terça-feira, 11 de outubro de 2016

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Rio Cheonggyecheon no Centro de Seul, na Coreia do Sul

Ora direis ouvir estrelas

Estes são versos de Olavo Bilac: “Ora direis ouvir estrelas! Certo, perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto, que, para ouvi-las, muita vez desperto e abro as janelas, pálido de espanto e conversamos toda a noite...”. Mais adiante, Mario Quintana escreveu: “Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas!”

Saint-John Perse, ao receber o Prêmio Nobel de Literatura de 1960, afirmou, com extrema sensibilidade e sabedoria: “... se a poesia não é, como se disse, o ‘real absoluto’, é certamente a mais próxima apreensão desse real, nesse limite extremo de cumplicidade em que, no poema, o real parece informar-se a si mesmo”.

Os tempos atuais estão tão confusos que irrompe a convicção da necessidade de voltarmos a olhar as estrelas em busca de inspiração. São tantas as informações que se recebe que já não se sabe discernir o que é importante para a felicidade dos povos.

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Valores éticos são como estrelas no céu social — inspiram e indicam direções seguras e permanentes para a construção do “Humanismo integral” — a história orientada para a promoção da dignidade da pessoa humana. Voltemos a contemplá-las como se faz com as outras estrelas: Olhem a constelação da Justiça! Prestem atenção no conglomerado da liberdade! Não deixem de contemplar o esplendor do conjunto da democracia! Cantemos a beleza luminosa da galáxia da paz! Não esqueçamos de nos extasiarmos com o cintilante cinturão da solidariedade!

Muito mais importante do que taxas de inflação, de criminalidade, índices de desemprego, indicadores de poupança e de desenvolvimento, de leis que regulamentem as migrações e o comercio internacional, é o conhecimento e a crença arraigada nos valores éticos explicitados ao longo dos séculos, por uma humanidade sequiosa de poder viver em sociedades que proporcionem, a todos, oportunidades de felicidade, justiça, liberdade e segurança. Tais progressivas explicitações da democracia, fruto da liberdade e da racionalidade humana, são as fontes seguras de permanente inspiração para o aperfeiçoamento do viver coletivo. Na procura de soluções para os graves problemas que se avolumam, precisamos voltar a sonhar, centrando nossas atenções nas estrelas do céu social, os seguros faróis dos povos. Recorrer a elas nestes momentos de confusão e perplexidade, não como mais uma alternativa a ser tentada, mas como a única verdadeira solução possível.

As religiões cristãs deveriam estar à frente desta campanha de recuperação do espirito do “Humanismo integral”. Os historiadores são praticamente unânimes em ensinar que a Europa, berço da nossa civilização ocidental, é culturalmente, nos seus fundamentos, essencialmente judaico-cristã. Resta recuperar esta fonte inicial de inspiração para, só então, procurarmos equacionar, com lógica, os problemas concretos das nossas sociedades.

Os sonhos coletivos necessariamente precedem às ações políticas. É importante que possamos voltar a sonhar com fé, alegria e esperanças.

Enquanto não realizarmos uma revolução educacional de qualidade e uma reforma política radical — que possibilite o mais efetivo acesso ao poder dos melhores e mais competentes candidatos, principalmente no Poder Legislativo (“o supremo poder”), recuperando a prevalência, no ambiente cultural dos nossos dias, dos pressupostos éticos que conformaram a nossa civilização — não sairemos da miserável, desesperançada e triste situação em que atualmente vivemos.

Eurico Borba

Proclamar a República

O 2 de outubro pode ser um divisor de águas na história política brasileira. O recado das urnas foi claro: um rotundo não ao projeto criminoso de poder liderado pelo PT. A fragorosa derrota petista não escolheu lugar. Ocorreu tanto em municípios que eram administrados há pouco tempo pelo partido, como também em outros onde esteve vinculado historicamente, como em São Bernardo do Campo. Lá o candidato petista ficou em terceiro lugar, e o filho do comandante máximo da organização criminosa, no dizer do procurador Deltan Dallagnol, Marcos Lula da Silva, que tentava permanecer na Câmara dos Vereadores, obteve apenas 1.500 votos. E mais, o domínio das áreas pobres da cidade de São Paulo pelo discurso rancoroso petista foi destroçado: das 58 zonas eleitorais, João Doria venceu em 56 e Marta Suplicy em duas. Não custa recordar que o PT tinha vencido três vezes a eleição para a prefeitura da capital paulista: 1988, 2000 e 2012 — e no resto do Estado de São Paulo, das 80 prefeituras restaram apenas sete. Tudo isso onde o partido nasceu e esteve ao longo da mais de 30 anos, com a seção mais bem organizada.

