Sabe-se que a primeira vítima da guerra é a verdade. E isso não decorre das redes sociais, coisa recente. Sempre foi assim e sempre será. A última guerra justa que o mundo assistiu foi contra o nazismo em meados do século passado. A última guerra que a imprensa acompanhou In loco foi a do Vietnã.
Entre outras razões, os Estados Unidos saíram do Vietnã derrotados porque as imagens dos soldados mortos exibidas diariamente pela televisão minaram o apoio dos norte-americanos ao seu governo. Nunca mais deixaram que a imprensa pudesse mostrar o que de fato acontece em um campo de batalha.
Se continuasse a mostrar, talvez não existissem mais guerras, e elas são uma fonte extraordinária de lucro para o complexo industrial militar. A cobertura de guerras virou uma espécie de jogo. Foi assim no Afeganistão, atacado pelos Estados Unidos na guerra contra o terror. Foi assim no Iraque de Saddam Hussein.
Os terroristas do 9/11 eram cidadãos sauditas, mas o Afeganistão foi acusado de abrigá-los. Hussein foi capturado e morto sem que o Iraque acumulasse armas de destruição em massa como se dizia. Os talibãs voltaram ao poder no Afeganistão. No Iraque, nasceu mais tarde a organização terrorista Estado Islâmico.
O governo de extrema-direita de Israel aplicou um torniquete na cobertura da guerra que o mundo, alarmado com tanta atrocidade de ambos os lados, acompanha estarrecido. É a guerra de um único exército, o mais poderoso do Oriente Médio, que enfrenta um grupo radical que encarna a ideia de independência dos palestinos.
Apoiado pelas maiores potências do mundo Ocidental, Israel dá-se ao luxo de não ter suas verdades contestadas, e impede que as verdades distribuídas pelo Hamas possam ser verificadas por uma imprensa independente. Os jornalistas estão impedidos de entrar na Faixa de Gaza. Dos que haviam por lá, quase 40 já morreram.
Não só. Entidades de ajuda humanitária e de defesa dos direitos humanos na Faixa de Gaza não podem exercer com segurança suas atividades, uma delas a de documentar, recolher dados e produzir relatórios sobre o que de fato acontece. Não podem sequer manter contato com seus funcionários e colaboradores.
Samir Zaqout, vice-diretor geral do Centro Al Mezan para os Direitos Humanos, diz que ele próprio trocou o norte de Gaza por Rafah, porta de entrada no Egito pelo Sul, dada a força dos ataques de Israel no Norte do enclave. Pesquisadores do Al Mezan perderam parentes ou suas casas devido aos ataques aéreos.
A falta de gás em Gaza e a dificuldade de fornecimento de eletricidade anulam a capacidade dos palestinos de documentar sua desgraça. Observa Shawan Jabarin, diretor da Al-Haq, organização de direitos humanos:
“Não há eletricidade em Gaza para carregar telefones, não há Internet regular e não há lugar seguro para onde eu possa pedir aos meus observadores para irem”.
Problemas de comunicação impedem que trabalhadores do grupo de direitos humanos Gisha conduzam investigações: Diz um dos seus representantes: “Todas as manhãs, esperamos ouvir um sinal de vida do nosso investigador e saber que ele e a sua família, os seus filhos e o seu pai idoso sobreviveram à noite”.
A informação que sai de Gaza e sua confiabilidade é uma das questões mais significativas da guerra. O Ministério da Saúde de Gaza denunciou o bombardeio de ambulâncias que levavam doentes para o Egito. Israel assumiu a autoria, mas disse que as ambulâncias estavam carregadas de combatentes do Hamas.
Quem diz a verdade? Sempre que se refere aos comunicados do Ministério da Saúde de Gaza, a imprensa ocidental faz questão de lembrar que o ministério é comandado pelo Hamas. Quando os comunicados são de Israel não se faz ressalvas. É a informação duvidosa de um lado contra a informação sem restrições do outro.
