sábado, 17 de maio de 2014

Alternar é bom

“Quando você tem um sistema, que você pra ter apoios políticos, você vai dar cargos, você sabe que esses cargos vão ser usados para fazer caixinha, aí é um caminho para a corrupção. Quando você fica muito tempo no poder, os compromissos são muitos. Você não consegue mexer na máquina, mesmo querendo. Veja a presidente Dilma: tentou várias vezes. Agora está lá, nomeando tesoureiro de partido para ter posição no governo. Não consegue. Com o tempo, você perde a capacidade de renovar realmente. A alternância é sempre boa.”

O Brasil cansou de ser o “país do futuro”?


O Brasil, o gigante americano, está numa encruzilhada. Para alguns com risco de derrapar na próxima curva. Neste momento, todos estão crispados e quase incrédulos. “O Brasil está um caos”, é a frase que mais se escuta na rua.
O fato é que o Brasil luta para sair de uma situação que começou a incomodá-lo: cansou-se de ser “o país do futuro” e quer ser o do presente, do agora. Não lhe bastam promessas, e menos ainda as descumpridas. E quer um hoje com qualidade de vida. Entre os brasileiros, 73% desejam “mudanças”, inclusive radicais.
Repetiu-se durante muito tempo que o Brasil era o “país do futuro”, e apresentava-se a Petrobras como a joia da coroa, emblema da eficiência empresarial, uma empresa modelo no mundo, da qual hoje estão sendo vistos os pés de barro.

O recado

José Ferraz de Almeida Júnior (1850/1899)
foi pintor e desenhista brasileiro apontado como 
precursor da temática regionalista

O Brasil para inglês ver (final)

NOSSO CAMPO – Estima-se que haja cerca de 150 milhões de hectares de latifúndios completamente ociosos – por outro lado, calcula-se em quatro milhões o número de trabalhadores sem terra e camponeses pobres. Há 60 mil famílias sem terra vivendo em condições miseráveis em 150 acampamentos espalhados pelo país. Dados do IBGE mostram que, enquanto 20% dos domicílios urbanos apresentam rendimento médio mensal de até um salário mínimo (R$ 724,00 ou cerca de 324 dólares), no setor rural esse número cresce para 47% das famílias, sendo que 12% delas registram rendimento igual a zero. O analfabetismo no meio rural chega a 33% contra a média nacional de 9%. Dos 7,5 milhões de domicílios rurais permanentes, apenas 18% têm água encanada, 46% possuem banheiro e 13% contam com coleta de lixo. Metade das terras do país pertence a 48 mil pessoas.