segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Politicos derrubam a arvore para apanhar o fruto

Precisamos falar sobre capitalismo

No Brasil, pouca gente sabe definir o que é, mas muitos odeiam o capitalismo. O Instituto Millenium (ONG dedicada a promover os valores da liberdade, democracia e economia de mercado), um dia desses, colocou uma pessoa na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro, perguntando aos transeuntes o que pensavam sobre o assunto. Três de cada quatro entrevistados ficaram nervosos com a pergunta, recuavam temerosos do microfone, ou resmungavam desconfortos variados como “aqui no Brasil não tem isso não”, “sei não senhora” e que tais.

O restante das respostas, inclusive de uma professora do ensino médio, refletiu o que se esperaria obter de uma região outrora conhecida como a “Brizolândia”.

Em um belo livro recentemente lançado (“Capitalismo: modo de usar”), Fábio Giambiagi concentra esta mesma mensagem na sua epígrafe, uma fala de Fernando Henrique Cardoso dirigida a Arminio Fraga antes de sua sabatina no Senado como parte de sua nomeação para a presidência do Banco Central. Sem pretender precedência, registro apenas que ouvi este conselho igualzinho nas duas ocasiões em que fui sabatinado. Eis a sabedoria: “o Brasil não gosta do sistema capitalista. Os congressistas não gostam do capitalismo, os jornalistas não gostam do capitalismo, os universitários não gostam do capitalismo”

Como explicar essa estranha hostilidade ao sistema econômico que prevalece em todo o planeta, excetuadas algumas comunidades primitivas isoladas no Caribe e na Ásia, e cujo indiscutível e extraordinário sucesso aniquilou qualquer concorrência?

Afinal, o capitalismo é o sistema econômico baseado na propriedade privada, na liberdade de empreender, na letra da lei, e na centralidade do mercado para estabelecer os preços. Que há de tão errado com isso?

O fato é que são reveladoras as respostas ouvidas na Brizolândia.

Em primeiro lugar, destaque-se a apatia, muito provavelmente incentivada por valores nossos, mal cultivados. Hierarquias e privilégios parecem mais naturais no Brasil que a igualdade diante da lei e a impessoalidade. Valores “maiores” parecem prevalecer sobre os da contabilidade ou da sustentabilidade: os balanços fecham no Palácio, os patrimônios “não têm preço”, prejuízos “não importam”, e a criatividade permeia partidas dobradas. E por fim, o mercado, a meritocracia e a competição, são coisas para nossos inimigos, pois é o que se passa na “rua” e não na “casa”, como ensina Roberto DaMatta.

Em segundo lugar, trata-se do sucesso do capitalismo como se houvesse dúvida sobre isso. O próprio Marx, em seu famoso manifesto, em 1848, as eliminou ao afirmar que “a burguesia, em seu reinado de apenas um século, gerou um poder de produção mais massivo e colossal do que todas as gerações anteriores reunidas”. O erro estava em prever o colapso do sistema, ou exagerar nos efeitos colaterais.

Sobre desigualdade, é preciso cuidado com um sofisma muito comum. O progresso material não é igual em diferentes regiões do planeta, ou mesmo dentro de um país. Muitas regiões do continente africano vivem hoje do mesmo jeito que viviam há 500 anos, e nessa ocasião os nativos da região hoje conhecida como a Califórnia estavam nesta mesma faixa de renda. Em nossos dias, diante da brutal diferença de bem-estar entre essas regiões pode-se distinguir ao menos dois tipos de reações: de um lado, os que se encantam com o desenvolvimento californiano e procuram emular seus valores, e, de outro, os que afirmam que esses 500 anos de capitalismo aprofundaram a desigualdade (fato estatístico indiscutível, eis que uma das regiões simplesmente ficou estacionada) ou que, um tanto mais canhestramente, os californianos ficaram ricos explorando os africanos, ou os mexicanos. Ou seja, o vilão é quem deu certo, e o sucesso é sempre pecaminoso, segundo a Brizolândia.