Shawan Jabarin e Samir Zaqout, que não se identificam com o Hamas, rejeitam as críticas ao Ministério da Saúde em Gaza. Zaqout diz acreditar que a pessoa que duvida do número de mortes adota a versão israelense dos fatos. Mas argumenta:
“Qualquer pessoa que observe a quantidade de bombardeios e a força do fogo entende que isso é destruição. Não há outra maneira de descrevê-lo, e os números nem desempenham mais um papel. Os palestinos estão enterrando seus mortos sem nem mais contá-los.”
Este momento da guerra entre Israel e o Hamas conduz a três perguntas fundamentais. Quais as parcelas de responsabilidade de cada lado no atual sofrimento da população da Faixa de Gaza? Qual o risco de a guerra se expandir? Quanto esta crise inviabiliza ou impulsiona um futuro Estado palestino? As três questões estão interligadas.
Os palestinos têm muitos motivos para frustração e revolta: a ocupação militar e a expansão das colônias judaicas na Cisjordânia; a garantia pelas forças israelenses do acesso de judeus ao complexo da Mesquita de Al-Aqsa e as frequentes interdições de fiéis muçulmanos; a disseminação da presença judaica no bairro árabe da Cidade Velha de Jerusalém; o bloqueio à Faixa de Gaza.
Entretanto, desde que surgiu, em 1987, o Hamas canaliza esse ressentimento de uma forma que apenas afasta uma solução para esses problemas, proporciona a Israel pretextos para manter essas políticas e reforça as correntes extremistas da política israelense.
Esta é a quinta guerra com Israel que o Hamas provoca desde sua chegada ao poder em Gaza, em 2007, sempre causando enorme sofrimento para os palestinos. O sofrimento impingido por Israel agora é tanto maior quanto a brutalidade das atrocidades cometidas pelo Hamas no dia 7 e a barragem de foguetes desde então.
O Hamas se mistura à população civil com o propósito perverso e covarde de elevar o preço político das respostas israelenses a seus ataques. Eu presenciei em Gaza elementos do Hamas emergindo por um alçapão do subterrâneo do pátio de um hospital. Fui visto filmando foguetes disparados de área residencial e homens encapuzados do Hamas invadiram à meia-noite o apartamento onde eu estava para examinar minha câmera.
A tomada de mais de 200 reféns pelo Hamas, outro ato de perversidade e covardia, também reduz a margem de ação de Israel. Tudo isso é responsabilidade do Hamas.
Por outro lado, é compreensível o desejo de Israel de aniquilar o Hamas, depois do que o grupo fez. Mas Israel tinha um leque de opções militares. A carga explosiva dos mísseis disparados pelos caças israelenses produz necessariamente a morte de grande número de civis. Existem mísseis menores, que permitiriam ações mais cirúrgicas.
Sei que isso soa improvável, diante da incompreensível falha de inteligência e de resposta militar que permitiu as incursões de 7 de outubro do Hamas, mas Israel mantém minuciosa vigilância sobre Gaza, por meio de radares, balões, drones, aviões e satélites.
Os túneis são um imenso complicador, mas Israel estaria realizando bombardeios às cegas se não fosse capaz de acompanhar os movimentos do inimigo. Os porta-vozes militares israelenses garantem que estão disparando contra elementos do Hamas.
Mesmo para perfurar túneis não é necessário abrir crateras tão grandes como as que os mísseis israelenses estão abrindo, matando dezenas de civis. Em alguns casos, tapetes de bombas têm arrasado quarteirões residenciais inteiros. A responsabilidade por essas decisões operacionais é de Israel.
Quanto mais despropositada a resposta, maior a tendência não só dos palestinos mas de todo o mundo árabe-muçulmano de responsabilizar Israel, e não o Hamas, pelo sofrimento dos civis. Isso alimenta a radicalização e diminui ainda mais o espaço para uma solução negociada.
