sábado, 28 de junho de 2014

E aos que mordem a alma, o quê?


     O castigo dado ao jogador do Uruguai, Luis Suárez, por ter dado uma dentada no ombro de um colega de trabalho italiano foi rápido, exemplar, severo e sem direito a apelação. Um castigo que atinge toda a seleção, que fica fragilizada para seguir disputando a Copa.
     Não entro na polêmica sobre o possível excesso da Fifa. Psicólogos, psiquiatras e psicanalistas já analisaram ativa e passivamente essa mania feia de Suárez por morder seus companheiros de profissão. É uma disfunção de comportamento da qual Suárez deverá se tratar. A justiça esportiva estava, no entanto, obrigada tomar uma atitude. E o fez com rapidez.
    O que eu gostaria é sentenças igualmente severas e fulminantes fossem aplicadas em nossa sociedade a todos aqueles, sejam pessoas ou instituições, que mordem nossa alma, nossos legítimos direitos e até nossos sentimentos mais íntimos. 
"Nossa sociedade melhoraria se a justiça fosse severa e inapelável, como foi com o jogador, com todas as mordidas morais, que não fazem sangrar, mas doem e humilham mais que as da boca"
Leia mais o artigo de Juan Arias 

Euforia com os juros


     O governo anda eufórico mesmo que a Copa das Copas, a grande jogada marqueteira, tenha se transformado na futebolística Copa dos Gols, bem mais adequada e nada política. Ainda assim saúdam os arautos governamentais que os prognósticos pessimistas não se confirmaram. Faz parte do jogo, quando uns se arvoram em profetas e até fazem, como no caso da mídia, um alerta. Mas é certo que, apesar da dedicação em pintar uma grande Copa em realizações para o povo, só se viu mesmo as arenas superfaturadas com dinheiro público envolvido.
     De resto, a mobilidade urbana acabou mesmo imóvel. Como bem disse a presidente, a Copa é para os brasileiros e como tal as obras que ficaram para depois serão concluídas no velho jeitinho, nas calendas ou ficarão de vez como promessas em ruínas.
    Tudo como dantes. As obras sairão um dia, quem sabe. Até lá é aproveitar os juros eleitorais do que não se fez para se reeleger. Velha manobra de raposas que a urubuzada aproveita para fazer revoada.

Desafiando as mudanças climáticas


A América Latina e o Caribe são zonas climáticas altamente vulneráveis aos impactos das mudanças no clima e, embora na atualidade sua emissão de gases de efeito estufa se mantenha baixa em relação aos níveis globais, suas demandas de energia crescem à medida que se industrializam e se urbanizam.
     É por isso que ambas as regiões decidiram tomar posição no assunto e apostar em projetos sustentáveis que garantam um desenvolvimento que respeite o meio ambiente e uma transformação econômica para o uso de energias limpas e programas de baixa emissão de gases de efeito estufa. Através de fundos provenientes do CIF, Climate Investment Funds (fundos constituídos por numerosos países europeus e os EUA para financiar projetos eco-sustentáveis), estão sendo desenvolvidos 39 projetos em treze países da América Latina e do Caribe. Juntos somam um investimento de 686 milhões de dólares (1,52 bilhão de reais), o que representa 8,5% dos 8 bilhões de dólares que o CIF destina aos países em vias de desenvolvimento.

 "O objetivo é impulsionar programas que promovam energias limpas, reflorestamento, práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente, restauração e preservação de ecossistemas degradados (como a barreira de coral na Jamaica e no Haiti) e o acesso à água, entre outros"

Túnel do Tempo


Versão completa da grande interpretação de Lena Horne
no filme homônimo "Stormy Weather" de 1943