O fato é que, contrariamente aos países onde as virtudes burguesas — empreendedorismo, parcimônia, iniciativa e integridade — são louvadas, nosso capitalismo meio patrimonialista sempre foi visto como um jogo de cartas marcadas, onde os valores a cultivar eram outros: conexões com o governo, imprevidência, reservas de mercado e malandragem.

Um “capitalismo pela metade” pode produzir um sucesso pela metade (ou um “meio fracasso”, um país eternamente do futuro), com distorções imensas, como ocorreu no Brasil dos anos 1980, e mesmo um retrocesso, como na Argentina. As nações podem simplesmente fracassar.

Em um famoso discurso no Senado em junho de 1989, o senador Mário Covas, um homem de centro-esquerda e inatacáveis credenciais nacionalistas, proclamou que o Brasil precisava de um “choque de capitalismo”. Era um desabafo a propósito da democracia que ele tanto lutara para reconstruir, e que vivia, naquele mês, uma inflação de 28,6%. A democracia não deveria levar o país à insensatez econômica. Covas disputava a presidência, e no primeiro turno obteve apenas 11,5% dos votos, ficando em quarto lugar. Em dezembro, quando ocorreu o segundo turno, a inflação rompeu oficialmente a barreira da hiperinflação: 51,5% naquele mês.

Covas estava correto em que havia algo de muito errado nesse nosso “anticapitalismo” patológico e fora de época, mas o paciente não estava convencido do tratamento. Ainda era forte a demanda por mágica.

Diversos choques se seguiram, mas o de capitalismo só avançou mesmo com o “não choque” representado pelo Plano Real e suas reformas: privatização, responsabilidade fiscal, abertura e as outras que, em seu conjunto, trouxeram a inflação brasileira para níveis de primeiro mundo. Quem poderia imaginar que o sucesso do Plano Real seria o resultado de reformas com o intuito declarado de fazer do Brasil uma economia de mercado por inteiro?

Não obstante, as reformas enfrentaram enorme resistência, esta é a maldição da Brizolândia: uma minoria de perdedores do processo de modernização é sempre capaz de bloquear o que é novo, pois a maioria beneficiada permanece mergulhada na apatia. Os ganhos são dispersos, e os custos concentrados em minorias despojadas de seus privilégios, o velho problema das reformas, e a razão pela qual elas são implementadas por estadistas e não por “gerentonas” ou líderes populistas.

É caprichosa a História, que organiza uma volta ao passado pela ascensão de um líder operário, a quem coube interromper o avanço do capitalismo no Brasil antes que começasse a modernizar demais as coisas. O Brasil mergulha num conservadorismo metido a progressista, cuidadoso e inercial no início, mas que adquire uma feição mais concreta já mais perto de 2008, quando entramos para valer num capitalismo companheiro, ou de quadrilhas e boquinhas.

Não é a inflação que explode, mas a corrupção, uma outra expressão para o fracasso desse capitalismo “pela metade” sobre o qual não vale a pena gastar nem dois tostões de sociologia. Que o digam Joaquim Barbosa e Sergio Moro. Bobos fomos nós em levar a sério a “nova matriz” e outras ridículas vestimentas heterodoxas de que se serviu o cronismo caudilhesco que aqui se implantou. Não era keynesianismo, nem estruturalismo, mas apenas desonestidade, inclusive intelectual.

Um abraço de urso


Li em alguma parte que Lula aconselhou Dilma a abraçar o urso. Era no contexto da relação com o PMDB, portanto abraçar o amigo urso. Mas a imagem do urso me trouxe lembranças da adolescência, quando esperava, na banca da Rua Halfeld, a chegada da revista “Senhor”. Um banquete literário e visual, porque a revista era diagramada por um dos gênios das artes gráficas brasileiras: Bea Feitler.

Foi através da revista que travei contato com “O urso”, de William Faulkner. Era um animal formidável, com um ferimento na pata, provocado por uma armadilha. Todos o temiam, mas desejavam encontrá-lo. Lembro-me de que um dos índios que ajudavam os caçadores dizia que até os cachorros se preparavam para um dia encontrar o urso. Sabiam, como os humanos, da importância do acontecimento.

O urso que Dilma precisa encarar é a realidade sombria que seu governo trouxe ao país e sua incapacidade pessoal de achar o caminho. Esse urso não creio que ela abrace. Mas continuará rondando seu acampamento.