Não interessa ao Irã envolver o Hezbollah em grande escala. A milícia xiita libanesa é o grande ativo dissuasório de eventual ação de Israel para negar a capacidade nuclear do Irã, o grande objetivo estratégico da teocracia em Teerã, que parece próximo de ser alcançado. Provocar Israel, com ajuda americana e britânica, a destruir o Hezbollah agora seria contraproducente.
A brutalidade dos bombardeios de Israel cria o terreno fértil para mais terrorismo, antissemitismo e islamofobia, numa espiral que se retroalimenta. Abre caminho também para mais ataques de grupos externos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah no Líbano, milícias árabes e iranianas na Síria e no Iraque e os houthis no Iêmen.
Alguém tem de ser moral e politicamente capaz de romper essa espiral de violência do Oriente Médio
Nada disso significa que Israel seria diretamente responsável pelas ações de todos esses atores. Assim como os militares israelenses respondem por suas decisões táticas e operacionais, também o Irã e esses grupos devem responder pelas deles. Mas alguém tem de ser moral e politicamente capaz de romper essa espiral. Não tem sido essa a tradição do Oriente Médio.
16h – Converso com minha irmã quando ela se refere a um incidente ocorrido antes do início da atual situação como “nos bons tempos”. Digo que nunca tivemos “bons momentos”. Mesmo quando as coisas estavam relativamente estáveis, os habitantes de Gaza sofreram. Não tínhamos um fornecimento confiável de eletricidade; não podíamos viajar facilmente, e alguns nunca conseguiam viajar; o desemprego era muito elevado e a vida, longe de ser normal. Acontece que temos circunstâncias ruins e mortais. Posso estar exagerando, mas é assim que vejo as coisas.
Também conversamos sobre quantas coisas compramos desde que evacuamos do Norte para o Sul. Brinco com minha irmã e digo que tudo o que precisamos agora é de um carpinteiro para pôr algumas prateleiras em nosso quarto e nos dar mais espaço.
Minha irmã não riu.
20h – As notícias não são boas. A situação piora – coisas horríveis e aterradoras estão acontecendo. O nível do nosso medo está além do normal. Nenhum sinal de esperança. Digo aos meus amigos que não tenho certeza se nos veremos outra vez amanhã.
22h – Ouço Ahmad lá fora, recitando um poema que adoro. Não tenho certeza do que o motivou, mas ouvir isso aqueceu meu coração:
“Quando preparar o seu pequeno-almoço, pense nos outros / Não se esqueça de alimentar os pombos.
Quando você se envolver em suas guerras, pense nos outros / Não se esqueça daqueles que exigem a paz.
E quando você voltar para sua casa, pense nos outros / Como aqueles que moram em tendas.
Quando você adormecer contando planetas, pense nos outros / Que não conseguem encontrar um lugar para dormir.”
Alguém está pensando em nós? E vamos acabar morando em barracas, ou pior, nos tornarmos um daqueles que não conseguem encontrar lugar para dormir?Ziad (Transcrito do The Guardian)
Um verdadeiro poder não pode ser construído exclusivamente sobre vitórias fáceis. O terror que ele quer despertar, e no qual está propriamente interessado, depende da massa de vítimas.