No restante do Brasil, o PT foi derrotado nos principais colégios eleitorais. Mais ainda naqueles onde Lula resolveu fazer campanha. Muitos ainda se iludiram com o potencial de votos que o chefe do petrolão poderia transferir. Mas, como um verdadeiro rei Midas às avessas, por onde passou deixou um território eleitoral devastado. Fortalecendo a análise de que Lula, hoje, nada representa na política brasileira. Que não passa de uma falácia sua candidatura em 2018. Lula para presidente, só se for para Presidente Bernardes, presídio de segurança máxima no interior paulista.

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A derrota do projeto criminoso de poder e de seus asseclas abriu um novo momento na política brasileira. A contradição PT versus anti-PT é coisa do passado. Marcou este novo século, mas agora foi relegada a plano secundário. O PT luta para garantir seu registro partidário — isto enquanto a Justiça Eleitoral não colocar em prática a lei 9096/95, artigo 28, especialmente os incisos II e III — e para manter longe das grades suas principais lideranças, especialmente Lula. Neste sentido, o país deu um passo adiante. E que deverá ter um reflexo direto na qualidade do debate político-ideológico, que deve sair do noticiário policial para as editorias de política e economia.

Também no campo do Legislativo os resultados foram positivos. Não ocorreu uma ampla renovação, que seria inimaginável em tão curto espaço de tempo. Mas em várias câmaras municipais foram eleitas novas lideranças. Muitos dos tradicionais puxadores de votos não foram reconduzidos, e as sempre presentes celebridades eleitorais foram derrotadas. E o número de vereadoras eleitas chegou a dobrar, como em São Paulo. Tudo indica que os legislativos municipais poderão, finalmente, exercer suas atribuições constitucionais. E deixar de lado as tristes práticas antirrepublicanas, sendo meros chanceladores da vontade do Executivo. Também nesse caso não significa que será um processo geral, nacional, mas, nos principais colégios eleitorais, a prática política dos vereadores deve mudar.

O Poder Judiciário acabou sendo partícipe direto das eleições. A Lava-Jato foi uma das estrelas. Poucas vezes em um processo eleitoral municipal esteve tão presente temas nacionais. A figura de Sérgio Moro pairou sobre as eleições. E a derrota do PT nos principais colégios eleitorais teve uma ligação direta com as investigações e condenações da 13ª Vara Federal do Paraná. Isto pode ser comprovado comparando-se a eleição paulistana de 1992 com a de 2016. Na primeira, em meio ao processo de impeachment de Fernando Collor, quem venceu foi Paulo Maluf, notabilizado pela trato da coisa pública como coisa privada. Já em 2016, João Doria, o candidato vencedor, deixou bem claro sua oposição ao petismo e às suas práticas administrativas.

A questão que se coloca é se o resultado eleitoral, além da rejeição ao PT, representa uma mudança na política brasileira e na participação dos cidadãos. Ao que parece, pois ainda estamos em pleno calor dos acontecimentos, houve um salto de qualidade. Como estamos em um processo democrático e num país de transições políticas incompletas, não haverá profundas rupturas. O cenário é de alterações pontuais, graduais e de questionamentos das instituições. Há um sentimento de cobrança, de exigência cidadã para que o Estado funcione e trate todos de forma igualitária. Em outras palavras, é o desejo de que a República seja proclamada, pois só foi anunciada em 15 de novembro de 1889.

Para este novo tempo são necessárias novas lideranças ou, ao menos, que as atuais tenham sensibilidade e compromisso com as mudanças. É um desafio complexo, pois a elite está comprometida com a velha forma de fazer política. Este é o principal nó a ser desatado. A crise econômica, neste caso, é de menor importância. O cerne é ter dirigentes que ajam de forma republicana, sintonizados com os sentimentos que as ruas demonstraram neste histórico ano de 2016. As escolhas de bons caminhos para retirar o país da crise depende de bons políticos, daqueles comprometidos com o interesse nacional — e não de grupos que lesam sistematicamente o Erário.

Para que o amanhã não seja o hoje, caberá à sociedade civil — que teve papel central na derrubada do projeto criminoso de poder — continuar mobilizada. E este é um recado também para os dirigentes recém-eleitos. A sociedade amorfa está dando adeus. O Brasil mudou.

Marco Antonio Villa 

O colapso do petismo

A cúpula do PT ainda está atordoada com o resultado das eleições municipais, como aquele lutador de boxe que foi à lona e levanta dando socos no ar, completamente grogue, sem se dar conta de que foi a nocaute. Acredita que a narrativa do golpe varrerá para debaixo do tapete tudo o que aconteceu. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comporta da mesma maneira, como se fosse possível separar o fracasso do governo Dilma Rousseff dos seus dois mandatos e escapar da Operação Lava-Jato, embora os dois principais artífices de sua ascensão ao poder, os ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci, estejam presos. Mesmo que matem no peito o escândalo da Petrobras, como fizeram Delúbio Soares e João Vaccari Netto, o cerco está se fechando.

