quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Dilma destaca avanço e esconde aumento
Em discurso na Cúpula do Clima da ONU, a presidenta Dilma
Rousseff disse que o Brasil é um exemplo de que é possível aliar
desenvolvimento industrial com respeito ao meio ambiente. “Nós, países em
desenvolvimento, temos igual direito ao bem-estar. E estamos provando que um
modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível”, afirmou.
A mandatária brasileira destacou que em dez anos (2003 e
2013) o desmatamento do país foi reduzido em 79%. Rousseff, contudo, escondeu o
fato de que entre 2012 e 2013 a taxa de destruição da floresta amazônica
cresceu 29%. No ano passado, 5.891 quilômetros quadrados da região foram
devastados, segundo dados obtidos no Projeto de Monitoramento do Desmatamento
na Amazônia Legal por Satélite. A área desmatada equivale a quase quatro vezes
o município de São Paulo, o mais populoso do Brasil. No ano retrasado, o
desmatamento tinha atingido a menor taxa desde o ano de 1988, quando os dados
passaram a ser monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Na
ocasião, a devastação atingiu a marca de 4.571 quilômetros quadrados.
Por quê?
Somos perdulários
Com tanto estímulo desde criancinha, o brasileiro é um
gastador nato. Chavões como país do futuro, gigante Brasil, terra abençoada por
Deus, em se plantando tudo dá, país que vai pra frente, fizeram a cabeça das
massas no país. A maioria ainda acredita que são infindáveis os recursos e que
pode, sem qualquer trabalho, colher frutos gigantescos.
É essa visão de grandeza que faz dos governos eternos
aproveitadores da crendice popular. Acredita-se que sempre se vai sair de uma
enrascada com um jeitinho.
Os políticos se fartam da ignorância. Em plena ditadura, com
a crise mundial do petróleo, se falava que tínhamos petróleo para dar e vender.
Pagamos muito caro pelo abuso interno dos cretinos. Recentemente, com a bolha
estourando nos Estados Unidos, nosso máximo guru prometia que só sentiríamos
uma marolinha, que nem daria para molhar a canela, e prometeu que tinha no
bolso a receita para conter crises de fora. Continuamos a pagar a conta que
cada vez aumenta mais. Como da outra vez perdemos tempo para crescer,
acreditando piamente nos profetas governamentais.
Depois do pibinho, estamos frente a um mini-pib e saudamos
as maquiagens governamentais com que vão nos tirar do poço. As perspectivas
internacionais já apontam em crescimento no próximo ano de 1,4%, com tendência
de queda, sem incluir aí as turbulências econômicas e os problemas ambientais.
No entanto, o governo insiste, como na fala do vice-presidente, que estamos
crescendo fantasticamente. Só se for em estatísticas de corrupção, em que somos
quase imbatíveis.
Gastamos absurdamente até a rapa do tacho para que os
governos saiam bem na foto em eleição, camuflando o nepotismo, os ganhos
escusos, o desperdício em obras inacabadas ou o superfaturamento, a altíssima
taxa de desocupados, conhecidos na era petista como comissionados (nunca se viu
tanto desses comes-e-dormes). Enfim, esbanjamos com mediocridade o futuro de
gerações para que a marginalidade se locuplete. E ainda por cima saímos às
ruas, com militância de aluguel, infringindo leis eleitorais, para que ainda se
gaste mais absurdamente a fim de manter o continuísmo.
Somos perdulários até a raiz dos cabelos até quando
escolhemos políticos que nada mais fazem do que gastar o dinheiro público com o
sorriso dos hipócritas. E ainda adoram apertar a mão dessa cambada, ou por ser
sem vergonha de berço ou imbecil de nascença.
Assinar:
Postagens (Atom)