quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Nós todos somos culpados
Culpados? É... Todos nós somos culpados por essa porcaria de país que está o nosso, menos o PT, é claro. E por que não me mando daqui? Porque sou brasileiro, mineiro vaidoso, e mais ainda por causa da minha paixão pelo Vale do Jequitinhonha, onde estão minhas raízes. Tenho uma opção, que é mais do mesmo: o Vale do São Francisco, principalmente a cidade do mesmo nome, Pirapora, Buritizeiro, Ubaí e o resto das barrancas...
Minha revolta é ouvir de terroristas e outros da mesma laia, dilmas e luízes, que a situação está assim ou assado, que a vaca está no brejo e argumentos que tais, como se não fossem eles os culpados. Falam na maior cara de pau que a oposição, a direita, os ricos e até os bonitos é que são os culpados, quer dizer, falar não falam, insinuam, com cara de riso e de desdém para comover os “companheiros”.
Sei não, mas estamos caminhando rápido para a insolvência total. Insolvência de dinheiro, de dignidade e de tudo que é contrário aos bons costumes. Essa coisa que corroeu nossas entranhas, de nome Lava Jato, não terá fim. Todo dia aparecem mais dois ou três com contas na Suíça. Por que esse governo que está aí não entra em acordo com o governo suíço para nos enviar uma relação de todos os brasileiros que têm ou tiveram contas nos bancos suíços? Assim acabamos com essa curiosa novela que a cada dia oferece uma surpresa. De repente, Dona Dilma, com suas bestagens de caixa de “pândora” e visões de cachorros sempre que vê uma criança ou, ainda, com suas indagações para caixas de guardar vento, que seriam, pelo que pude imaginar, um grande intestino do mundo, se revelaria de vez a incompetente que é e assumiria que é pau-mandado de Lula e dessa esquerda maneta que tem em suas fileiras até comunistas disfarçados de padres, como fizeram os nazistas na Segunda Grande Guerra.
Paroquialmente, Dona Dilma deu o ar da sua graça e, no susto, entendendo o que estavam fazendo os travessos legisladores de oportunidades, vetou integralmente, com base no art. 61, § 1º, II, da Constituição, a lei que estendia a todos os servidores públicos a aposentadoria compulsória aos 75 anos. Aposentadoria compulsória aos 75 anos, só para a magistratura de segundo grau...
Acho que quem não vai gostar nada disso é o atual presidente do Tribunal de Contas mineiro, que contava com esse tempo para construir junto à sede do TC um tal Centro de Tecnologia ou coisa que o valha, para pesquisar provavelmente o sexo dos anjos. (Edital de concorrência publicado – custo inicial, para começar, só 14 milhõezinhos...) Isso quando não estivesse na Europa, continente que visita pelo menos uma ou duas vezes por mês. Voltarei ao assunto para mostrar o que anda acontecendo na Corte de Contas, principalmente o retrocesso que Sua Excelência pretende impor ao melhor quadro funcional do Estado, retirando conquistas dos servidores e estabelecendo um horário de trabalho maluco. Será que o secretário da Fazenda e o governador estão sabendo disso?
Sei não, mas estamos caminhando rápido para a insolvência total. Insolvência de dinheiro, de dignidade e de tudo que é contrário aos bons costumes. Essa coisa que corroeu nossas entranhas, de nome Lava Jato, não terá fim. Todo dia aparecem mais dois ou três com contas na Suíça. Por que esse governo que está aí não entra em acordo com o governo suíço para nos enviar uma relação de todos os brasileiros que têm ou tiveram contas nos bancos suíços? Assim acabamos com essa curiosa novela que a cada dia oferece uma surpresa. De repente, Dona Dilma, com suas bestagens de caixa de “pândora” e visões de cachorros sempre que vê uma criança ou, ainda, com suas indagações para caixas de guardar vento, que seriam, pelo que pude imaginar, um grande intestino do mundo, se revelaria de vez a incompetente que é e assumiria que é pau-mandado de Lula e dessa esquerda maneta que tem em suas fileiras até comunistas disfarçados de padres, como fizeram os nazistas na Segunda Grande Guerra.
Paroquialmente, Dona Dilma deu o ar da sua graça e, no susto, entendendo o que estavam fazendo os travessos legisladores de oportunidades, vetou integralmente, com base no art. 61, § 1º, II, da Constituição, a lei que estendia a todos os servidores públicos a aposentadoria compulsória aos 75 anos. Aposentadoria compulsória aos 75 anos, só para a magistratura de segundo grau...
Acho que quem não vai gostar nada disso é o atual presidente do Tribunal de Contas mineiro, que contava com esse tempo para construir junto à sede do TC um tal Centro de Tecnologia ou coisa que o valha, para pesquisar provavelmente o sexo dos anjos. (Edital de concorrência publicado – custo inicial, para começar, só 14 milhõezinhos...) Isso quando não estivesse na Europa, continente que visita pelo menos uma ou duas vezes por mês. Voltarei ao assunto para mostrar o que anda acontecendo na Corte de Contas, principalmente o retrocesso que Sua Excelência pretende impor ao melhor quadro funcional do Estado, retirando conquistas dos servidores e estabelecendo um horário de trabalho maluco. Será que o secretário da Fazenda e o governador estão sabendo disso?