Como veterano líder sindical, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabe que a vida de um metalúrgico no chão da fábrica é muito mais dura do que a de um médico, bancário ou professor, sobretudo quando se trata da defesa de seus direitos e reivindicações. Um líder sindical deixa de ser metalúrgico quando perde uma eleição e estabilidade no emprego, porque a reação patronal costuma ser implacável e dificilmente outra empresa lhe oferecerá trabalho. Não é à toa que os dirigentes sindicais se encastelam nos sindicados e fazem o diabo para neles permanecerem. Um balanço da direção nacional do PT concluiu que 50 mil militantes do partido serão desalojados de seus cargos em razão das eleições municipais, nas quais sofreram uma derrota arrasadora, a começar por São Paulo e São Bernardo. Provavelmente, poucos abandonarão a luta política; porém, com certeza, muitos deixarão de ser petistas, uns por oportunismo, para manter os cargos, outros porque o desemprego os fará refletir mais seriamente sobre o colapso do petismo.

Não é uma tarefa fácil refletir sobre o próprio fracasso. No caso da derrota petista, há dois aspectos combinados: o primeiro é o envolvimento do partido no escândalo da Petrobras, que vem sendo desnudado pela Operação Lava-Jato. Essa é a parte mais fácil do diagnóstico, pelo menos para os que não se beneficiaram diretamente do esquema, embora seja muito difícil reconstruir a imagem da legenda. A parte mais difícil é reconhecer que o projeto político deu errado, porque a velha cultura nacional-desenvolvimentista, esquerdista e voluntarista, continua sendo um refúgio ideológico, ao empolgar uma parcela da juventude e possibilitar ao PT a realização de alianças à esquerda contra o governo Temer.

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O verdadeiro fracasso, porém, está no esgotamento de um modelo que mistura capitalismo de Estado e populismo, que surgiu na transição de um país agrário e rural para uma civilização urbano-industrial, a partir da Revolução de 30. Lula patrocinou a recidiva desse modelo, numa nova fase do capitalismo brasileiro e da globalização. O colapso do populismo no Brasil ocorreu com a ultrapassagem do modelo de Vargas, caracterizado pela atuação conservadora do Estado e pelo nacionalismo, pelo reformismo dinamizador de Juscelino, que não conseguiu eliminar as desigualdades e distorções estruturais do país. A tentativa de reverter essa ultrapassagem, no governo Jango, resultou na crise de 1964 e na substituição, pelo regime militar, do projeto nacional desenvolvimentista pela ideologia da modernização.

Com a democratização do país, porém, a cooperação e a competição externas passaram a ser variáveis naturais do nosso desenvolvimento e objeto de desejo das elites e das camadas médias urbanas, o que ficou demonstrado na eleição de Collor de Mello e, depois, nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Com a eleição de Lula (graças ao novo protagonismo de sindicatos e movimentos sociais na política nacional, diga-se de passagem, proporcionado pela crítica ao populismo e pela estabilização da economia), o eixo do modelo se deslocou da ideologia da modernização para a ideologia do consumo, o ingrediente principal do neopopulismo lulista. Além disso, a chamada “nova matriz econômica”, que garantiu a reeleição de Lula e, depois, a eleição de Dilma Rousseff, nada mais foi do que a retomada do velho modelo de capitalismo de Estado nacional desenvolvimentista, num ambiente internacional que lhe era hostil, tanto do ponto de vista econômico como político. Vem daí o colapso do petismo.

No livro A quarta revolução, a corrida mundial para reinventar o Estado, os jornalistas britânicos John Mickethwait e Adrian Wooldridge (Portfólio/Penguin) registram que os governos de todos os matizes, dos Estados Unidos à China, se deparam com três dilemas: “primeiro, não mais vender bens e serviços que não são de sua competência, revivendo, portanto, os programas de privatização, velha causa da direita; segundo, cortar subsídios que afluem para os ricos e bem relacionados, a velha causa da esquerda; terceiro, reformar os direitos sociais para garantir que sejam direcionados para quem realmente precisa deles e que sejam sustentáveis no longo prazo, velha causa dos que se importam com a saúde do Estado.” Com a crise econômica, política e ética, os três dilemas também estão na ordem do dia aqui no Brasil.