No princípio da semana passada, conversava com um grupo de amigos em Niterói sobre a crise política e econômica. Quando saí, o motorista me esperava nervoso: dois homens armados o sequestraram e roubaram tudo que havia no carro. No caminho de volta ao Rio dei aquele soco na testa: tinha falado muito das duas crises e apenas mencionado a que mais me preocupa — a crise social.

O fim de semana tinha sido marcado por arrastões na Zona Sul do Rio e os debates que sempre surgem nesses períodos. Queria lembrar que assim como as coisas mudam dependendo da luz que as banha, esses fatos têm de ser examinados no contexto mais amplo de um país em recessão, com queda no PIB e a perda de R$ 1 trilhão no valor de mercado das empresas nacionais.

Tanto o desemprego como o aumento da violência urbana são indicadores bastante evidentes. No cotidiano da estrada, vejo alguns mais sutis: aumenta o número de andarilhos e, agora, os encontro mesmo em rodovias secundárias.

Embora Dilma não queira abraçar o urso, as pessoas que trabalham estão tendo de encarar a crise, nas ruas ou diante da televisão, com o fluxo das notícias negativas. Muitos de nós enfrentam duras realidades cotidianas, buscando proteger os entes queridos. Mas ainda não decidíamos encarar o urso ombro a ombro e despachar um governo que se impôs pela delinquência. Um governo assim não cai de maduro. Haverá tensão, violência verbal, grandes transtornos.

Mao Tse Tung dizia que a revolução não é um piquenique. No caso do comunismo, foi mais uma sucessão de massacres. A derrubada do governo petista é algo muito mais suave do que uma revolução. Mas também não é um simples clique no computador. Será preciso fazer mais, ou então nos conformamos apenas com os ritmos e os prazos da Operação Lava-Jato.

Desdobrada logicamente, a Lava-Jato vai derrubá-los. Um tesoureiro do partido do governo foi condenado a 15 anos de prisão. Recebeu milhões em propina. Será que guardou tudo na sua mochila? Ou destinou a um partido que financiou a campanha de Dilma? É impossível uma investigação séria parar no tesoureiro. Mesmo se o Supremo derrotar a Operação Lava-Jato, como parece ser sua intenção, ele não devolverá credibilidade aos bandidos que governam o país.

A fórmula brasileira é mais sutil que a da Venezuela. Os ministros não se identificam tanto com o governo. São medíocres o bastante para saber que, sem o PT, jamais estariam sentados ali. Mas por quanto tempo essa obviedade dos crimes do petismo deixará de ser o ponto central dos cálculos políticos no Brasil? Não há futuro com o PT.

O tempo em que permanece no poder é um tempo de “no future”, como diziam os punks em Berlim. A palavra punk ganhou uma nova dimensão na nossa linguagem cotidiana; é algo bizarro e desagradável. E, no momento, a cena nacional é punk.

Na praia de Niterói, antes tão pacata, percebi os limites de apenas falar da cúpula, quando a crise, a 20 metros da minha cadeira, surpreendia com um revólver na cabeça. É preciso fazer mais. Mas é arriscado empregar mal a energia. Neste momento, as tarefas são garantir a sobrevivência cotidiana e combater um sistema criminoso.

Os políticos profissionais que podem fundir essas duas tarefas têm sido muito ausentes. Verdade é que já apresentaram o pedido de impeachment. Mas ainda não discutem que país será o Brasil, após a queda do lulopetismo.

A rejeição maciça a um governo talvez seja suficiente para derrubá-lo. Mas, se surgirem algumas ideias claras sobre o futuro, o processo fica mais rápido.

Vivi muitas crises no Brasil, em quase todas com a certeza, às vezes ilusória, de que as influenciava com minha ação. Esta é mais tentacular, pantanosa. Estou vendo a morte de um projeto que há pouco mais de uma década parecia o novo. Os prazos se encurtaram dramaticamente. Ou nós nos atrasamos muito. De qualquer forma, é preciso correr. Se ficar, o bicho pega.

