terça-feira, 11 de julho de 2023
Às vezes, escolher lados é simplesmente idiota
Diga-me, caro leitor: quando olha para os acontecimentos em França, você está do lado do polícia que premiu o gatilho e matou Nahel ou do lado dos jovens que assaltam lojas e queimam carros? E nos Estados Unidos, a propósito da lei da discriminação positiva que foi agora proibida pelo Supremo: está do lado daqueles que acham que já não há discriminação nos Estados Unidos ou do lado dos que acreditam que o acesso às melhores universidades do país deve ser feito de acordo com critérios raciais?
Parece-me extraordinário que tanta gente sinta necessidade de escolher entre uma coisa e outra. Nem sempre é preciso. É perfeitamente possível afirmar que o polícia que matou Nahel cometeu um crime terrível, pelo qual deve ser punido, e considerar que as pilhagens e os incêndios são um acto de puro vandalismo. É perfeitamente possível admitir que a discriminação racial ainda existe nos Estados Unidos e, ainda assim, considerar inadequada a utilização de critérios raciais no acesso à universidade.
Nunca hei-de entender por que raio temos de defender trincheiras independentemente dos actos praticados em cada uma delas. Note-se: isto nada tem a ver com ser indeciso. Está escrito no livro do Apocalipse: “Conheço as tuas obras e sei que não és frio, nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas como és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca.” Quem é morno; quem não toma posição; quem não é carne, nem peixe; é vomitado – e logo da boca de Deus. Porquê? Porque não se compromete com nada. Porque se refugia numa posição defensiva, que, em última análise, revela medo, cobardia ou falta de carácter.
Aquilo a que me refiro não é isso. Não é indiferença ou torpor, mas a consciência de que há temas que não têm apenas uma solução, e há outros que não têm solução alguma. Trata-se de não ficar satisfeito com perguntas de branco ou preto para respostas de sim ou não. É verdade que há um momento em que é imprescindível saltar para a trincheira – mas aí estamos em guerra, quando escolher um lado é uma estratégia de sobrevivência. A democracia é o contrário disso. É a possibilidade de não termos de tomar lado, até porque raramente está em jogo algo de essencial.
O problema dos debates políticos e culturais que dominam os nossos dias é essa alergia à complexidade. O facto de haver comunidades desintegradas em França pode ter um duplo responsável: o Estado francês e as próprias comunidades. O sucesso académico da minoria asiática nos Estados Unidos obriga a perguntas difíceis sobre a minoria afro-americana, porque o rasto da escravatura não explica só por si o número de famílias desestruturadas e monoparentais. Estes são os debates que devíamos conseguir fazer. Não é racismo. Não é xenofobia. É apenas respeito pelo emaranhado do mundo.
Nunca hei-de entender por que raio temos de defender trincheiras independentemente dos actos praticados em cada uma delas. Note-se: isto nada tem a ver com ser indeciso. Está escrito no livro do Apocalipse: “Conheço as tuas obras e sei que não és frio, nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas como és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca.” Quem é morno; quem não toma posição; quem não é carne, nem peixe; é vomitado – e logo da boca de Deus. Porquê? Porque não se compromete com nada. Porque se refugia numa posição defensiva, que, em última análise, revela medo, cobardia ou falta de carácter.
Aquilo a que me refiro não é isso. Não é indiferença ou torpor, mas a consciência de que há temas que não têm apenas uma solução, e há outros que não têm solução alguma. Trata-se de não ficar satisfeito com perguntas de branco ou preto para respostas de sim ou não. É verdade que há um momento em que é imprescindível saltar para a trincheira – mas aí estamos em guerra, quando escolher um lado é uma estratégia de sobrevivência. A democracia é o contrário disso. É a possibilidade de não termos de tomar lado, até porque raramente está em jogo algo de essencial.