O mar não está para peixe
A expressão do título, dita pelo senador José Serra, sintetiza com perfeição a ojeriza dos brasileiros em relação aos partidos e políticos tradicionais. Aquilo que deputados e senadores vêm constatando em seus contatos com suas bases foi confirmado pela pesquisa do Ibope, onde a rejeição às principais lideranças, a começar pelo ex-presidente Lula, mas não exclusivamente a ele, bateu na estratosfera.
Nessa terra arrasada, político algum escapa. Todos estão no limbo. Não se vê saída para hoje nem amanhã, quanto mais para 2018.
É como se o país tivesse um encontro marcado com um tsunami. Guardadas as devidas proporções, se arma um vendaval tal qual o que varreu recentemente a Grécia e a Espanha. Mas com uma diferença importantíssima: nesses dois países o repúdio à forma ossificada de se fazer política encontrou seu desaguadouro, o “Cyriza” grego e o “Podemos“ espanhol.
Já aqui o caos não tem cais. Tudo pode acontecer.
Pode surgir um novo salvador da pátria, numa repetição farsesca de outros episódios de nossa história, como a eleição de Fernando Collor.
No limite, esse salvacionismo pode assumir uma forma orgânica, um partido “novo”, formado à margem da institucionalidade que se proclame apolítico, com o objetivo de ser a expressão de segmentos despolitizados, de valores moralistas e antirrepublicanos.
A crise ética, política e econômica de hoje é terreno fértil para projetos dessa natureza. Podemos, sem nenhum trocadilho, ter em nosso país uma espécie de Cyriza de direita, algo impensável, até agora, por nossos acadêmicos e políticos.
Parodiando o senador Romero Jucá: o mundo formal da política está em um enorme Titanic que afunda cada vez mais, sem seus passageiros perceberem. A pesquisa Ibope é apenas mais uma evidência de um esgarçamento visível a olho nu.
Melhor, a ponta de um iceberg com o qual vai se chocar o grande transatlântico se os partidos tradicionais, governistas ou de oposição, continuarem de costas para os brasileiros, passando ao largo do cotidiano do nosso povo.
A crise de representação afeta a todos e vem de longe.
Tradicionalmente, os partidos no Brasil são pouco mais do que legendas eleitorais, muitas vezes submetidas a projetos pessoais ou caudilhescos. O PT anunciava-se diferente no seu nascedouro, na sua adolescência, mas se transmutou nisso que está aí desde sua chegada ao poder.
Exatamente por ter roubado os sonhos dos brasileiros, o Partido dos Trabalhadores é o mais hostilizado. É quem mais provoca repulsa por ser o símbolo de uma putrefação cujo odor exala do Palácio do Planalto, assim como do Congresso Nacional.
A oposição também é afetada. Não apenas pelo efeito da radiação. Na percepção da população todos os partidos e políticos são iguais, farinhas do mesmo saco, daí a desconfiança geral.
Mas os partidos oposicionistas findam por reforçar essa imagem, tanto por ter uma prática meramente parlamentar, como por estabelecer alianças que não se diferenciam do modus operandi governamental. Afinal, como justificar a relação incestuosa com Eduardo Cunha?
Nas jornadas de 2013 ficou evidenciado o quão profundo era o fosso entre o mundo formal da política e as aspirações dos brasileiros. A disputa presidencial foi uma oportunidade perdida para repactuar a relação entre a institucionalidade e os cidadãos. Neste um ano de crise, de descalabros na economia, de escândalos e escárnios patrocinados pelo lulopetismo, o fosso se alargou, virou um imenso oceano.
É nele que todos podem se afogar em 2018, se não entenderem o recado das diversas pesquisas de opinião. Há tempos elas informam que o mar não está para peixe.
O senhor do impeachment contra os marujos do mar de lama
Embora a palavra corrupção seja comumente empregada para designar ações ilícitas visando a ganhar dinheiro, estas não são as únicas condutas que se caracterizam como tais. Nem sempre os ganhos com a corrupção têm natureza monetária. Assim, por exemplo, é corrupção buscar benefício contra a verdade, ou seja, mentindo. É corrupção atribuir a outros as próprias culpas. O emprego de sofismas e falsidades para convencer sem ter razão preenche vasto catálogo de técnicas corruptas, concebidas para induzir ao erro e, disso, levar vantagem. Usar a estrutura do setor público gerando publicidade enganosa, enunciando meias verdades, negociando o inegociável, comprando apoios e produzindo desinformação também é corrupção.
Haverá quem, adivinhando onde quero chegar, interrogue: "Nesse caso, quem atira a primeira pedra?". É uma pergunta esperta. Ela pretende induzir a uma recíproca absolvição geral, tipo indulgência plenária, da qual todos se tornam credores visto que praticaram os mesmos males. Restaure-se, assim, pelos deméritos alheios, a saúde daquela outra velha senhora, a impunidade. Ora, o crédito à primeira pedra (simbolicamente falando) cabe às instituições da república e à imensa maioria do povo brasileiro. Este, de modo ordeiro e cívico, já vem clamando pelo impeachment em memoráveis manifestações, nas ruas do país. São cidadãos que não endossam acordos velhacos, inconfessáveis, e não aceitam a retórica enganosa, o raciocínio fraudulento, a publicidade mentirosa.
