sábado, 18 de julho de 2020

Em cartaz, no Planalto, a nova versão da Ópera do Malandro

Na hora em que se descobre em apuros, ou o presidente Jair Bolsonaro recua e dá o dito pelo não dito como já fez tantas vezes, ou joga a culpa nos outros. Se não dá para jogá-la nas costas dos adversários de preferência, joga nas costas dos próprios auxiliares. E não se constrange em agir assim. E nem na intimidade com eles se desculpa. De corajoso não tem nada.

É como se comporta desde o seu tempo de soldado e de garimpeiro nas horas vagas, atividade que escondeu dos seus superiores. Como deles havia escondido seu plano de detonar bombas em quartéis em defesa de melhores salários para a soldadesca. E foi por isso que acabou afastado do Exército. Certa vez, o ex-presidente Ernesto Geisel referiu-se a ele como “um mal militar”.

Em entrevista recente à GloboNews, o vice-presidente Hamilton Mourão tentou explicar por que Bolsonaro é o que é. “Ele encerrou a carreira em um posto, o de capitão, onde você é muito mais físico do que intelectual”. E acrescentou: “Quando você muda da parte do físico para a do intelectual... Ele não viveu esse momento dentro da carreira militar”. Entenderam o que Mourão quis dizer?


No prontuário de Bolsonaro guardado nos arquivos do Exército, consta que Cavalão (apelido dele na caserna) era bom de corridas a longa distância, da prática de esportes e de saltos de paraquedas. Parou por aí. Embora já tenha testado positivo duas vezes para o coronavírus, ele se apresenta como dono de uma saúde de atleta. Sobreviveu até a uma facada traiçoeira.

No mais, nunca leu um livro na vida, do que se orgulha. É só intuição, astúcia, esperteza e malandragem. Pois o malandro, presidente acidental, mandou que a Advocacia Geral da União (AGU) desse um jeito no processo que ele responde na condição de réu por ter liberado a compra de munição em quantidades três vezes maiores pelos proprietários de armas registradas.

Podia-se comprar 200 unidades de cada vez. Pode-se comprar 600. E sabem por quê? Porque Bolsonaro quer armar o povo, como disse na reunião ministerial gravada de 22 de abril último. Armá-lo para impedir a implantação de uma ditadura no país – ditadura de esquerda, naturalmente. Deu até um exemplo:

"Um prefeito faz a porra de um decreto, algema uma mulher e deixa todo mundo preso dentro de casa. Se [o povo] tivesse armado iria para a rua. Eu quero todo mundo armado!"

Pouco antes, na mesma reunião, avisara em voz alta a Sérgio Moro, então ministro da Justiça, e ao general Fernando Azevedo, ministro da Defesa que a tudo ouviam calados: “Peço ao Fernando e ao Moro que, por favor, assinem essa portaria ainda hoje, que eu quero dar uma porra de um recado”. Missão dada pelo presidente da República, missão cumprida pelos dois ministros.

Acontece que, agora, em peça incluída nos autos do processo, a AGU alega que se existirem delito e culpa, Bolsonaro nada teve a ver com isso, nadinha. A portaria foi assinada por Moro e Azevedo, ponto. “Os atos administrativos praticados no âmbito dos dois ministérios não podem ser atribuídos pessoal e institucionalmente ao presidente da República”, ponto. Que tal?

País rico

Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou não faz aquilo por falta de verba.

Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas, aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem dinheiro. É o Brasil rico...

Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer porque não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.

Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis. Todos observam o caso e perguntam:

- Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas a elas destinadas?

O governo responde:

- Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.

E o Brasil é um país rico, muito rico...

As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças, são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não têm cavalos, etc., etc.

- Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?

O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:

- Não há verba; o governo não tem dinheiro.

- E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a brincar nos recreios dos colégios.

O Brasil é um país rico..
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Lima Barreto, "Marginália"(1920)

Pensamento do Dia


O Brasil invisível e anônimo que carrega a dor da pandemia

Quando esta guerra contra o coronavírus terminar, todos os trabalhadores invisíveis e anônimos terão que ser condecorados, a maioria entre os mais pobres, que estão se sacrificando para que o país não pare.

É o Brasil que merece nosso respeito, gratidão e amor. É um Brasil sem guerras ideológicas, de direita e de esquerda, que se sente unido por uma mesma responsabilidade para com o país. Esse Brasil heroico que mantém o país funcionando e evita milhares de vítimas. É o que não distribui armas para se matar, mas serviços para que a maioria da população possa pensar em se proteger melhor do contágio. É esse exército que todas as manhãs deixa a segurança de sua casa para que os mercados, as farmácias, o serviço de coleta de lixo, os transportes e a segurança pública continuem funcionando. E toda essa nuvem de sacrificados entregadores para que não falte comida à grande maioria das pessoas.

