(para uma cidade em dó maior)
Se houvesse interesse do governo pela cultura
Se os projetos culturais
não se resumissem ao bumbum-baticubum
Se escolas tivessem bibliotecas
e mais dignidade para os professores
Se pais (ah! com salários mais dignos),
fossem incentivados a ler para os filhos
Se biblioteca municipal fosse ponto de encontro
para os de 2 aos 80 anos
Se cultura tivesse tratamento vip em local seis estrelas
e não se encampassem, como “popularização”,
os tais projetos de rua.
Se escolas, prédios limpos e abertos,
fossem verdadeiros pólos para ler, pensar e sonhar
Se não se cometessem tantos crimes
em nome da Cultura,
se os livros tivessem vez em todos os prédios municipais,
se governantes e políticos se orgulhassem
de possuir bibliotecas,
ou que ao menos gostassem de ler livros;
as leis teriam justiça e políticos, respeito,
as crianças não ficariam nas ruas ao Deus dará,
e com prazer iriam à escola.
Se ler não fosse obrigação e aprisionamento,
mas prazer e liberdade;
e se as livrarias tivessem vez e voto na cidade...
Os doentes teriam melhor tratamento nos hospitais
e os velhos mais respeito em toda cidade;
as obras públicas seriam mais transparentes e adequadas;
o meio ambiente seria saneado
até com ruas arborizadas.
Cultura seria fonte de renda como em cidades civilizadas,
o povo seria dignificado
para ocupar seu lugar de direito,
dono, patrão e senhor da vida pública