Pois é exatamente esse tipo de manobra que os governistas puseram em curso. Procuram confundir os atos de repúdio ao governo, expressos nos pedidos de impeachment exigidos nas ruas e formalizados por cidadãos de bem, com o que há de mais desqualificado na oposição parlamentar. Tentam fazer de Eduardo Cunha o símbolo maior dessa oposição, obscurecendo o fato de que os negócios do senhor Cunha aconteceram dentro dos mesmos esquemas investigados na Lava Jato, ao tempo em que ele pertencia à base do governo. Tentam transformar o impeachment em um negócio do Cunha e buscam fazer desse lamentável cavalheiro uma espécie de dono do impeachment. Ora, se já é pouco digno agir assim, em inescrupulosa defesa do indefensável, sendo governista, muito menos digno é reproduzir tal conduta na condição de formador da opinião pública, orientando-a mediante sofismas e artifícios retóricos. São marujos do mar de lama!
Não mudarão o curso da história com artes e manhas tão corrompidas quanto os corruptos que tentam proteger. Queiram ou não, sucessivas pesquisas mostram que o legítimo senhor do impeachment, a contragosto de quem ele jamais aconteceria, é o bom povo brasileiro. Se quiserem atacar o impeachment, ataquem o povo.
Percival Puggina
Haverá quem, adivinhando onde quero chegar, interrogue: "Nesse caso, quem atira a primeira pedra?". É uma pergunta esperta. Ela pretende induzir a uma recíproca absolvição geral, tipo indulgência plenária, da qual todos se tornam credores visto que praticaram os mesmos males. Restaure-se, assim, pelos deméritos alheios, a saúde daquela outra velha senhora, a impunidade. Ora, o crédito à primeira pedra (simbolicamente falando) cabe às instituições da república e à imensa maioria do povo brasileiro. Este, de modo ordeiro e cívico, já vem clamando pelo impeachment em memoráveis manifestações, nas ruas do país. São cidadãos que não endossam acordos velhacos, inconfessáveis, e não aceitam a retórica enganosa, o raciocínio fraudulento, a publicidade mentirosa.
Não mudarão o curso da história com artes e manhas tão corrompidas quanto os corruptos que tentam proteger. Queiram ou não, sucessivas pesquisas mostram que o legítimo senhor do impeachment, a contragosto de quem ele jamais aconteceria, é o bom povo brasileiro. Se quiserem atacar o impeachment, ataquem o povo.
Percival Puggina
Uma elite medíocre
Um ano. Lembro-me como se fosse ontem. Dia 26 de outubro de 2014, um clima de esperança, a contagem dos votos avançada e muitos dando como certa a derrota de Dilma. Finalmente, o país acordava. Como foi possível manter uma gente tão populista, cínica, incompetente e corrupta no poder por tanto tempo? Mas isso agora chegaria ao fim, e uma nova fase de ajustes teria começo. A decepção foi diretamente proporcional à esperança.
O sentimento era de incredulidade: então a maioria dos eleitores quer mesmo mais dessa porcaria? Então o abuso da máquina estatal ficará impune? Então o maior estelionato eleitoral da história seria recompensado? Aquela campanha sórdida, baixa, a compra escancarada de votos, tudo isso seria tolerado por nossa democracia? Que país era aquele, que insistia num erro tão evidente?
Os esquerdistas celebraram: os "reacionários" tinham perdido para aqueles que se importam com os mais pobres. Como essa narrativa tão idiota podia brotar da boca de gente até com mestrado? Os professores, com broches do PT, tentavam fazer lavagem cerebral nas crianças com o mesmo discurso ridículo.
O PT tinha conseguido segregar o povo com base no "nós contra eles" com um monte de gente acreditando que eram almas sensíveis e preocupadas com os mais pobres só por terem digitado 13 nas urnas. O ambiente intelectual estava muito pobre. Tem jeito um país desses, com uma elite tão medíocre? A dúvida era grande, mas havia uma certeza: eu precisava sair para respirar melhor.
Ali mesmo, naquele fatídico 26 de outubro, a decisão foi tomada. Não só o Brasil vai mergulhar numa grave crise econômica, disse, como essa reeleição demonstra toda a podridão de nossos valores morais, de nossas instituições. Que povo é esse que caiu nessa ladainha toda, e que elite é essa que foi negligente, cúmplice? Preciso passar uma temporada com o Tio Sam, pensei.
A esquerda caviar "adora" o socialismo, mas do conforto do capitalismo. Nossos artistas engajados defendem o PT, a Venezuela e até a ditadura cubana, mas não saem do Leblon ou de Paris. Nós, os "coxinhas" também preferimos o capitalismo, mas não somos hipócritas. E quando é hora de "votar com os pés" isso fica claro. Você nunca verá um desses ricos artistas escolhendo viver em Cuba. Mas a direita é coerente com seu discurso, e prefere migrar para países mais capitalistas.