O problema dos debates políticos e culturais que dominam os nossos dias é essa alergia à complexidade. O facto de haver comunidades desintegradas em França pode ter um duplo responsável: o Estado francês e as próprias comunidades. O sucesso académico da minoria asiática nos Estados Unidos obriga a perguntas difíceis sobre a minoria afro-americana, porque o rasto da escravatura não explica só por si o número de famílias desestruturadas e monoparentais. Estes são os debates que devíamos conseguir fazer. Não é racismo. Não é xenofobia. É apenas respeito pelo emaranhado do mundo.
Sem mito, nem monstro
A inelegibilidade de Bolsonaro revela dois perdedores: as forças da direita, porque perderam a possibilidade de apresentar a ilusão do mito a seus eleitores; e as forças de esquerda, porque perderam a chance de apresentar o monstro para assustar aos eleitores que o temem. Lula continua como o favorito, mas terá dificuldade para atrair a chamada terceira via, porque, além de não ter mais o risco do monstro, tem optado por se afastar da frente ampla que lhe deu a pequena vantagem necessária para vencer em 2022. Apesar de trazer o Centrão para o governo, certos gestos e posições tendem a jogar o apoio da terceira via para o segundo turno. Sem perceber que parte desses votarão em candidato da direita que assuste menos do que Bolsonaro.
A inelegibilidade enfraqueceu a direita, ameaça a esquerda, mas não parece beneficiar o centro, porque ele continua inexistente: dividido em forças antagônicas, sem proposta capaz de convencer o eleitorado, nem nomes para vencer o carisma de Lula e a força do PT. Ciro Gomes segue ameaçado pelo peso que carrega nos próprios pés, além de se manter preso nostalgicamente a ideias econômicas de tempos passados. Os demais candidatos do centro são identificados com a direita, ou já se entregaram ao governo do PT. A esperança é que o desaparecimento do mito e do monstro permita superar a polarização e a armadilha do imediato e force os políticos e partidos a buscarem aglutinar e empolgar a população com ideias que o país precisa para administrar o presente e para indicar um rumo para o futuro.
Os juízes declararam a inelegibilidade, mas não preencherão o desafio que aflorou: formular propostas alternativas e apresentar candidatos que as represente, levantando as bandeiras necessárias à construção do Brasil sustentável, democrático, justo, sem corrupção. Há décadas, as eleições presidenciais têm sido entre os candidatos e siglas, sem discussão sobre os rumos reais para o país. As perguntas eram "como tirar voto do opositor" e "como trazer voto para seu lado". Não era "para onde e como liderar o país". O mito ajudava a atrair, o monstro ajudava a tirar votos. Livre de mito e de monstro, pode-se esperar que a campanha eleitoral tente responder a perguntas substanciais que indiquem para onde levar o Brasil em nosso rumo ao futuro. Interessa saber:
Como garantir a manutenção, enquanto necessária, do Bolsa Família, mas apresentando estratégia e prazo para que nenhum brasileiro saudável precise de ajuda para a sobrevivência da família? Quem apresenta propostas para proteger as florestas, ao mesmo tempo que apresenta um Plano de Metas para aproveitar a janela de oportunidades da nova industrialização baseada na diversidade natural e nas possibilidades da economia digital? Quem será capaz de provocar debate de ideias, propostas e reformas mantendo abertura respeitosa ao debate com opositores?
Como levar adiante o programa de alfabetização aos seis anos, mas dizer também como construir um sistema nacional em que todas as criança, não apenas as ricas, sejam bilíngues, e todo jovem brasileiro conclua o ensino médio plenamente alfabetizado para o mundo contemporâneo, sabendo bem português, sendo fluente em outros idiomas, conhecendo ciência, matemática, geografia, história, dispondo de um ou mais ofício profissional para ter emprego e renda? Quem vai denunciar os bloqueios contra países soberanos, mas sem relativizar os autoritarismos que eles pratiquem? Quais candidatos vão nos apresentar o compromisso de fazer gastos sociais e investimentos em infraestrutura sem abrir mão da responsabilidade fiscal e conseguindo equilibrar as contas públicas? Quem vai aceitar as posições do Poder Judiciário de desfazer a Lava Jato, mas vai dizer como vacinar seu governo e o país contra a vergonha da corrupção? Como manter o respeito aos direitos humanos, ao mesmo tempo que pacifica o país engolfado há décadas em uma violenta guerra civil? Quem vai oferecer incentivos para promover nossa indústria, sem proteger a ineficiência?