Fernando Gabeira

Muitas metas e poucos planos para um futuro sustentável

Dar fim à pobreza, reduzir a desigualdade, garantir educação de boa qualidade, proteger os ecossistemas: esses são apenas algumas das 17 metas e 169 subitens estabelecidos na Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, em Nova York. Seus antecessores, os Objetivos do Milênio, se referiam apenas aos países em desenvolvimento e emergentes. Agora é a vez das nações industriais.

Exatamente agora, o escândalo dos testes de emissão de gases poluentes da Volkswagen prova como a parcela mais próspera do planeta leva a sério o desenvolvimento sustentável. E a política olha para o outro lado.

Porém todos asseguram, incansáveis, que, óbvio, consciência ambiental e sustentabilidade lhes são importantes. Então seria o caso de argumentar que o próprio fato de o caso da Volks levantar tamanhas ondas de indignação por todo o mundo mostra, afinal, que estamos no caminho certo. Mas esse argumento não vai muito longe.


O cerne e verdadeiro ponto crucial da lista é a meta número oito: fomentar o crescimento econômico duradouro e sustentável. "Crescimento econômico sustentável": esse predicado é atualmente empregado de forma inflacionária. Mas o que é isso, na verdade? Ele não significa que deixamos de crescer continuamente, nos contentando com "menos", e que precisamos gerir os recursos de forma diferente?

Em vez disso, um clamor logo atravessa o globo no momento em que a economia chinesa apresenta taxas de crescimento abaixo do esperado. Porque na China precisa, sim, haver cada vez mais automóveis na rua e cada vez mais bens serem consumidos. Para que, do ponto de vista global, os lucros cresçam e os empregos estejam assegurados. Para isso, produz-se onde padrões e salário são especialmente baixos. É assim que gerimos em nível mundial.

Do ponto de vista atual, uma plantação de óleo de dendê tem valor econômico superior ao que uma mata tropical, da qual apenas algumas comunidades extraem café, látex e frutas, e os vendem localmente. Mesmo que hordas de ONGs se empenhem em transformar as florestas em fontes de renda, no fim das contas quem vence é sempre o óleo vegetal ou o petróleo.

Esse é o caso do Parque Nacional Yasuní, no Equador. Fracassou a tentativa de proteger a região da prospecção petrolífera, fazendo a comunidade internacional pagar um ressarcimento para esse fim. E não foi culpa apenas do estilo de negociação, em parte pouco confiável, do governo equatoriano.

Por que investir em algo que não gera lucro? Segundo as regras em vigor, um investimento precisa sempre ter um valor econômico. Então, no próximo ano começa a extração de petróleo em Yasuní.

É claro que não podemos manter natureza, matas e ecossistemas sob uma redoma. Essa abordagem está ultrapassada. Contudo, de uma perspectiva sustentável, é preciso colocar a questão: o que vai beneficiar mais as gerações futuras?

Nosso crescimento econômico se baseia em metas de prazo demasiado breve e na pura maximização dos lucros. E as boas propostas políticas são tão diluídas no longo caminho até a implementação, que não têm força para impedir tais práticas.

Crescimento econômico sustentável: aqui há uma enorme lacuna entre a meta e a realidade. E até o momento não dá para reconhecer qualquer tipo de vontade séria para fechar essa lacuna até 2030.

PT é verde... de dólar

Porto, em área proibida, regularizado por Dilma um mês após a inauguração, em julho de 2013
Quando Dilma fala na Assembleia Geral da ONU sobre as metas ambientais brasileiras, coisa para inglês ver, aqui  favorece crimes contra o meio ambiente. A Odebrecht pintou e bordou na era PT nessa questão. Para construir seu terminal de contêineres em Santos, comprou área onde não era permitido fazer porto, mas o fez mesmo assim, aterrando parte do canal para ampliar o terreno, e removendo áreas de mangue, vitais para vida marinha, sem as formalidades burocráticas do meio ambiente. E ainda abiscoitou, só para esse projeto, 18% da verba do BNDES para portos de todo o País. O Embraport, terminal de contêineres da Odebrecht, obteve R$ 663,3 milhões do BNDES, via Caixa, a juros de 3% ao ano.
Veja mais

Traição ao Brasil

Na História do Brasil nunca ocorreu, como na escala atual, tamanho descalabro, ausência de amor à Pátria, chegando ao limite do crime de traição, falta de preparo dos supremos mandatários do país, autênticos representantes do emprego da máxima “pão e circo” para iludir a massa de eleitores ingênuos e ignorantes daquilo que ocorre em Pindorama.