São os que no anonimato cuidam dos hospitalizados, bem como os coveiros que até substituem os parentes dos mortos no carinho que eles não podem lhes dar na despedida.

E existe esse outro exército anônimo de pessoas de todas as categorias que estão ajudando de mil maneiras aqueles que ficaram sem nada e não têm nem o que comer. Penso nos meus amigos César e Fátima que cozinham todos os dias para que 100 crianças de famílias carentes de uma pequena cidade na região dos Lagos, no Rio de Janeiro, possam comer um prato de comida quente todos os dias. É esse rio de generosidade que está correndo pelas veias de milhares de brasileiros. E é o Brasil não envenenado pela política do ódio e para quem a dor alheia está acima das ideias políticas e religiosas.

É o Brasil que nos momentos de dor nacional descobre seus melhores sentimentos de empatia e compaixão pelo próximo que sofre. É o Brasil que faz com que nos momentos dramáticos de calamidade e de luto seja capaz de mobilizar dentro de si o mais sublime do ser humano, como a capacidade de detectar a dor dos outros.

E não falo de religião. Nos Evangelhos, na parábola do bom samaritano, Jesus elogia o ateu que passando ao lado de um ferido o leva consigo para curá-lo, enquanto critica o religioso que, pelo contrário, havia passado sem nem sequer parar diante do homem ferido. Não é uma questão de religião, mas de ter um coração de sangue ou de pedra.

E é esse rio de generosidade nos momentos dramáticos da vida de um povo o que o torna digno de ser recordado na história. Esse Brasil anônimo que está se sacrificando e se expondo ao perigo para que o país não paralise merecerá ser lembrado para sempre como um exemplo não só de civilização, mas de grandeza de alma e de coração.

Muitos deles também serão vítimas da pandemia e nos terão deixado o exemplo de sua dignidade como cidadãos e pessoas. Para nós deverão continuar vivos em nossa gratidão e recordação. Este é o melhor exemplo de civilização que poderemos ensinar às crianças nas escolas.

Imagem do Exército em risco

Se o presidente Bolsonaro não tivesse decidido nomear um general especializado em logística ministro “interino” da Saúde, cargo indicado a médicos ou a outros especialistas na área, não ocorreria, por óbvio, o incidente do comentário mal formulado pelo ministro do STF Gilmar Mendes sobre os riscos que a imagem do Exército enfrenta devido a esta nomeação, durante uma epidemia histórica.

Bolsonaro viu na convocação do general da ativa Eduardo Pazuello para cumprir esta “missão” a melhor forma de impor suas teses nada científicas ao Ministério da Saúde. Mesmo com um pé na política, o médico Luiz Henrique Mandetta, ex-deputado federal do DEM pelo Mato Grosso do Sul, preferiu ficar do lado do seu diploma a aceitar teses bolsonaristas sobre isolamento social e a hidroxicloroquina. Seu substituto, o oncologista Nelson Teich, esteve ministro ainda menos tempo. Saiu nas primeiras pressões a fim de que prescrevesse cloroquina para contaminados pela Covid-19, sem qualquer base em pesquisas sérias. Com Pazuello, foi emitido um “documento administrativo de informação e comunicação” sobre a substância.


O balanço dos dois meses do general Eduardo Pazuello na pasta não poderia ser outro do que negativo. Especializado em logística, o oficial levou mais militares para ajudá-lo, e o Ministério da Saúde nada fez de significativo no auxílio a estados e municípios em uma crise de saúde pública grave como esta. Um exemplo são os testes, vitais para os gestores da área terem informações básicas: o trajeto do vírus, as comunidades que devem ser isoladas etc. O atraso do Brasil neste aspecto é inqualificável. Chicago faz 40 mil testes diários, enquanto o Estado do Rio de Janeiro, 2 mil; os Estados Unidos testam 500 mil pessoas diariamente, o Brasil, 10 mil. O país batalha contra o Sars-CoV-2 com venda nos olhos.

Reconheça-se que mesmo com Mandetta e Teich a questão ficou por resolver. Mas Pazuello, do ramo da logística, nestes dois meses de gestão, pouco ou nada conseguiu. A enorme procura mundial pelos mesmos kits e insumos tem sido a justificativa para os sucessivos fracassos. A conclusão é que, diante de todas essas dificuldades, não será um general fora do ramo da saúde que desatará tantos nós.