A igualdade suína

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Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todos iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir, quem era homem, quem era porco
George Orwell, "A Revolução dos Bichos"

Denúncias apequenam Lula e o PT derrete junto

RS Notícias: O grande farsante, por Plínio Pereira de Carvalho:
Acontece com Lula um fenômeno muito comum na política: o sujeito acha que é uma coisa. Mas a sua reputação indica que ele já virou outra coisa. A nova denúncia, protocolada contra Lula hoje em Brasília, por suas relações promíscuas com a Odebrecht, é a terceira acusação formal da Procuradoria em que o ex-presidente petista é retratado como protagonista de casos de corrupção. Nas outras duas denúncias, Lula já virou réu. Uma em Curitiba e outra em Brasília. Lula em breve será réu pela terceira vez.

A realidade de Lula é muito parecida com a de uma mulher fictícia criada por um escritor chamado Josué Guimarães. Essa mulher da ficção sofria de uma doença que a fazia diminuir diariamente de tamanho. E seus parentes serravam os pés das mesas e das cadeiras, rebaixando os móveis, para que ela não percebesse o que lhe acontecia. No caso de Lula, a família petista tenta disfarçar o encolhimento do seu ex-grande líder reduzindo o drama jurídico do personagem a uma conspiração da Polícia Federal, da Procuradoria e da mídia.

A imagem de Lula, antes monumental, agora cabe numa caixa de fósforo. E o encolhimento deve continuar. Afora as encrencas da primeira instância, Lula é investigado em dois inquéritos no STF. Num deles, é acusado de chefiar o quadrilhão, como os procuradores se referem ao esquema que assaltou a Petrobras e outros cofres públicos. O PT derrete junto com Lula. De fundador do partido, Lula virou afundador do PT. Quando o PT, já bem pequenininho, decidir sair da caixa de fósforo, talvez descubra que sua fantasia não substituiu a realidade. Apenas adiou o reconhecimento de que seus erros o tornaram um partido insignificante
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Totalitário é o governo que quer cuidar cada vez mais dos súditos

A vocação totalitária em política não é algo fácil de se entender. O primeiro erro é achar que o governo totalitário o é porque deseja o mal para seus súditos. Não: o que caracteriza um governo totalitário é querer cuidar cada vez mais da vida de seus súditos.

Se você perguntar para um prefeito totalitário a razão de ele querer mandar em sua vida, ele dirá apenas que você não o entende e que ele quer apenas o seu bem. O totalitarismo moderno é o pecado dos governantes que têm grandes projetos para sua vida. E isso é muito difícil de entender, porque quase todo mundo hoje pensa que governantes com projetos de mundo ou sociedade são bons.

O filósofo britânico Michael Oakeshott (século 20), um desconhecido entre nós, costumava dizer que se mede a qualidade positiva de um governante pela ausência de teorias de mundo em sua mente.

A rigor, um governante "ideal" seria alguém que não tem qualquer projeto para a sociedade que governa a não ser manter a ordem, a infraestrutura, a garantia de que a economia seja livre (sem protecionismos ou assistencialismos). Enfim, o "ideal" seria garantir que ele atrapalhará a vida das pessoas o mínimo possível.
296.8k41149481 Noam Chomsky é um linguista, filósofo, cientista cognitivo, comentarista e ativista político norte-americano, reverenciado em âmbito acadêmico como “o pai da linguística moderna“, também é uma das mais renomadas figuras no campo da filosofia analítica. (Fonte) “Em um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam, desde que o governo possa controlá-la pela força […]:

Nesse sentido, a pior coisa do mundo seria um governante que tem uma "visão de cidade", uma "visão de sociedade" ou uma "visão de educação" para seus súditos. O totalitarismo é fruto de um projeto de bem social e político. A primeira marca de um totalitário é ele ter certeza que representa o bem para todos.

O filósofo romeno Emil Cioran (século 20) costumava dizer que vizinhos muito preocupados com o prédio se tornam facilmente vizinhos autoritários. Basta alguém achar que sabe como você deveria viver para essa pessoa ou governo se tornar totalitário.

O que ninguém quer entender é que o fascismo sempre se viu como um projeto para o bem do mundo. Enquanto o "amor" que o fascismo nutria pelo mundo não for reconhecido plenamente, o risco da "bondade do bons" jamais será plenamente identificado. É necessário vermos o prefeito fascista com os olhos que ele (e seu seguidores) o veem: com os olhos do "amor" que ele nutre em ensinar a você como você deve viver.

Vejamos um exemplo dramático disso. A cidade de Roterdã, na Holanda, tem um novo projeto de lei proposto por um dos tipos mais totalitários do mundo moderno: o "educador". Segundo esse projeto, mulheres "incapazes para a maternidade" serão obrigadas a tomar contraceptivos. Essas mulheres são mulheres que usam drogas, que não têm domicílio fixo, portadoras de alguma doença importante diagnosticada ou prostitutas. Os "inteligentinhos", na pobreza de espírito que os caracteriza, não percebem aqui o totalitarismo porque na Holanda se anda de bike.