Neles, em vez de as crianças aprenderem sobre o "herói" Che Guevara, um porco assassino, estudam a vida de gente como Thomas Jefferson, um dos "pais fundadores" da nação mais livre e próspera que o mundo já teve. O direito básico de ir e vir não é uma enorme aventura arriscada como nas ruas do Rio, com assaltos constantes e marginais ousados tratados como "vítimas da sociedade" pela esquerda. Ruas limpas, leis que são respeitadas, praias sem arrastão: que "horror" esse malvado capitalismo!
"Pode ser bom para os ricos, mas quero ver como vivem os pobres" poderia dizer um típico petista. É mesmo? A faxineira nos Estados Unidos dirige um carro de luxo para padrões brasileiros. O jardineiro idem. E o lixeiro recolhe o lixo num caminhão com ar condicionado, sozinho, pois basta apertar um botão que a máquina faz o resto. O xerife não vive na favela, perto dos bandidos, mas é seu vizinho, em casas decentes.
O trabalhador humilde vive com dignidade,ao contrário do que acontece no Brasil, onde sofre por horas no transporte público caótico, morre nas filas dos hospitais públicos, é vítima de bandidos o tempo todo e precisa colocar seus filhos numa escola inspirada no comunista Paulo Freire, em que só tem doutrinação ideológica. Mas os "intelectuais" de esquerda enaltecem o socialismo, que só produziu miséria e escravidão no mundo todo!
O Brasil cansa. É muita ignorância, uma mentalidade totalmente distorcida, um ódio irracional ao capitalismo e uma idolatria absurda ao Estado. As pessoas parecem incapazes de aprender com a história. E não pense que falo do "povão"; a culpa principal é da elite mesmo, uma elite míope, oportunista e sem escrúpulos. Quem ajudou a colocar o PT no poder? A elite. Professores, funcionários públicos, "intelectuais" artistas, banqueiros! O Brasil tem salvação? Talvez. Mas só quando essa elite mudar.
Enquanto isso, a luta daqueles que desejam viver num país com mais liberdade e prosperidade será árdua. Eles não precisam enfrentar apenas a barreira da ignorância em geral; precisam romper os grilhões ideológicos, enraizados naqueles que são formadores de opinião. Ou melhor, deformadores de opinião. Haja esperança!
O sentimento era de incredulidade: então a maioria dos eleitores quer mesmo mais dessa porcaria? Então o abuso da máquina estatal ficará impune? Então o maior estelionato eleitoral da história seria recompensado? Aquela campanha sórdida, baixa, a compra escancarada de votos, tudo isso seria tolerado por nossa democracia? Que país era aquele, que insistia num erro tão evidente?
Os esquerdistas celebraram: os "reacionários" tinham perdido para aqueles que se importam com os mais pobres. Como essa narrativa tão idiota podia brotar da boca de gente até com mestrado? Os professores, com broches do PT, tentavam fazer lavagem cerebral nas crianças com o mesmo discurso ridículo.
Ali mesmo, naquele fatídico 26 de outubro, a decisão foi tomada. Não só o Brasil vai mergulhar numa grave crise econômica, disse, como essa reeleição demonstra toda a podridão de nossos valores morais, de nossas instituições. Que povo é esse que caiu nessa ladainha toda, e que elite é essa que foi negligente, cúmplice? Preciso passar uma temporada com o Tio Sam, pensei.
A esquerda caviar "adora" o socialismo, mas do conforto do capitalismo. Nossos artistas engajados defendem o PT, a Venezuela e até a ditadura cubana, mas não saem do Leblon ou de Paris. Nós, os "coxinhas" também preferimos o capitalismo, mas não somos hipócritas. E quando é hora de "votar com os pés" isso fica claro. Você nunca verá um desses ricos artistas escolhendo viver em Cuba. Mas a direita é coerente com seu discurso, e prefere migrar para países mais capitalistas.
Neles, em vez de as crianças aprenderem sobre o "herói" Che Guevara, um porco assassino, estudam a vida de gente como Thomas Jefferson, um dos "pais fundadores" da nação mais livre e próspera que o mundo já teve. O direito básico de ir e vir não é uma enorme aventura arriscada como nas ruas do Rio, com assaltos constantes e marginais ousados tratados como "vítimas da sociedade" pela esquerda. Ruas limpas, leis que são respeitadas, praias sem arrastão: que "horror" esse malvado capitalismo!
"Pode ser bom para os ricos, mas quero ver como vivem os pobres" poderia dizer um típico petista. É mesmo? A faxineira nos Estados Unidos dirige um carro de luxo para padrões brasileiros. O jardineiro idem. E o lixeiro recolhe o lixo num caminhão com ar condicionado, sozinho, pois basta apertar um botão que a máquina faz o resto. O xerife não vive na favela, perto dos bandidos, mas é seu vizinho, em casas decentes.
O trabalhador humilde vive com dignidade,ao contrário do que acontece no Brasil, onde sofre por horas no transporte público caótico, morre nas filas dos hospitais públicos, é vítima de bandidos o tempo todo e precisa colocar seus filhos numa escola inspirada no comunista Paulo Freire, em que só tem doutrinação ideológica. Mas os "intelectuais" de esquerda enaltecem o socialismo, que só produziu miséria e escravidão no mundo todo!
