segunda-feira, 2 de junho de 2014

Não deu na mídia



Dilma foi xingada por aproximadamente 40 mil pessoas no final da apresentação da banda Rappa, no sábado, em Ribeirão
Preto
(SP), durante a 13ª edição do Festival João Rock,
considerado o maior festival de música pop e rock do interior. A sessão de
xingamento se deu quando da fala de protesto do vocalista e líder da banda,
Marcelo Falcão.
 

Basta de fingir


O Brasil comemora sua posição de sétimo maior PIB do mundo, mas o PIB per capita rebaixa o país para a 54ª posição no cenário mundial; no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) ficamos em 85º lugar. Fingimos ser ricos, apesar da pobreza.
Nos últimos 20 anos, passamos de 1,66 milhão para 7,04 milhões de matrículas nos cursos superiores, mas quase 40% de nossos universitários sabem ler e escrever mediocremente, poucos sabem a matemática necessária para um bom curso nas áreas de ciências ou engenharia, raros são capazes de ler e falar outro idioma além do português. Fingimos ser possível dar um salto à universidade sem passar pela educação de base.
Comemoramos ter passado de 36 milhões, em 1994, para 50 milhões de matriculados na educação básica, em 2014, sem dar atenção ao fato de termos 13 milhões de adultos prisioneiros do analfabetismo; 54,5 milhões de brasileiros com mais de 25 anos não terminaram o Ensino Fundamental e 70 milhões não terminaram o Ensino Médio. Fingimos que os matriculados estão estudando, quando sabemos que passam meses sem aulas por causa de paralisações ou falta de professores.

Do golpe à Comissão da Verdade


A Editora Instituto Vladimir Herzog está lançando o livro “50 Anos Construindo a Democracia – Do Golpe à Comissão da Verdade”, de Mário Sérgio Moraes, professor e doutor da Faculdade de Comunicação da FAAP e Universidade Mogi das Cruzes. A obra é uma análise da democracia durante o último meio século e da influência da ditadura militar ainda nos dias de hoje.
Por meio de entrevistas com presos e líderes políticos, operários, jornalistas da imprensa alternativa e membros da classe artística, a obra registra o cenário político do período, assim como os resquícios da ditadura, sob a ótica dos Direitos Humanos. Para o professor Mário Sérgio, ainda há uso de tortura e grande fragilidade nos direitos civis. “Nosso objetivo é trazer informações de politização para ajudar os jovens a desenvolverem a consciência política focando nos direitos humanos.”
A ideia para o desenvolvimento do livro foi impulsionada pelas manifestações que ocorreram em diversas capitais brasileiras em junho e julho de 2013 e pelo anseio de maior consciência política e maior respeito aos direitos humanos. Outro fator que motivou a produção da obra foi o interesse do Instituto Vladimir Herzog em disponibilizar às escolas brasileiras conteúdos que abordem o período mais repressivo da ditadura no Brasil.