Essas mulheres seriam "acompanhadas" por psicólogos e assistentes sociais a fim de determinar a capacidade delas em exercer uma possível maternidade.

Os proponentes da lei entendem que há um risco totalitário na ideia, porém "escolhem respeitar o direito das crianças" em detrimento do direito das mulheres de serem mães. Você pode, talvez, se perguntar onde estariam essas crianças cujo direito deveria ser respeitado. Você pergunta isso porque não entendeu (e a culpa não é sua, é duro mesmo perceber quais crianças são essas a serem respeitadas) que o direito aqui em jogo é "o direito de uma criança não nascer".

Evidente que estamos aqui muito além do aborto. Estamos aqui diante de uma lei que decide quem deve ou não nascer em nome de um estatuto que diz cuidar dos direitos das crianças.

A intenção por trás desse blá-blá-blá é limpar a cidade de crianças que poderão custar caro para o Estado. Mas, de novo, os "inteligentinhos" ficam confusos porque na Holanda se anda de bike e, quando se anda de bike, creem eles, sempre se carrega o bem no coração.

A mentira é que não se trata de "direito" de criança nenhuma, mas, sim, de um forma de higienizar o mundo. O "amor" pelo mundo melhor é uma das maiores misérias modernas. Não confio em gente que "ama" o mundo. Uma obsessão que custará a passar, mas passará, como tudo mais.

Um pouco de paz

Começar de baixo

Ninguém mora na União, nem no Estado, mas todos no Município. Ou no Distrito Federal. Quem assim dizia era o dr. Ulysses Guimarães. Para ele, as eleições municipais estavam no cerne das decisões nacionais. Num período de tantas sugestões sobre a reforma política, a hora seria de o país voltar-se para reformular suas primeiras estruturas. Para começar, ampliando as atribuições dos prefeitos. Dando-lhes maiores obrigações em saúde, educação e segurança, claro que aumentando os recursos e evitando a superposição de tarefas nos estados e na União.

“Sua Excelência o prefeito” ganharia mais encargos e, certamente, maior cobrança de seus eleitores. A participação do cidadão comum na administração municipal seria o corolário da responsabilidade, com frequentes aferições do desempenho das autoridades municipais. Uma vez por ano, durante seus mandatos, os prefeitos responderiam por sua atuação, podendo receber votos de rejeição ou aprovação, mas votos mesmo, capazes de mantê-los ou despedi-los de suas funções.

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Às Câmaras de Vereadores caberia referendar a decisão, dentro de rigorosa vigilância da Justiça. Essa participação popular levaria o eleitorado a começar de baixo o exercício da cidadania. Custos haveria, ainda que compensados pela eficiência do julgamento.

Começar pelos municípios serviria para aprimorar o processo político, quem sabe levando a aferição de competência aos planos estadual e federal. Hoje, depois de árdua campanha, os eleitos ganham carta de alforria para fazer o que bem entendem, tendo sua performance apreciada apenas quatro anos depois, durante os quais a ninguém respondem.

O cacarejo dos sem noção

Vamos deixar uma coisa clara? Existem pelo menos 40 partidos na esbórnia política brasileira. Destes, há pelo menos cinco com tamanho, densidade e importância para serem pautas políticas recorrentes. Destes ainda, falta lembrar que é o PMDB que governa o país agora e foi o PSDB o maior beneficiário das eleições municipais. Tudo isso seria o bastante para mudar o disco, vocês não acham?

Alguém aí vai dizer que o editorial do Estadão buscou a crítica ao modelo petista. O grande problema é o tal “outro lado”, que precisaria ser consultado para também dar sua versão dos fatos e apresentar conclusões. O PT simplesmente não sai da “mídia”. Você dá a descarga cívica na meleca parida pela quadrilha até hoje e ela continua assunto para editoriais de jornais importantes e afins.

É impressionante como a falta de assunto dos editorialistas e outras viúvas dessa esquerda vigarista faz com o PT permaneça no pódio santo em que foi colocado. Chama a atenção o fato de que a repórter mais bem nascida do canal vermelho da platinada tenha sido escalada para vir a São Paulo entrevistar o candidato PERDEDOR do primeiro turno, não o ganhador. O ganhador não é notícia, na visão avariada dessa gente.

O esforço do atual governo federal também não. O que pensam essas pessoas não interessa. A agenda positiva não existe, na cabeçona torta deste senhores, que só vêem a coisa pela lado esquerdo do cérebro. Para eles, o país congelou-se numa republiqueta bananeira e vagabunda, que precisa ficar discutindo os destinos de lula e sua família de bucaneiros, o PT e sua estrelinha na cueca e a esquerda e seus cretinos fundamentais, que não enxergam nunca o fim da vigarice. Vão todos para a cadeia e pronto. Simples assim.