Em 2018, uma decisão jurídica tirou Lula da disputa, em 2026, outra tira Bolsonaro. O Brasil espera que a política assuma a responsabilidade de oferecer alternativas para o eleitor escolher com base na qualidade das propostas, não por ilusão de mitos ou medo de monstros.
A inelegibilidade enfraqueceu a direita, ameaça a esquerda, mas não parece beneficiar o centro, porque ele continua inexistente: dividido em forças antagônicas, sem proposta capaz de convencer o eleitorado, nem nomes para vencer o carisma de Lula e a força do PT. Ciro Gomes segue ameaçado pelo peso que carrega nos próprios pés, além de se manter preso nostalgicamente a ideias econômicas de tempos passados. Os demais candidatos do centro são identificados com a direita, ou já se entregaram ao governo do PT. A esperança é que o desaparecimento do mito e do monstro permita superar a polarização e a armadilha do imediato e force os políticos e partidos a buscarem aglutinar e empolgar a população com ideias que o país precisa para administrar o presente e para indicar um rumo para o futuro.
Os juízes declararam a inelegibilidade, mas não preencherão o desafio que aflorou: formular propostas alternativas e apresentar candidatos que as represente, levantando as bandeiras necessárias à construção do Brasil sustentável, democrático, justo, sem corrupção. Há décadas, as eleições presidenciais têm sido entre os candidatos e siglas, sem discussão sobre os rumos reais para o país. As perguntas eram "como tirar voto do opositor" e "como trazer voto para seu lado". Não era "para onde e como liderar o país". O mito ajudava a atrair, o monstro ajudava a tirar votos. Livre de mito e de monstro, pode-se esperar que a campanha eleitoral tente responder a perguntas substanciais que indiquem para onde levar o Brasil em nosso rumo ao futuro. Interessa saber:
Como garantir a manutenção, enquanto necessária, do Bolsa Família, mas apresentando estratégia e prazo para que nenhum brasileiro saudável precise de ajuda para a sobrevivência da família? Quem apresenta propostas para proteger as florestas, ao mesmo tempo que apresenta um Plano de Metas para aproveitar a janela de oportunidades da nova industrialização baseada na diversidade natural e nas possibilidades da economia digital? Quem será capaz de provocar debate de ideias, propostas e reformas mantendo abertura respeitosa ao debate com opositores?
Como levar adiante o programa de alfabetização aos seis anos, mas dizer também como construir um sistema nacional em que todas as criança, não apenas as ricas, sejam bilíngues, e todo jovem brasileiro conclua o ensino médio plenamente alfabetizado para o mundo contemporâneo, sabendo bem português, sendo fluente em outros idiomas, conhecendo ciência, matemática, geografia, história, dispondo de um ou mais ofício profissional para ter emprego e renda? Quem vai denunciar os bloqueios contra países soberanos, mas sem relativizar os autoritarismos que eles pratiquem? Quais candidatos vão nos apresentar o compromisso de fazer gastos sociais e investimentos em infraestrutura sem abrir mão da responsabilidade fiscal e conseguindo equilibrar as contas públicas? Quem vai aceitar as posições do Poder Judiciário de desfazer a Lava Jato, mas vai dizer como vacinar seu governo e o país contra a vergonha da corrupção? Como manter o respeito aos direitos humanos, ao mesmo tempo que pacifica o país engolfado há décadas em uma violenta guerra civil? Quem vai oferecer incentivos para promover nossa indústria, sem proteger a ineficiência?
Em 2018, uma decisão jurídica tirou Lula da disputa, em 2026, outra tira Bolsonaro. O Brasil espera que a política assuma a responsabilidade de oferecer alternativas para o eleitor escolher com base na qualidade das propostas, não por ilusão de mitos ou medo de monstros.