Bolsonaro acaba de fazer rasgados elogios ao general, mas o prejudicou ao colocá-lo como ministro. E por ele ser da ativa facilitou a contaminação da imagem do Exército pelo rastro de perdas que a Covid-19 tem deixado na população e na vida do país.

Queira-se ou não, é no período da gestão de Eduardo Pazuello que a média móvel de mortes por Covid-19 no país oscila no elevado patamar de mais de mil óbitos diários. O total passa dos 75 mil, apenas ultrapassado pelos 140 mil dos Estados Unidos.

Seria infindável uma discussão sobre as responsabilidades na tragédia. Mas ao convocar um general da ativa, não especializado, para ser ministro da Saúde, Bolsonaro aproximou a tragédia do Exército e das Forças Armadas.

Bolsonaro destruiu a verdade. E agora o mundo inteiro duvida dele

Nesta semana, uma executiva de uma empresa farmacêutica suíça estava em “home office” numa reunião pela Internet quando sua filha de sete anos ousou quebrar todas as regras da casa e entrou em seu escritório com uma notícia: Bolsonaro está com a covid-19. A empresária não deu bola e pensou que era mais uma tentativa de seus filhos de chamar a atenção da mãe que, por meses, apenas fala de coronavírus, tratamentos e diagnósticos.

Mas, para sua surpresa, um de seus colaboradores na reunião interrompeu a conversa e compartilhou a capa de um jornal francês com a mesma notícia de sua filha. A reação inicial de todos: será que é verdade?

No dia seguinte, a mesma cena se repetiria na sede da ONU que, depois de meses fechada, volta timidamente a organizar suas reuniões entre embaixadores.

Num canto de uma das salas, diplomatas debatiam o assunto do dia: a doença de Bolsonaro. Entre risadas de ironia, preocupação real com o estado de saúde e alertas sobre o “recado divino”, não demoraria para que a mesma pergunta surgisse: será verdade que ele está contaminado?


Do outro lado do prédio, entre funcionários do restaurante, correio e dos serviços de limpeza, um português mostrava aos colegas um vídeo do presidente brasileiro tomando cloroquina e sorrindo. “Esse é aquele remédio suspenso?”, brincou um deles. Uma vez mais, a pergunta mais insiste surgiria pela expressão de uma faxineira dominicana: e se ele estiver mentindo?

Quase ninguém duvidou quando Boris Johnson anunciou que estava doente, nem quando o príncipe Charles e várias outras lideranças declararam seu status de saúde.

Eleito com base em uma mistura de meias-verdades e mentiras completas, apoiado em parte por charlatães e com um discurso populista, Bolsonaro colhe o que plantou no mundo: a repulsa e a desconfiança permanente. Até quando é verdade.

Já no ano passado, o governo francês causou a indignação de parte do Palácio do Planalto ao dizer que Bolsonaro não tinha dito a verdade sobre seus compromissos ambientais.

Hoje, o vírus disseminou essa percepção. Bolsonaro não inventou a mentira na política. Longe disso. Mas parte da estratégia de líderes populistas é a criação de uma realidade paralela. Dizer e desdizer no mesmo dia. Demitir e renomear, anunciar e cancelar. Acusar jornais de desinformar e criar seus próprios canais de disseminação de fake news.

A sistêmica destruição da relação de confiança entre governo e governados mina a democracia e a capacidade do mundo em dar resposta a uma pandemia real, incontornável e que mata.

Nesta semana, a presidente temporária da UE e chanceler da Alemanha, Angela Merkel mandou um duro recado a líderes pelo mundo que, nos últimos meses, se recusaram a aceitar a gravidade da pandemia. Para ela, a covid-19 mostrou os “limites” do populismo e do nacionalismo.

Em um discurso na qual não citou nomes, a alemã deixou claro que era o momento de a UE chegar a um acordo sobre como relançar sua economia. “Estamos vendo no momento que a pandemia não pode ser combatida com mentiras e desinformação, e nem pode ser com ódio e agitação”, disse a chanceler que, para muitos, saiu fortalecida diante da resposta que deu à crise.

“O populismo que nega os fatos está mostrando seus limites”, afirmou a alemã, arrancando aplausos no Parlamento Europeu. Ela não citou nomes. Mas seu discurso, no meio diplomático, foi interpretado como um recado a Donald Trump e Jair Bolsonaro.

