terça-feira, 30 de setembro de 2014
A sociedade foi a grande ausente do debate
Será que os candidatos pensam que a educação é um assunto que não dá votos e por isso não vale a pena perder tempo com ele nos debates?
Por incrível que pareça, a palavra “educação” não foi
pronunciada nem uma vez em todo o debate.
Será que os candidatos pensam que o Brasil poderá um dia
sair de seu atraso, que os filhos da nova classe média vinda da pobreza poderão
construir um país melhor, mais moderno do que aqueles em que seus pais viveram
– muitos deles ainda hoje vítimas do analfabetismo –, sem uma mudança radical
no ensino?
Será que os candidatos pensam que a educação é um assunto
que não dá votos e por isso não vale a pena perder tempo com ele nos debates?
E, no entanto, os países cujas sociedades hoje desfrutam de
melhores condições de vida, e que se desenvolveram economicamente e socialmente
com rapidez, foram os que souberam colocar a educação no centro nervoso do
interesse público.
Será que os candidatos à Presidência não sabem que o Brasil,
que aspira ser líder no continente, ainda aparece entre os últimos na lista
mundial de qualidade de ensino?
A fantasia da vez
Em meio à
tempestade de corrupção que flagela o país, com a revelação de que os
integrantes das quadrilhas frequentavam livremente os poderes da República, eis
que como um relâmpago surge uma nova personagem de HQ em pleno Planalto.
Ninguém esperava que em um passe de mágica a presidente se transformasse
rapidamente na SuperDilma, a justiceira contra a corrupção.
Só mesmo como
uma gozação se pode encarar a palhaçada marqueteira que a presidente virou uma
justiceira. Isso depois de conviver durante anos com os criminosos e até mesmo
convidar alguns para festa de aniversário, receber em palácio, etc.
Dilma se
presta para qualquer fantasia que a campanha exija. Tudo em nome da enorme fome
de poder. Não será nada para o bem do povo e felicidade geral da nação que quer
repetir o “Fico”.
Engavetou de novo
Em país sério, os candidatos apresentam suas propostas para
serem debatidas, discutidas.
No Brasil, quando apenas uma candidata faz o correto, o que
se espera de seriedade, chovem abutres para distorcer cada item em proveito
próprio. Longe de mostrarem ao eleitor suas metas, indicarem mesmo possíveis
assessores, vê-se gente em palco como se comportando como se estivesse numa
rinha. O importante é bater. No caso, esculhambar o máximo possível com o adversário, mentir,
mentir, mentir.
Os marqueteiros, com aval de candidatos gananciosos de poder
- aplaudindo - destroem o debate democrático em prol das artimanhas
publicitárias. É o conluio da arte de enganar.
Os políticos até se acham num picadeiro. Deixam de lado o
debate, pois não interessa que mostrem suas ideias, base de uma política de
Estado, que verdadeiramente está em discussão. Preferem os tais programas de
governo que nada são do que meros papeluchos rasgados e enfurnados no lixo na
primeira oportunidade.
É por temer ataques arrasadores, que despencariam sua
escalada eleitoral, e também por não ter política de Estado sequer esboçada que
Dilma resolveu engavetar todas as propostas preparados pelo próprio partido
como em 2010. E repete o feito preferindo levar os eleitores no bico.
A engavetadora foge ao debate a que nunca foi afeita,
inclusive por seu viés ditatorial, para contar com a mãozinha salvadora do guru
João Santana, mestre em ilusionismo. Assim terá mais quatro anos para fazer o
diabo no governo com toda a arrogância de santinha do pau oco - onde não por
acaso se escondem todos os escândalos - acobertando com propaganda seus
malfeitos.
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