O Brasil mostra a sua cara
Conheci o Brasil definido por muitas caras da linguagem figurada. Reconhecia e acreditava. Por exemplo, o “País do Futuro”, título do livro e expressão de um profundo sentimento afetivo que o grande historiador judeu Stefan Zweig dedicou ao Brasil.
Em Petrópolis, fugido dos horrores nazistas, aportou na acolhedora nação tropical, onde aparentemente encontrara a paz. Aparentemente, porque a introjeção dos demônios emocionais levou Zweig ao trágico pacto suicida com a esposa.
Sua obra caiu no ufanismo do berço esplêndido da “pátria amada”. Eu acreditei. E acredito no afeto, na força nativista que são maiores do que as desilusões.
Ora, sou contemporâneo do enfermiço Jeca Tatu, o caipira desheroi, cria de Monteiro Lobato, hoje, condenado pela inquisição do políticamente correto. Vi antecipadamente a cara do Brasil dos excluídos. Uma sina ou uma tendência?
Quase ao mesmo tempo, escutamos a voz de Euclides da Cunha bradar que outro “Jeca” era “antes de tudo um forte”, o sertanejo, massacrado em Canudos, tangido pela sede e pela fome, sobrevivente da terra rachada pelo sol, virava retirante no “último pau-de-arara”.
Nem sina, nem tendência. Me vem à memória a cara do País Rural, uma extensa fazenda monoexportadora de café, abrigando 63,8% dos 51,9 milhões de habitantes (censo de 1950) e, ao mesmo tempo, uma dinâmica demográfica, econômica e político-cultural.
Na década de 60, o País Jovem ofereceu a chance do bônus demográfico e as transformações econômicas substituíram o País Rural pelo País Urbano, fortemente prejudicadas por duas décadas de instabilidade política, crise do endividamento externo e a hiperinflação.
Pois bem, enquanto isso, o País que também é do futebol (com ressalvas), do samba, do carnaval, da bossa-nova resistiu ao imponderável (a pandemia), ao modo reacionário, corrompido de fazer política e à polarização com reais ameaças à democracia.
Por motivos estranhos, para dizer o mínimo, atrasou o censo demográfico, excepcional mecanismo de auto-conhecimento e que instrumentaliza o senso de realidade de modo a ajustar as políticas públicas e o impulso empreendedor à realidade.
Com os números disponíveis, é possível atentar para dados que darão suporte às decisões necessárias e estratégicas.
A mais evidente e preocupante é a provável antecipação do fim do bônus demográfico previsto para o final da década de 2030 e que deve ocorrer na atual o que afeta diretamente a produtividade econômica e seriamente o sistema previdenciário.
Mais cedo do que se imagina, vai se tornando vital uma nova reforma previdenciária. Esta possibilidade reflete o horror político ao reformismo essencial para a existência de uma sociedade sustentável. A experiência das nações contemporâneas demonstram que os países enriquecem antes de envelhecer. País pobre e velho é um imerecido castigo para nossos filhos e netos.
Nesta mesma toada, é preciso compreender que os fatores estruturais que que permeiam a demografia são praticamente irremovíveis a exemplo da redução da taxa de fecundidade. Trata-se de uma decisão parental que define o planejamento familiar.
A ser confirmada pelos números, a migração dos habitantes das cidades de maior população pode ser devida a um ou a combinação de dois fatores: o esgotamento do espaço aglomerado e/ou a busca de melhor qualidade de vida, comprometida pela gestão pública que não oferece serviços adequados à população.
Importante ressaltar que a humanidade está em plena Revolução Indusrial 4.0 e, aceleradamente, desenvolvendo inovações no campo da IA visando ao aumento da produtividade de processos. Nós estamos há, mais de quatro décadas, no faz-de-conta que vamos reformar o sistema tributário nacional.
Desavergonhadamente, prevalece o cínico jargão: “sou favorável à reforma tributária (consenso no mundo abstrato), mas não a essa reforma (dissenso no mundo concreto dos interesses, no mìnimo, inconfessáveis)”.