O Brasil cansa. É muita ignorância, uma mentalidade totalmente distorcida, um ódio irracional ao capitalismo e uma idolatria absurda ao Estado. As pessoas parecem incapazes de aprender com a história. E não pense que falo do "povão"; a culpa principal é da elite mesmo, uma elite míope, oportunista e sem escrúpulos. Quem ajudou a colocar o PT no poder? A elite. Professores, funcionários públicos, "intelectuais" artistas, banqueiros! O Brasil tem salvação? Talvez. Mas só quando essa elite mudar.
Enquanto isso, a luta daqueles que desejam viver num país com mais liberdade e prosperidade será árdua. Eles não precisam enfrentar apenas a barreira da ignorância em geral; precisam romper os grilhões ideológicos, enraizados naqueles que são formadores de opinião. Ou melhor, deformadores de opinião. Haja esperança!
É preciso pensar e falar
Afinal, culpar o governo ou o sistema e ficar apenas por aí é fácil. Alguém dizia que "governar é tão fácil que todos o sabem fazer até ao dia em que são governo". A verdade é que muitos dos problemas que nós vivemos resultam da falta de resposta nossa como cidadãos ativos. Resulta de apenas reagirmos no limite quando não há outra resposta senão a violência cega. Grande parte dos problemas resulta de ficarmos calados quando podemos pensar e falar.
Mia Couto
DNA marginal
Eu vou juntar gente e vou botar vocês para correr daqui da frente do Congresso. Bando de vagabundos, vocês são vagabundos. Vamos para o pau com vocês agoraSibá Machado, líder do PT na Câmara, ameaçando da tribuna manifestantes do movimento Brasil Livre
Feliz ano velho
Existem anos que demoram a acabar. Outros acabam ou começam cedo demais. 2015 é um ano que já acabou. Burocraticamente, os acontecimentos vão se suceder para que no dia 31 de dezembro se confirme o novo ano. Fora do calendário, 2016 já começou, impulsionado pelos temas e desdobramentos de 2014, pelas decisões e indecisões deste ano e pelo que ficará pendente.
Além de prematuro e longo, 2016 será um ano “millésime” da política, com uma grande safra de eventos. Tanto os que restam deste ano quanto os que serão incorporados nos meses subsequentes. Para o governo, fora a questão do impeachment, tudo o mais ficou para 2016.
No campo econômico, o governo jogou a toalha, com Orçamento deficitário e complacência para com o rebaixamento do rating do País. Transferiu para o ano que vem o ataque frontal ao déficit público e também as eventuais aprovações da CPMF e da Desvinculação de Receitas da União (DRU). Lutará, apenas, pelo Orçamento de 2016 e já se conformou com uma inflação acima da meta.
No campo político, gastou meses para corrigir as próprias trapalhadas. Reagiu sempre atrasado e de modo confuso diante do tamanho do problema, amplamente conhecido: a relação entre o Palácio e os aliados da base governista. Em 2015, na política, o governo foi o macaco na loja de louça e, de longe, o maior adversário de si próprio. Caçador de si mesmo. Jogando o tempo todo contra o seu patrimônio.
No campo administrativo, não “governou” em 2015. Mal comparando, parece o governo sírio, que está sitiado entre grupos que brigam com ele e entre si. É um governo em compasso de espera, focado na defesa do impeachment. Contando votos, enquanto quem, de fato, fica em compasso de espera é o País. Pouco faz e o que faz não é percebido. É o imobilismo em movimento. Um tronco velho ao sabor da correnteza. A chuva imóvel de Campos de Carvalho.
Por exemplo: soluções propostas para estabilizar a questão da Petrobrás e de seus fornecedores dormem nas gavetas do Planalto. A reformatação do Carf dormita no Planejamento, à espera de míseros R$ 800 mil para ser posta em prática. A repatriação de divisas, que estava bem encaminhada no Senado, pode ter ido para as calendas e, com isso, os recursos para financiar a transição para um novo modelo de ICMS.
O ano antecipado começa já, com um debate sobre impeachment que se vai acelerar gradativamente. E não deverá ser concluído este ano, salvo evento inesperado. A discussão em torno da DRU e da CPMF, que pode começar agora, não deve ser concluída. A atual configuração da base política não dá a mínima esperança de que as votações possam ocorrer rapidamente.
O afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), talvez possa ser concluído este ano. Mas a sua agonia já começou sem data certa para acabar. Considerando sua tenacidade, tudo pode ficar para 2016. Afinal, mesmo estando no corner, Cunha tem poder suficiente para se defender e ampliar o incêndio político.
O ambiente de incerteza política e de paralisia do governo atinge em cheio as expectativas econômicas. O desempenho trágico da economia também transferiu para 2016 as decisões empresariais e as boas expectativas para 2017. Teremos um Natal morno, com baixa venda de presentes. Tudo embalado pela expectativa de que o desemprego chegue a dois dígitos e “imploda” de vez a paciência dos brasileiros. A falta de dinheiro fará a diferença, assim como a incerteza de sua recuperação no ano que vem. Para o empresariado, 2015 acabou. Para o trabalhador, 2015 tem de acabar rápido na esperança de tempos melhores.
