quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Nova empresa do país


E bota fé


Suecos votam para garantir seu tempo livre. Americanos para defender seu quintal. Argentinos por masoquismo. Franceses para garantir a aposentadoria. Ingleses já não sabem se são pós-cristãos ou neomuculmanos.
E brasileiros votam porque querem mais Estado nas suas vidas. Mais Bolsa Família e mais bolsa empresário. Em mil anos, rirão de nossa fé na democracia

O PT carregou 'Paulinho' porque quis


Assim como ocorreu com o ‘mensalão’, o comissariado achou que levaria o caso com a barriga, errou duas vezes.

A doutora Dilma chamou de “golpe” a exposição dos depoimentos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e do operador financeiro Alberto Youssef. Pode-se achar que tenha sido meio girafa a escolha da ocasião, entre os dois turnos eleitorais. Mesmo assim, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, ouviu-os no desempenho de suas atribuições e tinha obrigação tornar públicas as informações que recebeu. “Golpe” houve quando a dupla e seus comparsas delinquiram.

Como aconteceu no caso do mensalão, o comissariado fez várias apostas e perdeu todas.

Na ata onde está o registro de sua saída lê-se que o presidente do conselho da Petrobras, ministro Guido Mantega, “determinou o registro do agradecimento do colegiado ao diretor que deixa o cargo, pelos relevantes serviços prestados à companhia”.
Leia mais o artigo de Elio Gaspari 

Ah, aquele PT...


A votação de Dilma em São Paulo e a redução da bancada na Câmara são “sintomas bastante alarmantes" que ameaçam tornar partido um “PMDB pós-moderno”. Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, vê necessidade de "se reestruturar” o partido sob a liderança de Lula.
O partido que sacudia as massas, levava multidões às ruas de vermelho e com estrela, ficou no passado. Se atemorizava militares com um esbanjamento de vermelho, virou cor de quadrilha.

Não mais precisa de shows com artistas engajados, que então eram maioria, jantares com candidatos e outros meios de angariar fundos. Hoje os fundos jorram como petróleo dos poços partidários abertos em empresas públicas. Resta só um pouco mais de tempo para se instalar de vez o propinoduto pré-sal da sustentação ditatorial.

Era, naqueles tempos, partido para mudar mesmo; levar o país a se aplicar mais no povo. Hoje a mudança foi criar uma classe média no assistencialismo, fiel na urna, para não perder a boquinha. Uma legião atemorizada em ficar sem pai nem mãe se não forem os angelicais petistas. O socialismo vermelho de raiva com a direita tange o povão como gado para, com antolhos, levar aos caminhos que deseja.

O PT de ontem era representado pelo idealismo, o de hoje é pelo cinismo. O PT do vamos fazer mudou para o vamos mandar. Mudou como qualquer governo populista, demagógico de doer. E está à beira de completar sua etapa final. Daqui pra frente, é nóis e só nóis. Revoga-se toda a Constituição em contrário.