domingo, 9 de novembro de 2014
Vai doer em quem?
As dores virão aos magotes, disso podemos estar certos. Aumentos represados até as eleições começarão a espocar em breve e em cascata.
O leitor leu a íntegra da resolução aprovada pela Executiva do PT em 3 de novembro? Não leu? Então leia, mas cuidado, vai doer. A reunião do Diretório será nos dias 28 e 29 de novembro, mas ansiosos para continuar em sua caminhada em direção a um governo sempiterno, o PT propõe que certas resoluções sejam tomadas de imediato.
São seis as resoluções, sendo que a sexta é subdivida em dez itens. Copiei três:
a) a reforma política, precedida de um plebiscito, através de uma Constituinte exclusiva;
b) democracia na comunicação, com uma Lei da Mídia Democrática;
c) democracia representativa, democracia direta e democracia participativa, para que a mobilização e luta social influenciem a ação dos governos, das bancadas e dos partidos políticos. O governo precisa dar continuidade à participação social na definição e acompanhamento das políticas públicas e tomar as medidas para reverter a derrubada da Política Nacional de Participação Social, objeto de um decreto presidencial cancelado pela maioria conservadora da Câmara dos Deputados no dia 28 de outubro de 2014.
O partido ainda diz que deve ser “muito mais proativo no enfrentamento das acusações de corrupção, em especial no ambiente dos próximos meses, em que setores da direita vão continuar premiando delatores” (o grifo é meu).
São seis as resoluções, sendo que a sexta é subdivida em dez itens. Copiei três:
a) a reforma política, precedida de um plebiscito, através de uma Constituinte exclusiva;
b) democracia na comunicação, com uma Lei da Mídia Democrática;
c) democracia representativa, democracia direta e democracia participativa, para que a mobilização e luta social influenciem a ação dos governos, das bancadas e dos partidos políticos. O governo precisa dar continuidade à participação social na definição e acompanhamento das políticas públicas e tomar as medidas para reverter a derrubada da Política Nacional de Participação Social, objeto de um decreto presidencial cancelado pela maioria conservadora da Câmara dos Deputados no dia 28 de outubro de 2014.
O partido ainda diz que deve ser “muito mais proativo no enfrentamento das acusações de corrupção, em especial no ambiente dos próximos meses, em que setores da direita vão continuar premiando delatores” (o grifo é meu).
O que foi escondido
Agora é oficial: o desmatamento na Amazônia disparou em agosto e setembro. Foram devastados 1.626 km² de florestas, um crescimento de 122% sobre os mesmos dois meses de 2013. Dilma já conhecia esses dados antes do segundo turno, mas adiou a divulgação.
Dilma encampa projeto petista de regular imprensa
Na semana em que a Executiva do PT publicou resolução em que faz diversos
ataques à oposição e prega a regulação dos meios de comunicação em prol da
hegemonia do partido, a presidente Dilma Rousseff admitiu que pretende abrir um
“processo de discussão” sobre a regulação econômica da imprensa. Disse que não
sabe ainda como será esse processo, mas afirmou que “isso jamais poderá ser
feito sem consultar a sociedade”. Sobre a resolução do partido, a presidente
afirmou: “Eu não represento o PT, represento a Presidência da República”,
informa a versão on-line do jornal O Globo. “A opinião do PT é a opinião do
partido, não me influencia. Não sou presidente do PT, sou presidente dos
brasileiros”, disse Dilma, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
“Liberdade de imprensa é uma pedra fundadora da democracia.
E a liberdade de expressão talvez seja a maior coisa que emergiu da
democracia”, disse. “Democracia é o direito de todo mundo ter uma opinião mesmo
que não concorde com ela”, prosseguiu. Na sequência, Dilma afirmou que “outra
coisa é confundir isso com a regulação econômica do setor”. “Essa é uma outra
discussão. Diz respeito a monopólios. Em qualquer setor econômico, seja
energia, petróleo, tem regulações e a mídia não pode ter?”, questionou.
Assim como o controle de conteúdo, o fim do que o PT
classifica como “monopólio dos meios de comunicação” sempre foi bandeira
defendida nos projetos do partido para regulação da imprensa. Ou seja, além de
voltar sua artilharia contra os grandes grupos de comunicação, sempre alvo dos
irados discursos petistas contra a imprensa, o partido busca golpear a receita
publicitária dos veículos de informação – o que poderia redundar, no futuro, no
controle indireto do conteúdo pelo governo. Desde que assumiu o Planalto, a
presidente vinha mantendo distância do projeto petista de controle da imprensa:
sepultou, inclusive, o projeto de lei para “regulação das comunicações”
elaborado pela legenda durante o governo Lula, e que trazia na raiz o embrião
autoritário da censura.
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