Deixarão com saudade esse amontoado de cãezinhos de madame, que saltitam em busca da tal “agenda progressista”, que não passa de uma mãozona boba enfiada em sua carteira, em sua partes íntimas e em outros locais do interesse mórbido dessa gente nojenta. Chega, jornalão. Muda o disco. Vira a página. Ninguém aguenta essa ladainha de quem só sai pra visitar a sede do partido bambo. De quem só discute política pela cartilha do socialismo cafajeste e larápio.

VOCÊS são os culpados pela crise. Essa é uma crise fundamentalmente de INFORMAÇÃO. De absoluta falta de informação. De negação dos fatos e das conclusões. Uma crise que atinge a testa dos próprios editorialistas, que não sabem olhar a coisa por outra viseira. Ou será que um jornal só serve mesmo para embrulhar os dejetos dos bichanos? Progressista é a agenda que vocês farão, quando limparem a farofa que ajudaram a espalhar em nossa sociedade, esse tempo todo.

Ou preferem falir primeiro? Fala sério.

Os gastos estão sendo congelados, mas, depois, haverá corte, sim. E é o necessário!

O que há de verdadeiro na gritaria das esquerdas, que dizem que a PEC 241 vai nos conduzir ao abismo? Vamos lá. Se o seu salário é corrigido a cada ano pela inflação, seu poder de compra se mantém. Não existe aumento real, mas também não há corrosão do valor, certo? De fato, não há corte de gastos, mas congelamento. Gastos com saúde e educação, em razão das regras especiais, vão até crescer no ano que vem. Depois, entram na regra geral. Se os senhores parlamentares quiserem carrear mais recursos para os dois setores, poderão fazê-lo desde que digam de onde sairá o dinheiro. A lei vai estabelecer o teto do conjunto, não de cada área.

Caberá a sucessivos governos elaborar a peça orçamentária e negociar com o Congresso, que é, à diferença do que disseram as esquerdas no recurso enviado ao Supremo, quem dará a palavra final.

Como foi que o país quebrou? Com as despesas crescendo ano a ano a um ritmo muito superior à receita. Parte disso acabou virando benefício aqui e ali para os pobres. Sim. Mas agora vejam o efeito. Muitos dos que saíram da miséria absoluta nos últimos anos já voltaram pra lá. E voltarão todos se não houver uma medida drástica.

Charge O Tempo 11/10/2016

Não há corte de gastos em números absolutos, mas é evidente que há em termos relativos. A população não ficará congelada, certo. Se, hoje, existe um gasto X para uma população Y, o gasto per capita só se mantém o mesmo, depois da correção, se não houver variação no Y. Mas haverá. E, portanto, o gasto por cabeça tenderá a cair. Mais: a economia voltando a crescer, também cai o valor do Orçamento em relação ao PIB.

Então o destino fatal é haver o tal esmagamento dos gastos sociais? Não necessariamente. Ainda que pareça conversa mole e saída fácil para problema difícil, uma coisa é verdadeira: será preciso aprender a gastar com mais eficiência mesmo. Há mais: se o país volta a crescer, a tendência é que aumente a renda do trabalho, que haja mais geração de empregos e que as pessoas fiquem menos dependentes do Estado, havendo uma possível queda de demanda pelos serviços. É evidente que essa demanda cresce muito em períodos de crise. O Estado se torna o lugar para onde todos correm.

É claro que, em circunstâncias normais, não se propõe o congelamento de gastos, corrigido apenas pela inflação. Ocorre que não estamos vivendo em circunstâncias normais. Os governos do PT resolveram gastar como se não houvesse amanhã. E, agora, aqueles erros estão cobrando a sua fatura. Cedo ou tarde, chegaria.

A equação que ora está sendo aprovada supõe que se passe a gastar necessariamente melhor e de formas mais responsável.

Profecia milenar

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Um pequeno ladrão é colocado na cadeia. Um grande bandido torna-se o governante de uma nação
Chuang Tzu (369 a.C. - 286 a.C.)

A vez do titanossauro

 Começa sempre com a descoberta de um caco de osso num ermo qualquer. Não parece ter pertencido a uma vaca, nem a ninguém conhecido na região. Trâmites depois, o osso cai em mãos hábeis, que o identificam como um fóssil, parte de um dinossauro que viveu ali há 100 milhões de anos. Pela sua composição, estabelecida por tomografia computadorizada, pode-se reconstituir o bicho inteiro – idade, gênero, seus hábitos pessoais, sua preferência por rúcula ou agrião, se aceitaria um pterodáctilo como genro etc.