Além dos problemas remanescentes e inconclusos de 2015, 2016 traz a sua própria safra de novidades, entre as quais se destacam as eleições municipais e a Olimpíada. Ambos serão eventos importantes, mas com impactos diferentes do esperado. Num ambiente de recessão econômica, a Olimpíada pode ser mais pálida. Os Jogos estão impactados pelas confusões da Operação Lava Jato, já que as obras para as competições se relacionam com empresas envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobrás.
Na esfera eleitoral, os efeitos das investigações e a proibição de doações empresariais terão consequências revolucionárias. Sem as verbas empresariais as eleições serão bem mais pobres, o que se por um lado é bom, para reduzir o abuso do poder econômico, por outro não é nada bom que a corrida eleitoral seja patrocinada só pelo Tesouro. Teme-se, ainda, que o caixa 2 assuma maior relevância no processo.
No campo jurídico, 2016 promete ser ainda mais animado que agora. Dezenas de processos sobre políticos começarão a ser analisados no STF. Muitos caciques serão emparedados. Conforme o governo for se enfraquecendo cada vez mais, o Supremo deverá agir, também cada vez mais, com maior autonomia e menos preocupação com os “padrinhos”. Será um “barata voa” de proporções épicas. Tudo alimentado pela notável incapacidade do governo de fazer uma boa leitura do ambiente político e por sua rapidez de jabuti para responder aos sucessivos desafios que se apresentam.
Claramente, o governo vive uma curiosa síndrome, que é a de criar problemas a cada novo problema que aparece. Não há uma intervenção apaziguadora. Quando esta não é conflituosa, é ineficaz. Tanto por sua extraordinária limitação quanto pelo aprisionamento de sua agenda em torno do impeachment, agenda que deveria estar focada no ajuste fiscal e na retomada.
Muitos se perguntam se o governo se pode salvar. Como Campos de Carvalho diz num de seus textos, tudo pode acontecer. Inclusive Astrogildo – ou será Ruy Barbo? – ir a Paris sem nunca ter ido, como na obra-prima A Lua Vem da Ásia. O realismo fantástico da literatura latino-americana está impregnado na política nacional. Demolindo os limites dos calendários. Encurtando ou alongando os anos. Com o governo matando seu próprio tempo e a oposição discutindo se vai à praia ou se sobe a serra.
No campo econômico, o governo jogou a toalha, com Orçamento deficitário e complacência para com o rebaixamento do rating do País. Transferiu para o ano que vem o ataque frontal ao déficit público e também as eventuais aprovações da CPMF e da Desvinculação de Receitas da União (DRU). Lutará, apenas, pelo Orçamento de 2016 e já se conformou com uma inflação acima da meta.
No campo político, gastou meses para corrigir as próprias trapalhadas. Reagiu sempre atrasado e de modo confuso diante do tamanho do problema, amplamente conhecido: a relação entre o Palácio e os aliados da base governista. Em 2015, na política, o governo foi o macaco na loja de louça e, de longe, o maior adversário de si próprio. Caçador de si mesmo. Jogando o tempo todo contra o seu patrimônio.
No campo administrativo, não “governou” em 2015. Mal comparando, parece o governo sírio, que está sitiado entre grupos que brigam com ele e entre si. É um governo em compasso de espera, focado na defesa do impeachment. Contando votos, enquanto quem, de fato, fica em compasso de espera é o País. Pouco faz e o que faz não é percebido. É o imobilismo em movimento. Um tronco velho ao sabor da correnteza. A chuva imóvel de Campos de Carvalho.
Por exemplo: soluções propostas para estabilizar a questão da Petrobrás e de seus fornecedores dormem nas gavetas do Planalto. A reformatação do Carf dormita no Planejamento, à espera de míseros R$ 800 mil para ser posta em prática. A repatriação de divisas, que estava bem encaminhada no Senado, pode ter ido para as calendas e, com isso, os recursos para financiar a transição para um novo modelo de ICMS.
O ano antecipado começa já, com um debate sobre impeachment que se vai acelerar gradativamente. E não deverá ser concluído este ano, salvo evento inesperado. A discussão em torno da DRU e da CPMF, que pode começar agora, não deve ser concluída. A atual configuração da base política não dá a mínima esperança de que as votações possam ocorrer rapidamente.
O afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), talvez possa ser concluído este ano. Mas a sua agonia já começou sem data certa para acabar. Considerando sua tenacidade, tudo pode ficar para 2016. Afinal, mesmo estando no corner, Cunha tem poder suficiente para se defender e ampliar o incêndio político.
O ambiente de incerteza política e de paralisia do governo atinge em cheio as expectativas econômicas. O desempenho trágico da economia também transferiu para 2016 as decisões empresariais e as boas expectativas para 2017. Teremos um Natal morno, com baixa venda de presentes. Tudo embalado pela expectativa de que o desemprego chegue a dois dígitos e “imploda” de vez a paciência dos brasileiros. A falta de dinheiro fará a diferença, assim como a incerteza de sua recuperação no ano que vem. Para o empresariado, 2015 acabou. Para o trabalhador, 2015 tem de acabar rápido na esperança de tempos melhores.
