quinta-feira, 19 de junho de 2014

Manipulação das massas


“Lula antevê uma campanha eleitoral “violenta”, pois a elite “está conseguindo despertar o ódio de classes”. Manipulação astuciosa, recicla o ódio do PT, transformando-o no ódio ao PT”


Pão ou circo no Brasil


A Copa pode contribuir para reparar danos ou agravar o mal-estar entre os cidadãos
 A narrativa nacional brasileira era cristalina até um ano atrás. Mas o Mundial de futebol pode contribuir para reparar danos ou agravar o mal-estar entre os cidadãos, especialmente tendo em vista as eleições presidenciais de 5 de outubro.
Existe o risco de que a nação latino-americana fique como uma “potência emergente congelada”
O presidente Lula afirmava que estava sendo criado um novo país, no qual o progresso econômico e social assumiam o valor de uma refundação. As taxas de crescimento superavam 4% até chegar a 7%; 40 milhões de brasileiros tinham saído da pobreza para integrar-se nesse balaio de gato chamado “classe média”; a política externa era muito ativa, com forte investimento cultural e econômico na África; o Brasil era membro fundamental dos BRICS, o grupo das grandes potências emergentes; reivindicava um assento no Conselho de Segurança e entre suas pretensões mais intangíveis figurava a hegemonia e direção de um vasto bloco latino-americano.
A segunda fase dessa investida teria de ser desenvolvida pela sucessora de Lula, Dilma Rousseff. Mas existe uma antinarrativa das massas que desencadearam um irado protesto em junho de 2013, inicialmente contra o aumento do preço do transporte, mas logo depois contra o esbanjamento e a corrupção da Copa, que custou, oficialmente, 28 bilhões de reais, e que em sua inauguração tinha oito estádios sem terminar e um rastro de acusações de desembolsos e reembolsos mal explicados.


Brasil piora em paz e segurança

O Índice Global da Paz divulgou nesta quarta-feira um novo levantamento sobre os países mais seguros do mundo. Com estatísticas que mesclam o impacto da violência na economia, e considerando ainda fatores como índices de democracia, transparência, educação e bem-estar material, além do nível de militarização e atividades criminosas ou terroristas, a organização constatou que a Islândia segue como o país mais seguro para se morar. Em contrapartida, a Síria apresentou uma drástica decaída em seus níveis de segurança e tomou a última colocação do ranking, ocupada anteriormente pelo Afeganistão. O Brasil caiu cinco posições no ranking em relação ao ano passado e ocupa a 91ª posição entre os 162 países analisados. No total, o índice é composto de 22 indicadores qualitativos e quantitativos.
Atrás de Bolívia e Guiana, por exemplo, a economia brasileira sofreu um impacto de 117 bilhões de dólares causado pela violência, conforme dados do estudo. Segundo Steve Killiliea, presidente executivo do Global Peace Index (GPI), “na preparação para a Copa do Mundo, o Brasil viveu um aumento de manifestações violentas”. Mas ele ressalta que “apesar da queda de cinco lugares na classificação no índice, o Brasil continua a ser o melhor entre os países do BRICS”.