem de ético. Este triste partido arroga para si um rótulo de esquerda para pura promoção e marketing político. Nem mesmo o PCdoB, carne e unha com o PT, apesar de se rotular como Partido Comunista do Brasil, nada tem de comunista e muito menos de Brasil. Também é uma cambada de oportunistas, tal e qual o PT.

A esquerda democrática, representada entre outros por partidos como o PPS, PSB e PV, comprometida com o Estado de Direito e com os valores republicanos, não deve cair na esparrela petista. Deve conduzir de forma cautelosa a discussão sobre o escândalo da Petrobras e o impeachment.

Sua orientação deve ser a de que as instituições democráticas funcionem livre e plenamente, sem qualquer pressão indevida, como aquela patrocinada pelos advogados de vários réus com o objetivo de que o Ministério da Justiça, ao qual está subordinada a Polícia Federal, ponha obstáculo às investigações.

Por ora, a esquerda democrática deve mobilizar a sociedade civil para pressionar um correto funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito a ser instalada no Congresso Nacional e cumprir sua obrigação de investigar a fundo o grau de responsabilidade de todos os envolvidos, entre eles diretores da Petrobras, ministros e a própria presidente, além de parlamentares citados nos depoimentos dos delatores. Uma vez cumprido este passo, só então a esquerda democrática deve discutir a responsabilização a partir dos fatos apurados.

Concomitantemente, a esquerda democrática deve agir no sentido de que as investigações tenham o curso legal nas esferas do Ministério Público e do Poder Judiciário para a devida responsabilização criminal.

Com a discussão sobre o impeachment neste momento, os dirigentes do PT pretendem também pautar o debate na sociedade com objetivos diversionistas. Pretendem tirar o foco da grave crise econômica e social que afeta o povo brasileiro. O governismo tenta esconder que o atual ajuste fiscal joga a conta da crise sobre os ombros dos assalariados, com medidas restritivas de direitos trabalhistas e de arrocho, como a não correção pela inflação da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. Esta é a realidade.

Nem água no copo há

É mais séria do que se pensa a crise hídrica. Como sempre está sobrando para aqueles a quem o PT diz ajudar: os miseráveis. Em São Paulo, as torneiras já secaram até para as doações de água que os comerciantes faziam aos mendigos. O problema acontece nas barbas de Eduardo Suplicy, dos Direitos Humanos, que coordena o programa Braços Abertos, justamente para atender a esses necessitados.

Espetáculo de cretinice


'Nós temos um volume imenso
de obras no município'
Washington Quaquá, presidente 
do PT-RJ e prefeito de Maricá
Em seis anos no governo, Quaquá não conseguiu colocar um tijolo que fosse de uma obra digna de ser apontada como importante para Maricá, que hoje, “desenvolvida” para os olhos petistas, é apenas um canteiro de bostas purpurinadas. Em suma, a Patolândia.

Até a apelidada ponte da Barra, que leva o nome do irmão do prefeito, morto há pouco tempo e que nada foi no município, não passa de um viaduto superfaturado do governo estadual. Para dar dignidade à “ponte”, o prefeito até cavou um trecho de areia para ficar um pouco de água embaixo.

Somam-se a isso uma avenida que está em obras há três anos, já levou R$ 50 milhões, não está pronta e o malfeito já mostra sua cara. E o que falar dos R$ 8,5 milhões em instalação de calçadas “ecológicas” no Centro; do Centro Cultural Henfil, prometido para setembro de 2012 e que já lá foram enterrados R$ 2 milhões? A lista do “volume de obras” desse tipo é tão grande quanto o prontuário do prefeito.

Se não bastasse novo show de cafajestice, por e-mail, a assessoria de Quaquá diz ser “normal que os gestores públicos se submetam a controle judicial”.