quinta-feira, 24 de julho de 2014

Confere?


A violência campeia solta


Publicado em julho, o mais recente Mapa da Violência mostra que mais da metade dos municípios brasileiros com mais de 10 mil habitantes tem taxa de homicídios em nível epidêmico, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) — mais de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. Dos 3058 municípios pesquisados, 1932 (63%) se enquadram nesse diagnóstico.
A cidade brasileira mais violenta é Caracaraí, em Roraima, com a incrível taxa de 210,3, seguida por Mata de São João, na Bahia, com 149,3. A Bahia tem mais 4 cidades entre as 10 mais violentas do Brasil: Simões Filho, Ibirapitanga, Itaparica e Porto Seguro.


(...) No Brasil, são tantos os homicídios que é como se um avião da Malaysia Airlines fosse abatido em nosso território a cada 43 horas. Por um míssil chamado subdesenvolvimento, com a seguinte munição: impunidade, crueldade, omissão e abuso policial. E a crônica falta de educação
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Prisões ameaçam democracia


Especialistas veem ameaça à democracia e criticam fato de processo caminhar em segredo e o que seria um uso abusivo da prisão preventiva. Justiça do Rio afirma que há tentativa de "politizar uma questão de rotina".

As prisões de ativistas envolvidos nas manifestações anti-Copa do Mundo em várias cidades do Brasil geraram críticas de entidades civis, acadêmicos e organizações, gerando um debate jurídico no país.

Se de um lado seus defensores argumentam que as prisões são necessárias porque a violência gerou uma onda de crimes e prejudicou as próprias manifestações, os detratores dizem que elas não passaram de uma estratégia para, em plena Copa, enfraquecer os protestos e reduzir riscos à imagem do país.

As críticas se centram, sobretudo, no fato de o processo caminhar em segredo de Justiça e no que seria um uso abusivo do recurso de prisão preventiva.
“Temos a Constituição Federal que estabelece direitos fundamentais e parâmetros da atuação da Justiça. O que estamos assistindo de uma maneira estarrecedora é como isto vem sendo ignorado pelo poder público, nesse caso especifico, sobretudo pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público estadual”, argumenta a jurista Vanessa Batista, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Poder Judiciário determina que o processo deve correr em segredo de Justiça quando ele envolve menores ou quando envolve algo que signifique risco para sociedade. Qual é esse risco que nós estamos correndo? O risco quem está correndo somos nós, a sociedade democrática
Vanessa Batista, professora da UFRJ

Legado de Suassuna

Kinho
 "... é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos"

Ariano Suassuna (1927-2014)