sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Partidos indicavam os dirigentes no governo Lula
Envolvido no processo que investiga a polêmica compra da
refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o ex-diretor de Gás e Energia da
Petrobrás Ildo Sauer quebrou o silêncio e admitiu ao Broadcast que "o
governo de coalizão" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva permitia que
partidos indicassem dirigentes para obter "ajuda".
Segundo ele, "o folclore" na Petrobrás era que
Lula estava impressionado com a contribuição do ex-diretor de abastecimento
Paulo Roberto Costa, atualmente preso pela Polícia Federal na Operação Lava
Jato por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula, gigolô do passado
Em carreata ao lado de Dilma, em São Bernardo do Campo, São
Paulo, Lula pregou enfático:
- [O eleitor] não tem duas escolhas nem uma e meia para
fazer o país continuar avançando econômica... e socialmente, sem ser
subordinado ao sistema financeiro.
E encaixou:
- Eu tenho fé nesse povo, em Deus, que no dia 5 de outubro
valerá a razão, o coração e reconhecimento do povo brasileiro a uma mulher que
apanhou, foi torturada, foi massacrada por um setor da imprensa desse país e
nem assim essa mulher se curvou.
Lula é gigolô do seu passado de retirante nordestino que
levou uma vida de pobreza em São Paulo enquanto era jovem. Sempre que pode ele
lembra disso. Como se lhe devêssemos algo.
Hasta la vista
A turbulência provocada pelo tsunami Marina Silva está
deixando baratinados muitos analistas. Sem falar no PT com um exército de
“soldados’ nas redes sociais, a máquina pública a todo vapor, ministros se
convertendo em cabo eleitoral de pracinha do interior e uma milionária
indústria de marketing produzindo em linha de montagem as mais mirabolantes
“armas” contra a candidata do PSB. É um gasto astronômico para ao menos manter
a candidata governamental cabeça a cabeça com a ex-senadora, e ainda lucrando
uma derrota no segundo turno.
A gerentona Dilma, que vende hoje a alma ao diabo pela
reeleição, apela para qualquer santo a fim de garantir sua permanência no
troninho. Retomou agora a bandeira do medo no futuro, do “salvador da pátria”
que frustrou o país, pecha com que quer cimentar a imagem da adversária.
Esquece que o “seu” PT se tornou amiguinho do ex-presidente afastado do poder e
sua própria carreira política a aproxima mais da de Collor. O esquemão está
segurando a queda, mas não assegura ainda a vitória.
O medo não está surgindo o efeito esperado e pode
transformar uma presidente em uma candidata caricata, como vem se demonstrando
nos debates. Em meio às caretices, fala o que quer e não responde diretamente
às perguntas; despeja o que fez em borbotões, mas não explica o que deixou de
fazer. Tudo fica para depois, para quando continuar, e aí fará mudanças. E isso
o eleitor está acenando que não deseja.
O eleitor ainda indica que quer apostar e ver pra crer. Não
confia mais em “marquetadas” de encomenda, sinal de que a “nova política”
pode vir mesmo de um “novo eleitor” menos crédulo das palavras politiqueiras,
com ojeriza de mentirosos e safados.
O noticiário dá conta que o próprio PT, diante de uma
derrocada eminente, vem demonstrando que conta o tempo para a pá de cal das
eleições. Se tudo correr como manda o figurino, também sabem que não haverá
mais jeito e restará ao governo atual e aliados ouvirem a frase imortalizada no
filme “O exterminador do futuro” pelo ator Arnold Schwarzenegger: “Hasta
la vista, baby”. Eis o que esperam muitos para assistir ao final feliz de um pesadelo.
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