A corrupção sempre houve e haverá, em todos os países do mundo. Porém, o que está havendo no Brasil, atualmente em caráter de pandemia, é inimaginável, chegando ao ponto de contagiar outros países, através da atuação de grandes empreiteiras financiadas com recursos públicos, realizando obras faraônicas naqueles territórios, com intermediação de lideranças políticas brasileiras expressivas. Não existem recursos suficientes para investimento na infra-estrutura econômico-social brasileira, segundo nossas “autoridades”. Porém, eles existem em abundância para aplicação de bilhões de reais a dezenas de países, em especial vizinhos e companheiros de ideologia.


Outra das tragédias nacionais identificadas refere-se aos vergonhosos episódios da denominada demarcação de “terras indígenas”, das quais as mais escandalosas são a Ianomâmi e a Raposa/Serra do Sol. O que está por detrás destas demarcações? Como já explicado neste espaço em vários artigos, a fatal armadilha, capaz de permitir a perda da nossa Amazônia, foi aberto com a inclusão feita em 2004, pela Emenda Constitucional nº 45, que em seu artigo 5º, parágrafo 3º, determina que “os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Já tinha havido o precedente, ocorrido com a aprovação pelo Congresso de um ato da OIT (Organização Internacional do Trabalho), denominado “Convenção Relativa aos Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes”, cujo texto extrapola as relações de trabalho e entra nos assuntos “terras” e “recursos minerais”, criando as condições para subtrair do território brasileiro mais de metade de sua área, através de demarcação de “terras indígenas”. Para agravar, em 13 de setembro de 2007, a Declaração Universal dos Direitos dos Indígenas foi aprovada pela ONU, com o voto favorável da representação brasileira. A partir daí, a demarcação de terras indígenas assume o estágio de reservas indígenas (Ianomâmi e Raposa /Serra do Sol), representando a última posição para transformação em nações indígenas.

A demarcação, por pressão externa, da vastíssima "Reserva Ianomâmi", destinada a uma suposta preservação da referida tribo, foi feita pelo ex-presidente e hoje senador Collor, através de portaria. Tal reserva, além de chamar à atenção pela enorme área em relação à pequena população indígena lá existente, ainda tem uma parte que se encontra situada na faixa de fronteira de 150 km, o que desrespeita o parágrafo 2º, inciso XI, do Art. 20 da nossa Constituição. E é contígua a uma área semelhante demarcada na Venezuela. O estudo “A Questão Minerária na Amazônia: a Coincidência das Áreas Indígenas”, do ex-vice-governador de Roraima, Salomão Cruz, e do economista Haroldo Amoras, aponta a relação entre as áreas demarcadas pela FUNAI com os minérios.

Os autores citam como exemplo o ocorrido na Gleba Noroeste na área Ianomâmi; “É visível o caminho percorrido buscando a sinuosidade apresentada pelos veios minerais, sendo notória a área pretendida Raposa/Serra do Sol e as curvas sofridas pela ampliação da área Ianomâmi - Gleba Noroeste (37). Parte desta gleba estava fora da área pretendida pela FUNAI e após a descoberta de fosfato pela CPRM, a reserva foi ampliada, excluindo 27 propriedades rurais, a maioria detentoras de título definitivo ou posse”. A reserva Ianomâmi é uma das mais ricas reservas minerais do planeta. É nela que se encontram as maiores jazidas conhecidas de nióbio do mundo, metal considerado de alto valor estratégico.
A jornalista Rebecca Santoro ainda esclarece sobre a farsa dessa tribo Ianomâmi que nunca existiu, defendida pelas ONGs estrangeiras que infestam a nossa Amazônia, abençoada pelos "verdes", que endossam esse crime que está sendo praticado contra o nosso país. Esta tese é corroborada pelo falecido Almirante Gama e Silva, que, em 2008, publicou o artigo ‘Ianomâmi! Quem?’, no qual falava sobre o livro “A FARSA IANOMÂMI”, escrito pelo Coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto, homem que conheceu Roraima muito bem, pois, comandou o 2º Batalhão Especial de Fronteira naquele Estado, de 1969 a 1971, e, 14 anos depois, veio a ser seu Secretário de Segurança, o qual prova que os “Ianomâmis” haviam sido criados por estrangeiros (jornalista/fotógrafa suíça, Claudia Andujar, a qual menciona, pela primeira vez, em 1973, a existência do grupo indígena por ela denominado “Ianomâmi”).