Todos os conquistadores famosos da história trilharam esse mesmo caminho. Posteriormente, foram-lhes atribuídas virtudes de toda espécie. Após séculos, historiadores ainda comparam conscientemente as qualidades de tais conquistadores, para — como acreditam — chegar a um juízo exato sobre eles. A ingenuidade fundamental dessa empreitada é palpável. De fato, estão ainda sob o fascínio de um poder de há muito ultrapassado. Assim, vivendo numa outra época, tornam-se contemporâneos daqueles que nela viveram, e algo do temor que estes sentiam ante a crueldade do poderoso acaba transferindo-se para eles; não sabem, porém, que se entregam a esses poderosos, enquanto observam honestamente os fatos. Soma-se a isso uma motivação mais nobre, da qual não estiveram livres nem mesmo grandes pensadores: é insuportável ter de afirmar que um número de seres humanos — cada um contendo em si o conjunto das possibilidades humanas — foi massacrado em vão, em prol de absolutamente nada; é por isso que então se passa a buscar um sentido para tais massacres. Como a história prossegue, é sempre fácil encontrar um sentido aparente em sua continuidade: cuidando-se para que tal sentido receba uma certa dignidade. Aqui, porém, a verdade nada tem de dignidade. Ela é tão vergonhosa quanto foi aniquiladora. Trata-se exclusivamente de uma paixão privada do detentor do poder: seu prazer pela sobrevivência cresce com seu poder; este permite-lhe dar rédeas à sua paixão. O verdadeiro conteúdo desse poder é o desejo de sobreviver a massas de seres humanos.
É mais proveitoso para o detentor do poder se suas vítimas são inimigos; de qualquer modo, os amigos produzem resultado semelhante. Em nome de virtudes varonis, exigirá o mais difícil, o impossível, de seus súditos. Não lhe importa que estes sucumbam na execução da tarefa. É capaz de convencê-los de que é uma honra fazê-lo por ele. Através de rapinagens, cujo produto permite-lhes de início desfrutar, ele os ata a si. Servir-se-á então da voz de comando, a qual foi como que talhada para seus objetivos (não podemos, contudo, encetar aqui uma discussão detalhada dessa voz de comando, que é de extrema importância). É assim que, se entende do que faz, fará deles massas belicosas, incutindo-lhes ideias sobre a existência de tantos inimigos perigosos que, por fim, seus seguidores não poderão mais abandonar a massa de guerra que compõem. É claro que não lhes revela sua intenção mais profunda; sabe dissimular muito bem e, para tudo o que ordena, encontra centenas de pretextos convincentes. É possível que se traia, em sua arrogância, no círculo de amigos mais íntimos; mas, se assim for, o fará de forma radical, como fez Mussolini diante de Ciano, ao desdenhosamente chamar seu povo de rebanho, cuja vida, naturalmente, pouco importava.
Mas a real intenção de um verdadeiro detentor do poder é tão grotesca quanto inacreditável: ele quer ser o único. Quer sobreviver a todos, para que ninguém sobreviva a ele. Quer furtar-se à morte a todo custo; assim, não deve haver ninguém, absolutamente ninguém, que possa matá-lo. Jamais se sentirá seguro enquanto homens, quaisquer que sejam, continuarem existindo. Mesmo seu corpo de guarda, que o protege dos inimigos, pode voltar-se contra ele. Não é difícil provar que sempre teme secretamente aqueles a quem dá ordens. Sempre o assalta, também, o medo dos que lhe estão mais próximos.
Elias Canetti, "A consciência das palavras"
Stephan Zweig, um dos mais brilhantes intelectuais da primeira metade do século 20, resolveu dar fim à vida. Fugido do nazismo, morava, em fevereiro de 1942, na cidade serrana de Petrópolis, gostando cada dia mais do Brasil. Contudo, via a Europa destruída, faltando-lhe forças para começar de novo. Desistiu da humanidade, desalentado com a barbárie, malgrado seu otimismo quanto ao Brasil: via um povo de certa brandura, com desejo de conciliação, a viver de maneira amistosa, com possível união de todas as classes. Porém, nem esta visão idílica do Brasil lhe deu condições para insistir em sobreviver diante da violência do nazismo, esgotado por estar sem pátria havia muitos anos.
Houve muitas outras desgraças humanitárias desde 1942, mas, por outro lado, cresceu a consciência de novos direitos que dignificam a pessoa humana e valorizam a igualdade de gênero, o combate a qualquer tipo de discriminação de raça, origem, religião, nacionalidade. São conquistas que deveriam afastar a atrocidade.