Durante muito tempo, todos os dinossauros que conhecemos eram indivíduos com oito metros de comprimento, da ponta do focinho ao fim da cauda, por cerca de três de altura, e grandes o suficiente para nos assombrar, vide Godzilla. Mas empalideceram diante dos formidáveis tiranossauros de 13 metros de comprimento por quase 5 de altura que apareceram depois, e dos quais há um exemplar em exibição na Quinta da Boa Vista.

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Pois até estes já foram para a segunda divisão, com a recente descoberta, na região de Presidente Prudente (SP), de um colossal titanossauro de 25 metros de comprimento por 8 de altura. E ninguém pode afirmar que ele será o maior que já existiu.

Algo semelhante acontece com as investigações sobre os nossos políticos, empreiteiros e operadores acusados de corrupção. O mensalão, por exemplo. Quando surgiu, em 2005, parecia enorme. Em 2014, o petrolão, a Operação Lava Jato, a apreensão de documentos, as prisões preventivas e as delações premiadas reduziram o mensalão àquele primeiro e singelo dinossaurinho.

As investigações continuam, agora em muito mais frentes. E, com o que se diz que a polícia, a Justiça e a Receita Federal, o Ministério Público e o STF têm a apresentar, o próprio petrolão, que equivale ao titanossauro, arrisca-se a parecer um camundongo.

Um mês após Olimpíadas, empresas e torcedores temem calote

Mais de um mês após o fim da Olimpíada, empresas que prestaram serviços dizem aguardar o pagamento de dívidas de até R$ 10 milhões por parte do Comitê Rio-2016 - e torcedores reclamam de ainda não terem recebido o reembolso de ingressos devolvidos.

Segundo pessoas que desistiram de entradas, não há resposta por telefone, email ou na página oficial da Rio-2016 no Facebook. Há quem tema calotes de mais de R$ 5 mil.

Os torcedores afirmam que a central de atendimento não funciona mais e que o email informado na gravação e nos contratos emite somente respostas automáticas. Nas redes sociais oficiais da Rio-2016, posts, comentários e mensagens privadas são ignoradas, acrescentam.

As empresas, por outro lado, dizem que seu canal de comunicação com os organizadores continua aberto - e que os organizadores têm dado prazos para pagar e reiterado que honrará os contratos.

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Procurado pela BBC Brasil, o Comitê Rio-2016 admitiu as dívidas com as empresas e afirmou que "vai honrar todos os pagamentos até o final de outubro". Sobre os torcedores, afirmou que alguns deles interpretaram errado o prazo de pagamento do reembolso.

Além disso, informou que há dinheiro em caixa, descartando a possibilidade de calote ou de mais pedidos de resgate ao governo, como o ocorrido às vésperas da Paralimpíada.

Gerente da empresa Sunplus, que prestou serviços de limpeza em 27 instalações dos Jogos, entre elas o Parque Olímpico, Danielle Vasconcelos conta que a promessa era de receber cerca de R$ 6 milhões até a última sexta - mas isso não havia ocorrido até a publicação desta reportagem.

Na semana passada, 200 funcionários da empresa protestaram diante da sede do Comitê Rio-2016 por causa do não pagamento de salários.

"Tivemos que tirar do capital de giro da empresa para pagar esses 2,5 mil funcionários. Prometeram pagar até essa última sexta-feira. Não pagaram o que na verdade já estava atrasado. Não é justo, prestamos o serviço da melhor forma possível. E agora, o que ganhamos? O calote olímpico", diz ela.

Seus funcionários trabalharam do período anterior ao início da Olimpíada até a desmontagem das instalações, ao fim da Paralimpíada, explica.

"Enquanto havia competição, recebemos direitinho. Foi só acabar a Paralimpíada que não pagaram mais nada. Eu acho uma falta de respeito. Se não cumprirem o prazo desta semana, vamos partir para os trâmites legais."

No fim de setembro, a Justiça do Rio determinou que R$ 9,8 milhões fossem bloqueados das contas bancárias do Comitê após a empresa ucraniana Euromedia, que forneceu banners e faixas, entrar com uma ação alegando o não recebimento de valores devidos - a Rio-2016 diz tratar-se de uma disputa gerada por interpretações diferentes dos contratos.

Em outro caso, a empresa Classic Metal, do interior de São Paulo, subcontratada pela Elton Geraldo de Oliveira ME, que forneceu bancos de reserva e acessórios para competições de rúgbi, futebol, hóquei na grama e vôlei de praia, afirmou na reta final dos Jogos que ainda não tinha recebido cerca de R$ 500 mil e que temia um calote.

Procurados pela BBC Brasil, o proprietário da Classic Metal, Pedro Galhardi Neto, e da contratante, Elton de Oliveira, dizem que ainda há dinheiro a ser recebido.

