Nani Humor |
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Limites de presidente-candidata
Se a campanha da presidente-candidata Dilma Rousseff gastar
tudo o que informou à Justiça Eleitoral, o Brasil registrará neste ano sua mais
cara campanha da história: R$ 298 milhões. O montante previsto para as
despesas, estabelecido como teto – portanto, não necessariamente precisa ser
gasto em sua totalidade –, não é uma exclusividade da campanha do PT, mas,
transcorrido o primeiro mês da corrida eleitoral, chama a atenção justamente
por se tratar de uma candidata que faz uso do aparato público em todas as suas
agendas políticas.
O futuro com aumento de desigualdades
“Se as elites políticas não reagirem, as coisas ficarão muito feias”
Nancy Fraser é esse tipo de mulher que parece avançar na
idade sem mudar, acumulando sabedoria. Ao mesmo tempo entre a serenidade
reflexiva e a paixão intelectual, analisa a crise do presente, sua
complexidade, com um foco de grande alcance. Seus trabalhos no campo da
filosofia política se centraram nos problemas da justiça social. Em seu livro “Escalas
da Justiça” (Herder, 2008) ela aborda as três dimensões que considera
essenciais, todas elas definidas por palavras que começam pela letra 'r': os
problemas de redistribuição da riqueza no plano econômico; os de reconhecimento
no âmbito dos direitos individuais e coletivos; e os problemas de
representação, na esfera política.
A americana de 67 anos viveu e analisou o avanço do
capitalismo de Estado organizado, a partir do qual surgiu o modelo social
europeu que propiciou as maiores cotas de justiça social, e capitalismo
neoliberal, que minou o Estado de bem-estar e nos levou à grave crise de 2008..
Nancy Fraser alerta sobre as
consequências do aumento das desigualdades e sobre a obsolescência das formas
atuais de participação política. Ela considera urgente encontrar novos
mecanismos para a tomada democrática de decisões, também, em escala
transnacional.
Leia mais sobre alerta das consequências doaumento das desigualdades
Mentir ou enganar? Tanto faz
Governo reforma prédio escolar para ser a sede de reserva ecológica |
O príncipe europeu tinha uma só questão. Era ser ou não ser.
O consorte da nobreza petista, em Maricá, sempre está apenas com uma dúvida:
Mentir ou enganar? Qualquer que seja a opção, estará felicíssimo com seu ego.
Ambas são o único caminho para não mais voltar à miséria física, pois da
miserabilidade moral nunca saiu.
É dessa maneira que saem os projetos mirabolantes da ratatuia,
que sempre vêm embrulhados em grandeza social. Como da criação da área de
reserva ambiental, da qual excluiu um costão em Ponta Negra por interesse na
criação de um estaleiro. Um agrado comum para os poderosos endinheirados que
possam contribuir para campanhas eleitoreiras. As mesmas que entronizam e
eternizam o partidão aqui e em outras terras.
Em outra compensação de um condomínio fechado, em distrito
sem escola, se destrói parte da área nativa e paga-se o contributo de R$120 mil
para o educador transformar a escola antiga e abandonada pelos poderes numa
sede de parque mais prestigiosa e de maior visibilidade. Uma merreca em termos
de criminalidade ambiental, mas está em jogo a campanha da própria mulher ao
legislativo estadual e um reforço no imposto predial. É mais um dinheiro que
entra para a poupança eleitoreira do casal. E por um desses paradoxos, a candidata
aparece como defensora da educação, mas vê com alegria o sepultamento de uma
escola.
Assim vai para o espaço o atendimento escolar em detrimento
de ambições políticas e interesses econômicos privados. Em troca, o município
ganha mais um, o enésimo, factoide com que o governo municipal possa espalhar
nas redes e jornais associados ou comparsas bem pagos.
Essa mesma escola, a qual prometeu, em 2009, revitalizar e
inclusive doaria “uma estante velha”, que tinha em casa, para formação de
biblioteca, será reformada enfim para sede de uma reserva municipal. O que
deveria atender à educação será agora um prédio com quiosques, videoteca e
biblioteca com até 5 mil volumes (!!) bem mais do que a própria biblioteca
municipal entregue hoje às baratas e que sequer sonha com videoteca. É muita
cretinice esbanjada em uma só propaganda enganosa.
Troca-se assim área nativa e escola para a população próxima
por um projeto para encher páginas de jornais com publicidade de um governo que
sempre fará mais, muito mais do que se imagina, para si do que para o
contribuinte.
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