quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Mercado sinaliza temporada difícil para Dilma
Ações da Petrobras caíram 11% nesta segunda, num recado claro de que os agentes financeiros esperam muito de um eventual Governo “Dilma 2.0”, que precisará ser mais pragmático
O comportamento de cavalo selvagem desta segunda lembrou o
período pré eleitoral de 2002, quando o ex-presidente Lula liderava as
pesquisas, e a bolsa de valores oscilava de modo descontrolado, assim como o
câmbio, que chegou a 4 reais quando seu nome foi confirmado nas urnas. Embora
alguns indicadores fundamentais sejam até melhores do que há 12 anos, o cenário
para uma repetição de Dilma Rousseff é muito mais desafiador do que
naquela eleição, acredita a economista Zeina Latif. “Naquele ano havia o medo
do que havia por vir. Agora, a história é outra, pois a credibilidade do
Governo está muito abalada, dizendo inclusive que tudo está muito bem”, diz
Latif. “Pois se está tudo bem é como se achassem que não há ajustes a serem
feitos”, completa.
Vale a pena votar domingo?
É preocupante e assustador o desleixo com que tratamos a nosso passado recente – e essa incapacidade de refletir sobre a história. A mudança depende somente de nós, de nosso engajamento.
Por uma dessas coincidências, as eleições de domingo ocorrem
no exato dia em que comemoramos 26 anos de promulgação da Constituição vigente,
cujo ordenamento jurídico pôs fim efetivo à nunca por demais execrada ditadura
militar brasileira, que até hoje permanece assombrando a nossa frágil e débil
democracia. Das oito da manhã às cinco da tarde, parte expressiva dos 140
milhões de eleitores aptos a votar, cerca de 70% do total da população, deverá
se apresentar às urnas eletrônicas, exercendo o direito de escolher seus
representantes no Poder Executivo e Legislativo estadual e federal (se o voto
deve ser facultativo ou continuar obrigatório é uma discussão que não cabe aqui
e agora).
O quadro que se pinta não é dos mais animadores, certamente.
Em São Paulo, que, concentrando um terço do Produto Interno Bruto (PIB)
nacional, é tido como o estado mais parecido com o modelo econômico-social que
desejamos aperfeiçoar e exportar para o resto da Federação, encontramos
candidatos cujo deboche pela política aparece no próprio nome com que se
apresentam ao eleitor. Eis algumas bizarrices, pinçadas ao acaso, entre
postulantes a deputado federal: Obama Brasil, Toninho do Diabo, Carlão do Doce,
Macaco Tião Cláudia, Rique O Tchê-Tchê, Doutor Verme, Meu Querido, Mick Jagger
do Brasil, Valmir Olho de Lobo, Newton – O Homem do Chapéu, e outros, e muitos.
Neste ano, em que completam-se 50 anos do golpe que instalou os militares no poder, temos assistido a uma profusão de manifestações autoritárias a nos lembrar que estamos longe ainda de constituirmos um sólido estado de direito. Apesar de realizarmos a sétima eleição direta consecutiva para a Presidência da República – o maior período de democracia de toda a história política do Brasil –, superando traumas (como o impeachment de Fernando Collor) e preconceitos (como a investidura de um ex-metalúrgico e de uma ex-guerrilheira), o pensamento prepotente cavalga pelas ruas e avenidas e, principalmente, pelas redes sociais.
Cospe no prato que paga com fortunas
“A gente agora vai mostrar pra essa elite, dessa Rede Globo, pra essa cambada de elite arrogante, que o povo brasileiro sabe o que quer!"
Companheira de Quaquá, prefeito de Maricá, em fiasco de
comício com militância de aluguel, repete a costumeira petista lengua-lengua
contra a Rede Globo, só esquecendo que o próprio governo municipal paga
fortunas para a mesma rede de televisão, através da propaganda “Direto de
Maricá”, em horário nobre da mesma emissora, divulga as "maravilhas' em
que transformou o município.
Assim são os petistas, pagam fortunas para apresentar
grandes obras e depois atacam a mesma mídia de que se utilizam com farto
dinheiro público.
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