No caso da reserva Raposa/ Serra do Sol são 1.743.089 hectares para abrigar um punhado de índios, grande parte dos quais fala idioma estrangeiro, também, por “coincidência”, área rica em minerais raros e valiosos. O fato é que maus brasileiros, verdadeiros traidores da Pátria, estão entregando nosso Patrimônio a potências estrangeiras, sem que haja reação das autoridades constituídas brasileiras.

Doença nacional


O quadro é caótico de irresponsabilidade da presidente da República. Essa ideia de que ela era honesta ficou meio diluída. Ela surgiu um pouco porque Lula é evidentemente tão mais corrupto que ela. Corrupção no governo está aí. Essa é a suprema desmoralização do Brasil
Roberto Freire

Onde estão os petistas éticos que iam mudar o país?

O ex-presidente Lula aconselhou a presidente Dilma Rousseff a atender a todos os pedidos do PMDB, mesmo que para isso tenha de desidratar o PT na reforma ministerial. “É melhor perder ministérios do que a Presidência”, disse Lula. A portas fechadas, o ex-presidente avaliou que a estratégia montada para atrair os aliados rebeldes deu fôlego para Dilma barrar pedidos de impeachment no Congresso. Além disso, para não contrariar nenhuma ala do PMDB, Dilma cogita deixar de lado a fusão das Secretarias de Portos e Aviação Civil. Com isso, o partido poderá ficar com seis ministérios, e não mais cinco, como previsto inicialmente.


Quando lemos declarações deste tipo, fico pensando onde estão os petistas éticos. Onde estão os defensores da mudança na prática política? Onde andam os deputados/senadores do PT que acusavam todos os antecessores de corruptos, entreguistas e políticos sem caráter?

Algum brasileiro honrado, honesto, sério e ético ainda pode dizer que o país não está entregue a uma quadrilha? Continuarão a defender Lulla, Dillma e os petistas corruptos?

Se Dillma tiver, ainda, um pouquinho de sanidade, reconhecimento pelas oportunidades que parcela do povo lhe concedeu e desejar o bem do país, renunciará, imediatamente.

Da minha parte, ao completar 66 anos, espero justiça. Dillma e todos aqueles que assaltaram consciências, usaram a ignorância de parte da sociedade e usufruíram, ilegalmente, do patrimônio público terão de ser julgados, condenados e pagarem suas penas.

Chegada de coitadismo e de esquecismo. O bom exemplo precisa ser resgatado e reforçado para servir às futuras gerações. Sem isto, nosso sacrifício terá sido em vão.Vamos conhecer, nos próximos dias, o tamanho da loucura e da irresponsabilidade desta senhora.

O que empesteia o ar

“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, ensinou Fernando Pessoa, o maior poeta da língua portuguesa.

Ou como ensinou Lula em reunião com correligionários, a propósito da conjugação de crises que ameaça derrubar a sua sucessora: vale a pena perder ministérios, mesmo os mais importantes, desde que não se perca a presidência e não se vá preso. Para ele, o mais seria diletantismo ou poesia.

Na esteira da demonstração de pragmatismo de Lula, merece ser lembrado o que disse Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, ao comentar para a revista Carta Capital, na semana passada, a situação vivida pela presidente Dilma Rousseff.

Disse Viana: “Para salvar o governo, a única solução é piorar o governo. Seria melhor ter perdido a eleição”. Bingo!

É difícil apontar quem expressa melhor o sentimento que contamina o PT desde janeiro último – se Lula, capaz de tudo para não perder o controle sobre a presidência, ou se Viana, que inveja a posição confortável dos eleitores do PSDB de Aécio Neves.

