sexta-feira, 4 de julho de 2014
Estupidez sagrada
Deveriam os corruptos devolver o que roubaram?
Se o Brasil levasse a cabo essa revolução, estou certo de que sua imagem mundial sairia muito mais engrandecida do que se ganhasse várias Copas juntas
O Papa Francisco
introduziu um novo elemento, revolucionário, eu diria, na luta contra a
corrupção, ao dizer que não basta "aos políticos, empresários e religiosos
corruptos" pedir perdão: eles devem "devolver" à comunidade o
que roubaram.
O papa fala aos cristãos e diz aos
corruptos que já não é suficiente pedir perdão a Deus, precisam devolver o
fruto da corrupção. A Igreja antes de Francisco absolvia esses pecadores, mas
não lhes impunha, como penitência para poderem ser absolvidos, devolver o fruto
de seu pecado.
Se, de acordo com Francisco, os cristãos
que se apossam do dinheiro público em qualquer das esferas do poder têm agora a
obrigação de devolver o roubado, não poderia e deveria a justiça civil exigir o
mesmo dos condenados por corrupção? Hoje, em quase todo o mundo, basta os
condenados por corrupção passarem, no melhor dos casos, meses ou anos na prisão
para, depois, saírem e continuarem tão ricos como entraram.
Leia mais o artigo de Juan Arias
Brasil ainda demora para alcançar os ricos
Aumentar a produtividade é um dos desafios para países em desenvolvimento
Um
relatório divulgado nesta quarta-feira pela OCDE (Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico), que reúne 34 dos países mais industrializados do
mundo, afirma que o Brasil não conseguirá atingir o nível de renda média dos
países desenvolvidos até 2050 caso sejam mantidas as taxas de crescimento
atuais.
A previsão distancia o Brasil de
outros países cujo crescimento chamou atenção nos últimos anos, como a China. Segundo o relatório, China,
Panamá e Cazaquistão estão no caminho certo para equiparar sua renda à de
países desenvolvidos nos próximos 35 anos.
Assim como o Brasil, ficaram para
trás o México, Colômbia e a África do Sul, entre outros.
"Muitos dos países que
esperávamos que se aproximariam das economias avançadas até a metade do século
não vão conseguir com as taxas de crescimento de hoje", disse o
secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.
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