Depois de começar com uma campanha da “esperança para vencer
o medo”, lembrando os idos de 2002, os petistas liderados pelo supremo guru
Lula se lançam na luta da “esperança para vencer o ódio” em resposta aos
xingamentos à presidente na abertura da Copa. Como de costume, são
camaleônicos, vestem a camisa da vez, esbanjam o blábláblá, e criam motes aos
borbotões. É mais uma alteração de última hora para camuflar, ou tentar, a
queda presidencial nas pesquisas.
O chavão desgastado não emplacou se tão pouco durou. Era
preciso colocar o trovejante e bom de boca ex-presidente para dar uma resposta
ao ataque do estádio. E embora pareça que se saiu bem, em verdade tropeçou nas
palavras para um mero entendedor.
Se já não era bom falar em medo de mudança de 12 anos de
governos marcados por corrupção, agora inventou-se o ódio como mote de uma
campanha que querem isenta de agressões.
Mas convém lembrar que ódio é gratuito quando seja de um
psicopata. E estamos tratando de eleitores que não são delinqüentes mentais. O
ódio em questão, muito mal expressado nos xingamentos, não é nada mais do que
expressão, extrema e equivocada, da imensa revolta pelo destrambelado governo
de Dilma e o petismo marcado pela corrupção, o conchavo, a cooptação, o toma lá
dá cá, a farta distribuição de benesses aos mais ricos, tudo sob uma capa de
socialismo à brasileira. Essa a revolta que não querem ver, nem muito menos
admitir, para não influir na eleição.
Querem os petistas de qualquer forma esconder a revolta, em
maioria no país, contra um governo e seu principal partido que estão
pretendendo instituir uma ditadura de bananas, para que possam se locupletar
por mais tempo até do que o previsto de 20 anos no poder. Mas definir os
opositores como estandartes do ódio é simplesmente colocar num balaio todos os
revoltados do país, e não são poucos. E se arriscam muito a que o balaio
transborde nas urnas afogando suas esperanças de continuísmo acima de tudo,
acima de todos e atropelando todas as leis.
"Quando os que comandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”
Georg Lichtenberg (1742-1799)