sábado, 10 de maio de 2014

Pintura brasileira


Parque Municipal de Belo Horizonte - 
Alfredo da Veiga Guignard  (1896/1962)

Rede Pau nos Ratos

Cultura x manipulação

Ribeirão Preto, a 31ª cidade mais rica do país, com PIB per capita de R$ 30.209, abre este mês mais uma edição da tradicional Feira do Livro. Apesar do poderio econômico, o Cartão Livro entregue aos estudantes da rede pública não chega nem perto do que a prefeitura de Maricá ofereceu aos alunos. Enquanto os paulistas darão R$ 18 (Estado) e R$ 16 (prefeitura), a vilazinha fluminense esbanjou com farta distribuição de vale livro que ia de R$ 50 a R$ 200 numa apelidada Feira Literária, que custou R$ 1 milhão. Depois não se diga que foi mais uma manobra eleitoreira maricaense. Ainda mais porque a feira no Rio de Janeiro não tem mais seguimento.

Metrô de boca

A presidente Dilma, pela terceira vez consecutiva, em Curitiba, anunciou a liberação de verbas para o metrô curitibano. As demais visitas foram feitas em 2011 e em outubro do ano passado pelo mesmo motivo, mas agora com o governo aliado do pedetista Gustavo Fruet o custo da obra ficou mais vitaminado, passando para R$ 4,5 bilhões, quando já foi de R$ 1 bilhão, na primeira promessa, e de R$ 1,8 bilhão, na segunda. No entanto, apesar de ser o maior investimento da capital paranaense, ainda sequer saiu do papel. 

Arena de ouro

A Arena da Baixada,estádio do Atlético Paranaense e uma das sede da Copa, foi muito bem aquinhoada pelo governo. Foram financiados pelo poder público 88% da reforma, até o que se tem notícia. E quem disse que a Copa não custaria um centavo público? 


Mais candidatura

Apesar da vergonha mundial junto à Fifa, o Brasil, que não tem nenhuma, resolveu também se candidatar para sediar o Mundial de Clubes em 2017/2018 e de quebra o Mundial de futebol de areia em 2017. E tome de abrir a torneira do Erário para novas construções.

Merenda a preço de ouro

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) condenou o ex-prefeito de Belford Roxo, Alcides de Moura Rolim, a devolver aos cofres públicos o valor de R$ 47.938,56 (equivalente a 18.819,36 Ufir-RJ) pagos a mais em contrato superfaturado com a empresa I.R. Gomes Villar. Em 2009, para abastecer por 66 dias a merenda de escolas e creches municipais, o governo gastou R$ 1.121.136,04. Entre os gastos estavam o quilo da banana prata extra contratado por R$ 2,75, quando no mercado custava R$2,58. A prefeitura comprou 4.500 quilos da fruta, pagando um total de R$ 123.750,00 quando poderia ter desembolsado R$ 116.100,00 uma diferença de R$ 7.650,00 pagos a mais. O quilo da maçã extra, adquirido por R$ 3,95, custaria, segundo a pesquisa de mercado, R$ 2,54. A compra de 6 mil quilos da fruta custou aos cofres de Belford Roxo R$ 23.700,00 uma diferença de R$ 8.460,00 a mais se comparado com os preços cotados no mercado.

Mais ex-prefeito punido


Outro multado pelo mesmo TCE-RJ foi o ex-prefeito de Cabo Frio, Marcos da Rocha Mendes. A multa de R$ 12.736,50 se deveu por irregularidades no repasse de R$ 125 mil à Associação Comercial, Industrial e Turística de Cabo Frio para realização do evento Feira Forte 2007. O ex-prefeito não apresentou documentos e esclarecimentos necessários à aprovação da subvenção concedida pela prefeitura à associação comercial  e também não soube explicar por que o dinheiro repassado pelo município foi integralmente usado na montagem do evento Feira Forte 2007. O art. 12 da Lei 4.320/64, só permite a transferência de recursos – por meio de subvenção – para cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas.

Revolução social de mentirinha


O PT tem enganado muita gente desde que assumiu o poder. O partido do social cada vez mais se tornou o partido do voto. Em vilazinhas como Maricá, chegou mesmo a emplacar o slogan de “Aqui o povo governa”. Só se for o povo da rua, empregado em massa para as quase 30 secretarias, e quase 96 subsecretarias, divididas em feudos entre os edis com uma reserva estratégica para atender aos privilegiados mais confiantes como secretaria de Governo e Gabinete do Prefeito.
O socialismo de fachada se tornou um chamariz para os incautos e emprego para os imbecis, dispostos a tudo pelo trocadinho mensal do Erário. E governos dessa laia se dispuseram a lotear terrenos, privilegiando imobiliárias, distribuindo fartamente moedas ditas sociais ou esmola anti-miséria como o bolsa família, cujo valor fica abaixo do considerado como ganho miserável pela Unesco.
O novo escândalo, entre os muitos por vir, revela a cafagestada de um partido de trambiqueiros em nome do social. O prefeitinho chegou a servir de garoto propaganda de uma imobiliária, abriu espaço na home da Prefeitura para anunciar o grande negócio de casas e apartamentos vendidos através do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Isso foi em 2011 e agora surge a notícia que a empresa tão privilegiada faliu.
As obras que deveriam começar em novembro daquele ano até hoje não se iniciaram e a incorporadora está fazendo propostas indecorosas para a devolução do dinheiro. Foi o primeiro dos muitos calotes previstos no setor, que está com vendas zero no município.
Essa é apenas uma parte da revolução socialista anunciada pelos petistas, que continuam a governar como outras gestões, apostando apenas no factóide, na mentira, no falso asfalto, na instalação de canos (para quando chegar a água), enfim, nas obrinhas de sempre que deveriam ser obrigação de quem está no governo, como em países sérios, e não dádivas governamentais a orgulhosos puxa-sacos. É a governabilidade de dar para receber, em votos.
O socialismo revolucionário, a ponto de nunca aplicar um centavo no verdadeiro atendimento à população, esbanja milhões em propagar uma maravilha de gestão. Não há hospital digno em instalações ou material para os doentes; há postos de saúde despencando e sem mínimas condições (alguns receberam uma demão de tinta, e só, para dar a sensação de mudança); não construiu novas escolas, adaptaram casas para tanto (contra a legislação é claro), distribuiu laptops, mas faltam material escolar, uniforme e o ensino é pra burro com cartilha cheia de erros. Insiste em estimular o emprego, mas apenas com promessas, pois nunca investiu em trazer indústrias ou em projetos de grande empregabilidade numa população que divulgam estar na casa dos 150 habitantes, muito maior do que grandes cidades no mundo.
O comércio foi entregue às moscas sem um programa de estímulo, organização de tráfego, fim da camelotagem, calçadas trafegáveis. O passo o ponto se tornou uma constante no atual governo, que insiste estar trazendo grandes nomes comerciais, mas sem qualquer contrapartida de uma melhoria urbana e transportes públicos adequados.
Fica difícil acreditar numa revolução social quando o que se tem é um saco de mentiras, outro saco de bobagens e muita ratazana comendo do bom e do melhor às custas do povo.