Na comunidade internacional, os dois presidentes passaram a ser considerados como os principais expoentes de um comportamento negacionista em relação à gravidade do vírus. Os dois países são, hoje, os que acumulam os maiores números de mortes e de casos. Em ambos os casos, a manipulação de dados e o questionamento da ciência fizeram parte da resposta à pandemia.

“Em uma democracia, são necessários fatos e transparência. Isso distingue a Europa, e a Alemanha a defenderá durante sua presidência”, prometeu a alemã e que, antes de assumir um papel político era cientista de formação.

Desde o primeiro dia da pandemia, esse seria um teste da relação de confiança entre líderes políticos e suas populações. Seria um teste de caráter. Para cada um de nós e para os governos.

Sim, Bolsonaro está contaminado. Assim como está contaminada sua reputação pelo mundo. E, para isso, a cloroquina não será jamais a resposta.

O governo Bolsonaro acabou, porra!

A pandemia do novo coronavírus mostrou para onde o mundo vai. É preciso uma administração ágil e moderna, que aja conforme as necessidades do momento – e não com base em crenças folclóricas e ideologias bizarras. Não há tempo para terraplanismo em tempos de coronavírus! Na área econômica, as empresas vão ter que se posicionar de forma sustentável – tanto social e economicamente como, e esse talvez seja o ponto mais importante, ambientalmente. Não é hora de destruir florestas, portanto.

O governo Bolsonaro foi pego desprevenido pelo vírus. O plano de colocar a economia em trilhos neoliberais acabou. Em vez disso, o governo provavelmente promoverá um programa assistencialista, o Renda Básica, de tamanho maior que o Bolsa Família petista. Fica difícil, também, seguir com os planos de privatizações, tendo em vista que instituições estatais, como o SUS e a Caixa, tiveram um papel fundamental para evitar danos maiores durante a pandemia.

Ficou claro também que colocar militares em pastas como a Saúde ou para fiscalizar as florestas não resolve nada. No lugar dos quadros técnicos prometidos, os militares deslocados para áreas alheias penam para mostrar resultados, enquanto milhares morrem e florestas se vão em chamas. (Não vamos pensar que os militares foram postos em lugares errados propositalmente, ok!)


A tempestade perfeita das pilhas de mortos pela covid-19, da economia em queda livre e do desastre ambiental cada vez mais evidente urge a um plano maior para o país. Mas não haverá tal plano com o atual governo, que não possui nem plano nem visão para o Brasil. Isso fica ainda mais claro quando se olha para a pasta da Educação. Não ter ideia do que fazer nessa área deixa evidente a total falta de visão.

Em vez de moldar o futuro, Bolsonaro está ocupado, desde que assumiu, um ano e meio atrás, com limpar a bagunça dos filhos e do próprio passado mal resolvido. Além das bravatas, ele não tem nada a oferecer.

Os problemas em encontrar quadros adequados para áreas como educação e saúde se explicam também pela falta de base social do atual governo. Grupos de WhatsApp podem até ganhar eleições, mas na hora de recrutar especialistas com uma noção do que fazer, as redes sociais não oferecem ninguém. Na hora de nomear ministros, perfis falsos não entregam nada.

Acontece que uma parte significativa do apoio digital pró-Bolsonaro já se evaporou, nas últimas semanas, de forma instantânea perante as investigações promovidas pela Justiça e principalmente pelo STF. Os 300 do Brasil, que estava mais para 30, agora são zero. Quanto mais Bolsonaro se entregar ao Centrão para se blindar de um impeachment, mais apoio da sua base mais radical deverá perder.

O presidente será um lame duck (pato manco) já na primeira metade do primeiro mandato. Enquanto Bolsonaro é bicado por uma ema, nos jardins presidenciais, seu vice, Hamilton Mourão, tenta tranquilizar investidores e empresários. Teremos, provavelmente, um vice cada vez mais presente e um presidente cada vez mais recuado. Talvez Bolsonaro não caia, mas se arraste até o final do mandato. O governo dele talvez não tenha morrido, mas, de fato, já acabou.

Enquanto governos social-democratas e o regime autoritário chinês se mostraram capazes de domar o vírus, os líderes da direita raivosa se mostraram perdidos. Comprei recentemente uma camiseta com um desenho de Donald Trump e Bolsonaro, com o presidente brasileiro camuflado de Rambo e a frase "Make Brazil great again" estampada embaixo. Para me lembrar desse tempo esquisito.
Thomas Milz