Os governantes devem ao país uma informação cristalina sobre o que está se passando e um detalhamento das ações de resposta à crise que não deixem a sensação de que, de novo, há algo escondido. O problema é técnico, de difícil entendimento? Não nos subestimem, aprendemos depressa o que é crise hídrica e volume morto: falta d’água para milhões de brasileiros, para a indústria e agricultura. E a proximidade do fundo do poço.
A política de ocultação que precedeu as eleições, impedindo as medidas preventivas necessárias, erro gravíssimo imputável a gregos e troianos, deu no que deu: agravamento do problema e desgaste da credibilidade de todos. Sem credibilidade, vai ser difícil pedir ajuda à população para diminuir o consumo, dividir com ela as responsabilidades no enfrentamento da crise. Sem a certeza de que os governos estão dizendo, enfim, a verdade, não haverá mobilização nacional. E é certo que ela será incontornável.
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