domingo, 20 de julho de 2014

Nem sempre séria

"Uma democracia não precisa ser sempre séria, embora possa competir com as ditaduras quando quer"
Graham Greene (1904-1991)

D. manteve tradição




Como já se tornou uma tradição no governo Dilma, a presidente enfim resolveu encontrar espaço na agenda eleitoreira para visitar os desafortunados das enchentes no Sul, mas só viu a desgraça do ar num sobrevoo de 12 minutos na área atingida pela cheia do rio Uruguai. E liberou, segundo alguns jornais – outros dão cifras maiores -, R$ 40 milhões para reconstrução de estradas.

A presidente teria aventado a hipótese de se utilizar o Minha Casa Minha Vida para atender aos milhares de desabrigados, mas com o prejuízo geral não há como se pagar as prestações do programa, que não é gratuito como se propala, com prestações até de R$ 600, custo impensável para quem já perdeu tudo, restando apenas a eles apenas a dignidade pessoal e a indignidade dos políticos. 

Tal lá como aqui

Repressão na Venezuela contra manifestantes continua e mantém presos em protestos. Mais de cem pessoas continuam presas na Venezuela por violência em protestos

A procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, disse hoje (17) que 101 pessoas permanecem presas por suspeita de participação em atos de violência registados em protestos contra o governo, desde fevereiro, no país. Segundo ela, entre os detidos estão 14 funcionários públicos e seis estudantes.

"Isso foi explicado durante uma reunião, entre funcionários do Ministério Público e representantes da Anistia Internacional, que manifestaram o desejo de se deslocarem à Venezuela para abordar o tema dos direitos humanos, especialmente os acontecimentos violentos ocorridos entre 12 de fevereiro e junho", disse.

De acordo com a procuradora, foram também discutidas as causas da morte de 43 pessoas durante os protestos. "Explicamos que nove [das vítimas] eram oficiais das Forças Públicas, uma era procurador do Ministério Público e que seis venezuelanos morreram tentando limpar barricadas colocadas por outro grupo que protestava violentamente".

Há mais de cinco meses que se registram protestos diários na Venezuela devido à crise econômica, inflação, escassez de produtos e medicamentos, insegurança, corrupção e repressão por parte de organismos de segurança do Estado.

Alguns protestos acabaram em confrontos violentos durante os quais morreram pelo menos 43 pessoas. Mais de 900 pessoas ficaram feridas, e mais de 3,2 mil foram detidas. No total, 14 policiais continuam presos e estão em curso 197 investigações sobre violações de direitos fundamentais dos manifestantes.