O ideal para Viana teria sido a eleição de Aécio, o infeliz a quem caberia administrar a herança maldita de doze anos do PT.

Na dúvida, premiem-se os cartões de Lula e de Viana. Até aqui, o partido navega dividido entre os que pensam como um e como o outro. O próprio Lula, até outro dia, pensava como Viana. Queria ver Dilma pelas costas.

Os empregados no governo ou que desfrutam de sinecuras, esses entregariam a alma ao diabo em troca da permanência de Dilma no poder até 2018.

Pois vai que contrariando as expectativas, o país começa a crescer a partir de 2017... Vai que a população reconhece o empenho de Dilma para que tudo melhorasse...

Ou vai que a Operação Lava Jato, uma vez enfraquecida pela decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiá-la, provoca menos danos ao PT do que hoje se imagina... Pronto: Lulalá de novo, e pelo bem do povo!

O PT de Viana é mais pessimista. Não vê saída para Dilma. Reconhece que os erros cometidos por ela na condução da política econômica no seu primeiro governo cobrarão um preço alto para ser corrigidos.

Entende, assim, que o partido lucraria com a piora do governo, a sua ruína, e, finalmente, a passagem para a oposição, seja a Temer ou a Aécio. Oposição rima com recuperação.

O estado de decomposição do governo Dilma empesteia o ar, particularmente o de Brasília. E esse é o problema do cadáver insepulto: incomoda todo mundo.

Por que tantos petistas, de olho nas próximas eleições, começam a deixar o partido? O que Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, haveria de preferir? Concorrer à reeleição com Dilma na presidência ou com ela aposentada?

Ocorre que Dilma, aconselhada por Lula, acha que descobriu o caminho para adiar o seu fim: terceirizar o governo ao PMDB.

Disposta a cortar 10 dos atuais 39 ministérios, ela ofereceu seis ao baixo clero do PMDB – inclusive o cobiçado Ministério da Saúde, com um orçamento de R$ 10 bilhões. Esse irá para um “laranja” de Eduardo Cunha, presidente da Câmara.

“A renúncia é a libertação. Não querer é poder”, escreveu Pessoa. Que como político seria um ótimo poeta.

Querer é poder. Por ele, vale a pena mentir para vencer, governar à base de mentiras, abandonar a esquerda pela direita, e engrossar o coro contra a roubalheira, enquanto se recriam as condições para que ela nunca desapareça. Afinal, de conivência com a corrupção, Dilma entende.

PT vai virar privada de bandido

Estou rezando ao Papa Francisco para que saia mais gente. O PT tem que encolher com qualidade, com gente qualificada e compromisso com as causas populares
Washington Quaquá, presidente do PT- do Rio e prefeito de Maricá

O esvaziamento do Partido dos Trabalhadores se acelera. Nem todos seus integrantes querem ser taxados de bandidos mesmo porque entraram de gaiato no navio da bandidagem. Quiseram até remar contra a maré de bosta, mas não vão cometer suicídio abraçados a pilantras.

A fuga de companheiros se dá em todos os níveis. O outrora grande partido agitador das massas não reuniu 500 pessoas numa manifestação na Praça da Sé. O motivo era uma "Primavera democrática" que incluía a defesa do ex-tesoureiro João Vaccari, condenado 
(o segundo do partido) a 15 anos até agora. Ninguém em sã consciência vai à rua para defender bandido. Seria exigir demais dos companheiros.

O que vai ficando no chiqueiro é mesmo a ralé dos chinelinhos que só com o PT conseguiram deixar o lixo sem trabalhar. A higienização dos comprometidos pregada por Quaquá só vai deixar quem vive à tripa forra comendo e bebendo do melhor com dinheiro no bolso para sustentar a fartura, que a miséria ninguém atura.

Essa esquerda de brejo, carreirista e idólatra da moeda tem como um dos seus pontífices o prefeito de Maricá e presidente fluminense do PT, capaz da cretinice da frase de abertura.

O cacatu caiçara é um falastrão que usa e abusa das causas sociais como fachada única ao tal compromisso que só tem com o poderio partidário.