Por isso mesmo, neste instante, soma-se à indignação, em face da invasão da Ucrânia, a imensa tristeza diante dos atos de terrorismo deslanchados pelo Hamas, com ataque mortífero contra jovens a dançar, decapitando bebês e sequestrando civis para melar acordo entre Israel e Arábia Saudita. A reação de Israel, todavia, embora justa, está sendo desmedida, desproporcional, atingindo a população pacífica, com a morte de muitas crianças. A desolação com a desumanidade é o sentimento dominante.
E, no Brasil, nada nos socorre neste momento, pois o ufanismo de Zweig era um equívoco, próprio de quem, em busca de um refúgio seguro, ignorava a realidade subjacente.
Pelo contrário, infelizmente, vivemos uma guerra interna assustadora, na qual a população negra é a principal vítima. Facções, milícias e policiais corruptos compõem o poder paralelo, enquanto o poder estatal legítimo se deslegitima ao se aliar aos criminosos ou os extorquir e sendo assustador ao atacar toda uma comunidade indiscriminadamente.
O desânimo em vista da perversidade de nossa guerra interna tem por fonte as tristes operações policial-militares resultantes em chacinas. Assim foram a Operação Exceptis, há pouco mais dois anos em Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e recentemente, na Baixada Santista, com a Operação Escudo.
A Operação Exceptis ocorreu entre 6h e 16h do dia 6 de maio de 2021. Contou com 200 agentes policiais a pé, quatro blindados e dois helicópteros. Após dois minutos de seu início, um inspetor da Polícia Civil desceu do blindado e foi morto com um tiro na cabeça. Em represália à morte do companheiro, agentes policiais foram brutais na comunidade, que viveu verdadeiro cenário de guerra.
Mas a chacina de Jacarezinho não é exceção. Ao contrário, em 2021 a letalidade policial aumentou 25,9%, chegando a 35,4% dos homicídios havidos na capital fluminense. As chacinas, neste ano, cresceram 266,7%, totalizando 44 ações, tendo sido notificados 185 mortos, em aumento de 302,2%. As chacinas policiais atingiram, ao longo do tempo, diversas comunidades, sendo vítimas principalmente negros e pobres.
A Operação Escudo, na Baixada Santista, foi represália ao assassinato de soldado, redundando na morte de 28 pessoas provocada pela polícia e na prisão de centenas, tendo sido algumas torturadas. Pior: a glorificação da violência policial pelo governador paulista é grave e consagra a autonomização da polícia, cujo descontrole pelos poderes políticos, conforme estudo de Daniel Hirata, leva à formação de milícias.
Outra fonte de desânimo vem do fato de se já ter instituído no Rio de Janeiro um Poder Judiciário paralelo: bandidos do Comando Vermelho (CV), que assassinaram por engano três médicos, foram justiçados pela organização criminosa que os matou, como pena pelo equívoco cometido. Foi o cumprimento rápido da sentença editada pela justiça de um Estado paralelo eficiente.
Há a tentação de jogar a toalha diante da barbárie que se apresenta lá e aqui. Mas maior é o chamamento pela resiliência em prol da paz, a ser buscada mesmo com sucesso imprevisível. A paz interna depende não só de ações policiais, mas do descortínio de implantação de política criminal de cunho social, seja ocupando os espaços das periferias das grandes cidades com equipamentos sociais (esporte, teatro, cinema, shows), seja levando a justiça ao povo com a presença de juiz, promotor, delegado de polícia nos lugares mais distantes e desassistidos, como sucedeu com os Centros Integrados do Cidadão, os CICs, em São Paulo.
Cumpre fazer de cada bairro periférico a reprodução do que se fez em Jardim Ângela, reocupando o espaço com atividades integradoras, criando oportunidades para os jovens e instalando creches e escolas como centros de convivência.
Dói viver no atual espectro de perversidade, mas o arrependimento será insuperável se não buscarmos a paz, munidos de todas as dúvidas, mas também de muita disposição para reivindicar políticas sociais e denunciar morticínios patrocinados pelo Estado.