Por outro lado, a empresa carioca Masan, que contratou 4 mil funcionários para fornecer serviços de alimentação e limpeza, afirmou que aguarda o pagamento de mais de R$ 20 milhões - desse valor, cerca de R$ 10 milhões já estão atrasados.

O Comitê Rio-2016 diz que os compromissos serão honrados. "O Comitê continua aqui. As pessoas ficam inseguras porque os Jogos acabaram e acham que foi tudo encerrado. Mas nosso processo de mobilização foi planejado e está sendo seguido. Se mudarmos para um lugar menor, também vamos informar."

Os organizadores argumentam que a redução de seu quadro de funcionários de cerca de 4 mil para 200 desde o término dos Jogos tem impactado a velocidade com que os pagamentos são processados.

"Mas estamos conversando com todos eles e buscando acelerar", disse o Comitê, que não especificou quantos dos 20 mil fornecedores ainda não receberam seus pagamentos.

O fim da bonança

Passava da meia noite quando Taiguara Rodrigues chamou seu amigo Fábio Del Agnollo no WhatsApp: “Hoje, quando o HOMEM me ligou fiquei felizão”, escreveu. “Mandei SMS e 05 segundos ele me ligou... Quarta estarei com ele”.

Velhos amigos, eles seguiram rotas diferentes no mesmo ramo, o comércio, a partir da mesma cidade, Santos, no litoral paulista. Taiguara atravessou o Atlântico em 2004 e foi ganhar dinheiro em Angola, aproveitando a bonança do petróleo e a circunstância de ser identificado como “sobrinho” do então presidente do Brasil — os laços não eram de sangue, mas de família, pois era sobrinho da primeira mulher do presidente.

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“Que show. Ele gosta de vc bastante, nem”, respondeu-lhe Fábio. “Foi online”, contou Taiguara, “Ficou um puta tempo no telefone... Aí ele falou: ‘O que é que está acontecendo, companheiro?’”

“Contei em partes”, continuou Taiguara, “e pedi a reunião.”

“Vai mexer os pauzinhos a teu favor.”

“Vai! Sempre fez.”

“Mesmo tendo muita coisa, África, não pode parar assim, neh”

“Foi o que eu falei pro Presidente de lá... E falei pra ele: ‘Chefe, não me deixa morrer agora! Não estava preparado pra coisas pararem assim de repente... Ele entendeu e vai ajudar ...tenho certeza...”

"E o TIO dando um empurrãozinho... Vai andar...”

“Não tem um cara igual a esse na minha vida. Ele me trata melhor que os filhos”.

No verão daquela sexta-feira de verão, 31 de janeiro do ano passado, o petróleo caíra a um terço do que custava quando Taiguara, o “sobrinho” do presidente, sócio de uma empresa que nunca teve um único empregado, faturou US$ 20 milhões como contratada do grupo Odebrecht em obras do governo de Angola, financiadas com dinheiro do BNDES.

Durante o ciclo de valorização do petróleo, a Odebrecht extraiu lucros anuais de US$ 1 bilhão na Petrobras e de US$ 500 milhões por ano em Angola e Venezuela. Entre 2004 e 2013, as empreiteiras brasileiras exportaram US$ 13 bilhões (R$ 42,9 bilhões) com apoio do banco estatal. O grupo Odebrecht ficou com US$ 7 de cada US$ 10 vendidos, somando US$ 9,8 bilhões, (equivalentes a R$ 32,3 bilhões). Concentrou 96% de todo o crédito público dado às exportações de engenharia.

O fim da bonança petrolífera deixou expostos buracos nas finanças dos governos de Angola e Venezuela, da Odebrecht e da Petrobras. As investigações sobre corrupção no Brasil começam a demonstrar que operações em Angola (e também na Venezuela) sustentavam os pagamentos de subornos da Odebrecht, em operações cruzadas entre Brasil-Portugal-Angola.

Procuradores brasileiros indicam uma rede de negócios obscuros capitaneada pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht, em parceria com o ex-presidente Lula e seu antigo ministro da Fazenda Antonio Palocci. As investigações estendem-se por três países.

No Brasil concentra-se em Odebrecht, Lula e Palocci. O ex-ministro da Fazenda, por exemplo, foi preso sob a acusação de intermediar repasses ilegais de R$ 128 milhões, o equivalente a US$ 38,7 milhões, já identificados.

O “sobrinho” de Lula, Taiguara, e seus parceiros João Germano, empresário português, e Helder Beji, funcionário público angolano, são personagens de inquérito no Brasil e em Portugal, assim como os diretores do grupo Asperbras, de Penápolis (SP), cujos contratos em Angola teriam sido intermediados por Palocci. Dois diretores da Asperbras estão presos em Portugal. Seus acionistas, os irmãos Colnaghi, também são investigados na Suíça.

Depois da bonança, sobram agonias.

José Casado