Como o supremo Lula, mais fala bombasticamente. De trabalho, já era conhecida bem antes da eleição sua alergia.

Não se curou do mal. Se achando qualificado, demonstra à exaustão que é um demagogo de deixar a demagogia envergonhada. O que para seus comparsas é uma qualidade. Quem vai contrariar os imbecis? Estão sempre à mão, bem molhada, para apoiar qualquer besteira e ainda mais abençoar o crime de liquidar um município para continuar com o cetro de reizinho da lama.

A varredura dos descompromissados com a pilantragem vai tornar o partido, se não acabar ou mudar, uma escola de corrupção agenciada por uma cambada que é a escória petista. O baixo clero do crime mostra que não vai deixar facilmente o osso. Está disposto a fazer o diabo para implantar o que puder de demônios para infernizar ainda mais a politicalha infernal do país.

Onde está o futuro?

Resultado de imagem para onde está o futuro? chargeFoi adiada para essa semana a apreciação dos vetos da presidente Dilma às medidas aprovadas pela Câmara, cuja entrada em vigor poderá significar uma trombada de R$ 64 bilhões no já débil orçamento nacional. Ao lado da crise de recursos públicos, de autoridade e de ideias – essa talvez a mais grave das crises –, o governo Dilma discute a entrega de quatro ministérios de primeira classe ao PMDB, moeda básica para que o partido se veja estimulado a votar a manutenção dos vetos. Os ajustes políticos que governo e sua base de apoio constroem parecem dizer respeito a um outro país, a uma outra época, com circunstâncias opostas ao momento que hoje vivemos. Mas que se dane o Brasil, devem pensar. Farinha pouca, meu pirão primeiro. Perdemos, até esse mês do ano, quase 1 milhão de empregos com carteira assinada; pagamos uma taxa básica de juros de quase 15% ao ano; o dólar sanfona-se entre R$ 3,80 e R$ 4,50. A inflação não dorme e cresce desordenadamente; não há investimentos públicos destinados a pavimentar caminhos para que o Brasil encontre saídas de uma crise que se agrava a cada dia, e uma dezena de iluminados, os líderes, para vetar propostas que levarão o orçamento ao nocaute, querem ministérios, querem cargos para abrigar seus apaniguados, querem festa.

O PSDB, hoje o principal partido de oposição ao governo, simplesmente lavou as mãos e, em peso, votou pela derrubada dos vetos. Votou contra convicções que sempre nortearam o partido, como a fixação de regras mais rigorosas para concessão de aposentadorias, bandeira valorizada no governo FHC como essencial à saúde do sistema previdenciário. Aliás, o ex-presidente Fernando Henrique convocou sem êxito deputados e senadores de seu partido à reflexão de que “nós temos que pensar no futuro do país. Há outras matérias que você pode votar contra”, buscando alertar seus pares para a irresponsabilidade de se tratar como uma posição meramente política os problemas que agravarão sem medidas o já debilitado caixa com o qual o país hoje conta. O Brasil estará irrecuperavelmente falido se os vetos caírem, e, mesmo assim, recebeu do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves, a resposta de que “quem foi eleito para governar e para dar solução a essa crise foi o governo do PT”. Esse assunto não é comigo, deve pensar o senador e seu partido. É com o Brasil.

Essa é a nota tônica do pensamento do Congresso brasileiro, que parece enxergar-se na ilha da fantasia, onde não estão o desemprego, a alta de preços, o enxugamento da atividade econômica, a burocracia burra e onerosa que dificulta e inibe o desenvolvimento. Lá também não está uma carga tributária que esfola todos os brasileiros pela sua exorbitância, corroendo a produção e levando significativa parcela de seu conjunto para os cofres do governo, que gasta sem controle e sem respeito pelo trabalho de seus cidadãos. Não há salvação nem futuro, seja qual for o partido que venha a ocupar os próximos governos, se os gastos públicos não forem administrados, se não promovermos a redução do tamanho do Estado, para que a desordenada majoração das tarifas públicas não siga sendo instrumento para engordar caixas e estimular a inflação. Não há futuro se não tivermos produção com produtividade, com eficiência e competitividade. Não há futuro sem grandeza e responsabilidade.