Além dos problemas remanescentes e inconclusos de 2015, 2016 traz a sua própria safra de novidades, entre as quais se destacam as eleições municipais e a Olimpíada. Ambos serão eventos importantes, mas com impactos diferentes do esperado. Num ambiente de recessão econômica, a Olimpíada pode ser mais pálida. Os Jogos estão impactados pelas confusões da Operação Lava Jato, já que as obras para as competições se relacionam com empresas envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobrás.
Na esfera eleitoral, os efeitos das investigações e a proibição de doações empresariais terão consequências revolucionárias. Sem as verbas empresariais as eleições serão bem mais pobres, o que se por um lado é bom, para reduzir o abuso do poder econômico, por outro não é nada bom que a corrida eleitoral seja patrocinada só pelo Tesouro. Teme-se, ainda, que o caixa 2 assuma maior relevância no processo.
No campo jurídico, 2016 promete ser ainda mais animado que agora. Dezenas de processos sobre políticos começarão a ser analisados no STF. Muitos caciques serão emparedados. Conforme o governo for se enfraquecendo cada vez mais, o Supremo deverá agir, também cada vez mais, com maior autonomia e menos preocupação com os “padrinhos”. Será um “barata voa” de proporções épicas. Tudo alimentado pela notável incapacidade do governo de fazer uma boa leitura do ambiente político e por sua rapidez de jabuti para responder aos sucessivos desafios que se apresentam.
Claramente, o governo vive uma curiosa síndrome, que é a de criar problemas a cada novo problema que aparece. Não há uma intervenção apaziguadora. Quando esta não é conflituosa, é ineficaz. Tanto por sua extraordinária limitação quanto pelo aprisionamento de sua agenda em torno do impeachment, agenda que deveria estar focada no ajuste fiscal e na retomada.
Muitos se perguntam se o governo se pode salvar. Como Campos de Carvalho diz num de seus textos, tudo pode acontecer. Inclusive Astrogildo – ou será Ruy Barbo? – ir a Paris sem nunca ter ido, como na obra-prima A Lua Vem da Ásia. O realismo fantástico da literatura latino-americana está impregnado na política nacional. Demolindo os limites dos calendários. Encurtando ou alongando os anos. Com o governo matando seu próprio tempo e a oposição discutindo se vai à praia ou se sobe a serra.
O ocaso de um partido
Quem acompanhou a política das décadas de 1980 e 1990 e via no PT a esperança se sentia seduzido pelos intermináveis debates entre as correntes internas e pela pluralidade de opiniões de seus próceres — de trabalhadores engajados e empresários preocupados com o lado social até intelectuais e artistas — sabe que a estrela vermelha começou a se esfacelar muito antes da Lava-Jato e da crise política e econômica que corrói o governo Dilma.
O início da decadência coincidiu com a chegada ao poder, em 2003. Não há partido no mundo que mantenha a pureza, a transparência de ideias, a coerência sendo obrigado a negociar e a ceder. Mas no PT essa contradição sempre foi mais latente justamente pelos discursos arrogantes e denuncistas de seus líderes. Já no terceiro ano de mandato de Lula vinha à tona o escândalo do mensalão e, com ele, caía por terra a principal bandeira do partido: a ética.
Mas talvez o maior erro foi ter traçado um projeto de existência que passava pela perpetuação no poder. A continuidade é sempre perigosa e nociva, mesmo que venha com o respaldo do voto. O próprio PT viveu situação semelhante quando governou Porto Alegre por 16 anos. Quando Olívio Dutra se elegeu prefeito, em 1988, o PT tinha a ambição de governar a Capital por pelo menos duas décadas, plano expresso à época por vários de seus expoentes. Os três primeiros mandatos foram incontestáveis, o quarto não mais. Já se vão quase 11 anos desde que o partido deixou a prefeitura e, até hoje, enfrenta uma rejeição forte. Faltou visão de que um dia esse modelo se esgotaria e que seria necessário se reciclar para, quem sabe mais adiante, retornar.
Também faltou a Lula e ao PT a visão de que era hora de deixar o Palácio do Planalto. Não que o partido fosse abdicar da disputa eleitoral de 2014, mas a guerra suja, os gastos exorbitantes, as pedaladas feitas no orçamento federal e o baixo nível dos debates mostram que o PT não estava preparado para perder e entregar tudo ao inimigo.
O partido menosprezou a autonomia das instituições ao achar que poderia continuar governando com a mesma irresponsabilidade administrativa e com as mesmas estruturas corroídas pela corrupção sem que um dia isso viesse à tona.
O início da decadência coincidiu com a chegada ao poder, em 2003. Não há partido no mundo que mantenha a pureza, a transparência de ideias, a coerência sendo obrigado a negociar e a ceder. Mas no PT essa contradição sempre foi mais latente justamente pelos discursos arrogantes e denuncistas de seus líderes. Já no terceiro ano de mandato de Lula vinha à tona o escândalo do mensalão e, com ele, caía por terra a principal bandeira do partido: a ética.
Mas talvez o maior erro foi ter traçado um projeto de existência que passava pela perpetuação no poder. A continuidade é sempre perigosa e nociva, mesmo que venha com o respaldo do voto. O próprio PT viveu situação semelhante quando governou Porto Alegre por 16 anos. Quando Olívio Dutra se elegeu prefeito, em 1988, o PT tinha a ambição de governar a Capital por pelo menos duas décadas, plano expresso à época por vários de seus expoentes. Os três primeiros mandatos foram incontestáveis, o quarto não mais. Já se vão quase 11 anos desde que o partido deixou a prefeitura e, até hoje, enfrenta uma rejeição forte. Faltou visão de que um dia esse modelo se esgotaria e que seria necessário se reciclar para, quem sabe mais adiante, retornar.