Já que comecei o artigo falando sobre as caras do Brasil e o que este rosto reflete, não duvido que desejamos a Cara de um País Responsável.
Em Petrópolis, fugido dos horrores nazistas, aportou na acolhedora nação tropical, onde aparentemente encontrara a paz. Aparentemente, porque a introjeção dos demônios emocionais levou Zweig ao trágico pacto suicida com a esposa.
Sua obra caiu no ufanismo do berço esplêndido da “pátria amada”. Eu acreditei. E acredito no afeto, na força nativista que são maiores do que as desilusões.
Ora, sou contemporâneo do enfermiço Jeca Tatu, o caipira desheroi, cria de Monteiro Lobato, hoje, condenado pela inquisição do políticamente correto. Vi antecipadamente a cara do Brasil dos excluídos. Uma sina ou uma tendência?
Quase ao mesmo tempo, escutamos a voz de Euclides da Cunha bradar que outro “Jeca” era “antes de tudo um forte”, o sertanejo, massacrado em Canudos, tangido pela sede e pela fome, sobrevivente da terra rachada pelo sol, virava retirante no “último pau-de-arara”.
Nem sina, nem tendência. Me vem à memória a cara do País Rural, uma extensa fazenda monoexportadora de café, abrigando 63,8% dos 51,9 milhões de habitantes (censo de 1950) e, ao mesmo tempo, uma dinâmica demográfica, econômica e político-cultural.
Na década de 60, o País Jovem ofereceu a chance do bônus demográfico e as transformações econômicas substituíram o País Rural pelo País Urbano, fortemente prejudicadas por duas décadas de instabilidade política, crise do endividamento externo e a hiperinflação.
Pois bem, enquanto isso, o País que também é do futebol (com ressalvas), do samba, do carnaval, da bossa-nova resistiu ao imponderável (a pandemia), ao modo reacionário, corrompido de fazer política e à polarização com reais ameaças à democracia.
Por motivos estranhos, para dizer o mínimo, atrasou o censo demográfico, excepcional mecanismo de auto-conhecimento e que instrumentaliza o senso de realidade de modo a ajustar as políticas públicas e o impulso empreendedor à realidade.
Com os números disponíveis, é possível atentar para dados que darão suporte às decisões necessárias e estratégicas.
A mais evidente e preocupante é a provável antecipação do fim do bônus demográfico previsto para o final da década de 2030 e que deve ocorrer na atual o que afeta diretamente a produtividade econômica e seriamente o sistema previdenciário.
Mais cedo do que se imagina, vai se tornando vital uma nova reforma previdenciária. Esta possibilidade reflete o horror político ao reformismo essencial para a existência de uma sociedade sustentável. A experiência das nações contemporâneas demonstram que os países enriquecem antes de envelhecer. País pobre e velho é um imerecido castigo para nossos filhos e netos.
Nesta mesma toada, é preciso compreender que os fatores estruturais que que permeiam a demografia são praticamente irremovíveis a exemplo da redução da taxa de fecundidade. Trata-se de uma decisão parental que define o planejamento familiar.
A ser confirmada pelos números, a migração dos habitantes das cidades de maior população pode ser devida a um ou a combinação de dois fatores: o esgotamento do espaço aglomerado e/ou a busca de melhor qualidade de vida, comprometida pela gestão pública que não oferece serviços adequados à população.
Importante ressaltar que a humanidade está em plena Revolução Indusrial 4.0 e, aceleradamente, desenvolvendo inovações no campo da IA visando ao aumento da produtividade de processos. Nós estamos há, mais de quatro décadas, no faz-de-conta que vamos reformar o sistema tributário nacional.
Desavergonhadamente, prevalece o cínico jargão: “sou favorável à reforma tributária (consenso no mundo abstrato), mas não a essa reforma (dissenso no mundo concreto dos interesses, no mìnimo, inconfessáveis)”.
Já que comecei o artigo falando sobre as caras do Brasil e o que este rosto reflete, não duvido que desejamos a Cara de um País Responsável.
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