Foi adiada para essa semana a apreciação dos vetos da presidente Dilma às medidas aprovadas pela Câmara, cuja entrada em vigor poderá significar uma trombada de R$ 64 bilhões no já débil orçamento nacional. Ao lado da crise de recursos públicos, de autoridade e de ideias – essa talvez a mais grave das crises –, o governo Dilma discute a entrega de quatro ministérios de primeira classe ao PMDB, moeda básica para que o partido se veja estimulado a votar a manutenção dos vetos. Os ajustes políticos que governo e sua base de apoio constroem parecem dizer respeito a um outro país, a uma outra época, com circunstâncias opostas ao momento que hoje vivemos. Mas que se dane o Brasil, devem pensar. Farinha pouca, meu pirão primeiro. Perdemos, até esse mês do ano, quase 1 milhão de empregos com carteira assinada; pagamos uma taxa básica de juros de quase 15% ao ano; o dólar sanfona-se entre R$ 3,80 e R$ 4,50. A inflação não dorme e cresce desordenadamente; não há investimentos públicos destinados a pavimentar caminhos para que o Brasil encontre saídas de uma crise que se agrava a cada dia, e uma dezena de iluminados, os líderes, para vetar propostas que levarão o orçamento ao nocaute, querem ministérios, querem cargos para abrigar seus apaniguados, querem festa.
O PSDB, hoje o principal partido de oposição ao governo, simplesmente lavou as mãos e, em peso, votou pela derrubada dos vetos. Votou contra convicções que sempre nortearam o partido, como a fixação de regras mais rigorosas para concessão de aposentadorias, bandeira valorizada no governo FHC como essencial à saúde do sistema previdenciário. Aliás, o ex-presidente Fernando Henrique convocou sem êxito deputados e senadores de seu partido à reflexão de que “nós temos que pensar no futuro do país. Há outras matérias que você pode votar contra”, buscando alertar seus pares para a irresponsabilidade de se tratar como uma posição meramente política os problemas que agravarão sem medidas o já debilitado caixa com o qual o país hoje conta. O Brasil estará irrecuperavelmente falido se os vetos caírem, e, mesmo assim, recebeu do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves, a resposta de que “quem foi eleito para governar e para dar solução a essa crise foi o governo do PT”. Esse assunto não é comigo, deve pensar o senador e seu partido. É com o Brasil.
Essa é a nota tônica do pensamento do Congresso brasileiro, que parece enxergar-se na ilha da fantasia, onde não estão o desemprego, a alta de preços, o enxugamento da atividade econômica, a burocracia burra e onerosa que dificulta e inibe o desenvolvimento. Lá também não está uma carga tributária que esfola todos os brasileiros pela sua exorbitância, corroendo a produção e levando significativa parcela de seu conjunto para os cofres do governo, que gasta sem controle e sem respeito pelo trabalho de seus cidadãos. Não há salvação nem futuro, seja qual for o partido que venha a ocupar os próximos governos, se os gastos públicos não forem administrados, se não promovermos a redução do tamanho do Estado, para que a desordenada majoração das tarifas públicas não siga sendo instrumento para engordar caixas e estimular a inflação. Não há futuro se não tivermos produção com produtividade, com eficiência e competitividade. Não há futuro sem grandeza e responsabilidade.
O PSDB, hoje o principal partido de oposição ao governo, simplesmente lavou as mãos e, em peso, votou pela derrubada dos vetos. Votou contra convicções que sempre nortearam o partido, como a fixação de regras mais rigorosas para concessão de aposentadorias, bandeira valorizada no governo FHC como essencial à saúde do sistema previdenciário. Aliás, o ex-presidente Fernando Henrique convocou sem êxito deputados e senadores de seu partido à reflexão de que “nós temos que pensar no futuro do país. Há outras matérias que você pode votar contra”, buscando alertar seus pares para a irresponsabilidade de se tratar como uma posição meramente política os problemas que agravarão sem medidas o já debilitado caixa com o qual o país hoje conta. O Brasil estará irrecuperavelmente falido se os vetos caírem, e, mesmo assim, recebeu do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves, a resposta de que “quem foi eleito para governar e para dar solução a essa crise foi o governo do PT”. Esse assunto não é comigo, deve pensar o senador e seu partido. É com o Brasil.
Essa é a nota tônica do pensamento do Congresso brasileiro, que parece enxergar-se na ilha da fantasia, onde não estão o desemprego, a alta de preços, o enxugamento da atividade econômica, a burocracia burra e onerosa que dificulta e inibe o desenvolvimento. Lá também não está uma carga tributária que esfola todos os brasileiros pela sua exorbitância, corroendo a produção e levando significativa parcela de seu conjunto para os cofres do governo, que gasta sem controle e sem respeito pelo trabalho de seus cidadãos. Não há salvação nem futuro, seja qual for o partido que venha a ocupar os próximos governos, se os gastos públicos não forem administrados, se não promovermos a redução do tamanho do Estado, para que a desordenada majoração das tarifas públicas não siga sendo instrumento para engordar caixas e estimular a inflação. Não há futuro se não tivermos produção com produtividade, com eficiência e competitividade. Não há futuro sem grandeza e responsabilidade.
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