Também faltou a Lula e ao PT a visão de que era hora de deixar o Palácio do Planalto. Não que o partido fosse abdicar da disputa eleitoral de 2014, mas a guerra suja, os gastos exorbitantes, as pedaladas feitas no orçamento federal e o baixo nível dos debates mostram que o PT não estava preparado para perder e entregar tudo ao inimigo.
O partido menosprezou a autonomia das instituições ao achar que poderia continuar governando com a mesma irresponsabilidade administrativa e com as mesmas estruturas corroídas pela corrupção sem que um dia isso viesse à tona.
Nivelados por baixo
Mais um ex-ministro do Lula implicado em tráfico de influência, Gilberto Carvalho acusado pela Polícia Federal de elo entre o palácio do Planalto e o esquema de corrupção que envolve filhos do ex-presidente, políticos e empresários. Até a criação de medidas provisórias para favorecer setores da economia vem sendo denunciada. Sem falar nas ligações do primeiro-companheiro com empreiteiras, às quais servia viajando às suas expensas para contatar governos africanos e sul-americanos, levando na bagagem o aval do BNDES para a concessão de empréstimos.
A cada dia surgem mais denúncias atingindo o Lula, altos integrantes de seus dois governos, parentes e amigos. Muitos já conhecidos, outros na cadeia, todos integrando amplo esquema de assalto aos cofres públicos. Não adianta atribuir o noticiário a uma campanha de ódio contra o PT e o ex-presidente. Pode até ser verdade, mas como negar os fatos acontecidos e agora apurados?
Desvendam-se os véus que envolviam o governo do ex-presidente, tornando inevitável que no mínimo ele venha ser chamado a esclarecer cada episódio. São questão de tempo seus depoimentos na Polícia Federal, no Ministério Público e no Judiciário. Objeto de delações premiadas e de comentários que fluem de asseclas temerosos de condenações, o grave é que sucedem-se provas materiais da participação do ex-torneiro-mecânico. O resultado está na queda de sua popularidade, atestada por pesquisas recentes.
Turbulência igual raras vezes se viu na trajetória do PT e do grupo há treze anos incrustado no poder. Surgem sempre novos personagens e seus malfeitos, daqueles que multiplicam a rejeição, tanto a culpados quanto a porventura inocentes participantes do movimento um dia tido como de regeneração nacional. O cidadão comum nivela por baixo os companheiros. Se nem o Lula escapa, a previsão é de fim de um ciclo.
A ser substituído por quem ou por quê? Haverá alternativas no meio político? Um partido imune à lambança cada dia mais exposta? Uma corporação formada à margem da realidade que nos assola? E com que propostas capazes de promover mudanças fundamentais, como se imaginou o papel do PT?
Quem quiser que aponte rápido, sem salvadores da pátria nem bandeiras truculentas, muito menos viagens ao passado. Caso se realizem, as eleições municipais do próximo ano funcionarão como ensaio geral de 2018, se chegarmos até lá. Mas desde quando se estabeleceu que eleições resolvem, sem estruturas renovadoras, com as mesmas forças de sempre?
Em suma, nada de novo apareceu até agora, saído dos escombros e dos porões onde se tenta sobreviver.
Desvendam-se os véus que envolviam o governo do ex-presidente, tornando inevitável que no mínimo ele venha ser chamado a esclarecer cada episódio. São questão de tempo seus depoimentos na Polícia Federal, no Ministério Público e no Judiciário. Objeto de delações premiadas e de comentários que fluem de asseclas temerosos de condenações, o grave é que sucedem-se provas materiais da participação do ex-torneiro-mecânico. O resultado está na queda de sua popularidade, atestada por pesquisas recentes.
Turbulência igual raras vezes se viu na trajetória do PT e do grupo há treze anos incrustado no poder. Surgem sempre novos personagens e seus malfeitos, daqueles que multiplicam a rejeição, tanto a culpados quanto a porventura inocentes participantes do movimento um dia tido como de regeneração nacional. O cidadão comum nivela por baixo os companheiros. Se nem o Lula escapa, a previsão é de fim de um ciclo.
A ser substituído por quem ou por quê? Haverá alternativas no meio político? Um partido imune à lambança cada dia mais exposta? Uma corporação formada à margem da realidade que nos assola? E com que propostas capazes de promover mudanças fundamentais, como se imaginou o papel do PT?
Quem quiser que aponte rápido, sem salvadores da pátria nem bandeiras truculentas, muito menos viagens ao passado. Caso se realizem, as eleições municipais do próximo ano funcionarão como ensaio geral de 2018, se chegarmos até lá. Mas desde quando se estabeleceu que eleições resolvem, sem estruturas renovadoras, com as mesmas forças de sempre?
Em suma, nada de novo apareceu até agora, saído dos escombros e dos porões onde se tenta sobreviver.
Assinar:
Postagens (Atom)