domingo, 13 de março de 2022
Foto da insensatez
A insensatez é um processo, só pode ser captada por filme, mas a guerra da Ucrânia conseguiu fazer uma foto que concentra neste instante a falta de sensatez ao longo de décadas. Analisando casos concretos, historiadora Barbara Tuchman publicou clássico sobre a insensatez nas decisões políticas de governantes. Entre eles, a decisão de Troia de aceitar o presente dos gregos, um cavalo cheio de soldados dentro; o envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Vietnam; a arrogância do Papa esnobando um simples e jovem padre chamado Martin Lutero.
A decisão de Vladmir Putin de invadir a Ucrânia muito provavelmente será um destes casos de insensatez que os historiadores futuro vão estudar. A história vai mostrar as consequências negativas da decisão do presidente para a própria Rússia.
Mesmo que as tropas russas cheguem a Kiev e os russos imponham um governo fantoche, os custos para a Rússia serão catastróficos, prova da insensatez de não ter levado em conta o apego dos ucranianos a seu país, nem da força de um líder que até pouco tempo era um ator comediante, ainda menos que os países do Ocidente se unirião para impor sanções draconianas, mesmo que tenham prejuízos. Estes custos já estão sendo mostrados pelas perdas econômicas imediatas decorrentes: inflação, desvalorização do rublo, desemprego. A Russia vai perder grande parte dos resultados que teve nas últimas décadas.
Muito maior serão as consequências no futuro: independência energética do Ocidente, armamentismo dos países limítrofes, isolamento russo por décadas adiante, fortalecimento da OTAN, desconfiança em todo o mundo, especialmente nos antigos países soviéticos.
A Ucrânia será um exemplo da insensatez da Russia sob Putin.
Mas a foto deste momento mostra uma insensatez mais antiga também dos países do Ocidente. Foi uma insensatez ter usado a fragilidade do fim da União Soviética para aumentar a presença da OTAN cercando a Rússia, um outro país, dono do maior arsenal nuclear do mundo e de frota de foguetes capaz de transportar as bombas. O sensato teria sido muito repetir o que se fez com a Alemanha depois do nazismo: oferecer apoio para a recuperação da Russia capitalista, destruída pela ineficiência do comunismo. Em troca, exigir o desarmamento nuclear universal, da Russia e de todos os países: banimento de armas atômicas no mundo.
Se a sensatez tivesse prevalecido, todos estariam hoje livres de chantagem nuclear por Putin, ou por outro governante russo no futuro, ou por futuros governos norte-americanos, até porque as únicas bombas atômicas usadas até hoje foi por um governo dos Estados Unidos. E se não for a Rússia ou os Estados Unidos, poderá ser qualquer outro dos governos que já dispõem de bomba atômica e dos diversos que em breve também terão. Ou até mesmo de grupos privados que em algum momento terão condições de produzir estas armas.
A guerra da Ucrânia é uma foto também da insensatez do consumo exagerado de enegia, sobretudos com combustível fóssil, no caso da Europa, depender do gás e do petróleo russo, em vez de diversificarem as origens e as fontes alternativas de energia. É uma insensatez consumir tanta energia, no lugar de praticar uma econômia austera, dupla insensatez basear a economia do combutível fóssil que provoca mudanças climáticas, tripla insensatez depender de um país.
A grande insensatez é decidir sem imaginar cenários alternativos, olhando apenas o imediato, sem a perspectiva de longo prazo. Foi que fizeram os gregos quando colocaram o presente dos gregos para dentro das suas muralhas, ou o Papa Leão X quando excomungou Lutero.
A verdade é que a Ucrânia é uma foto da insensatez da marcha civilizatória baseada na voracidade do consumo, no imediatismo e na arrogância do poder.
O Brasil precisa aprender com esta foto. A arrogância dos líderes de partidos democráticos, lutando entre eles, poderá levar a surpresas nas eleições de 2022, reelegendo o atual governo.
A decisão de Vladmir Putin de invadir a Ucrânia muito provavelmente será um destes casos de insensatez que os historiadores futuro vão estudar. A história vai mostrar as consequências negativas da decisão do presidente para a própria Rússia.
Mesmo que as tropas russas cheguem a Kiev e os russos imponham um governo fantoche, os custos para a Rússia serão catastróficos, prova da insensatez de não ter levado em conta o apego dos ucranianos a seu país, nem da força de um líder que até pouco tempo era um ator comediante, ainda menos que os países do Ocidente se unirião para impor sanções draconianas, mesmo que tenham prejuízos. Estes custos já estão sendo mostrados pelas perdas econômicas imediatas decorrentes: inflação, desvalorização do rublo, desemprego. A Russia vai perder grande parte dos resultados que teve nas últimas décadas.
Muito maior serão as consequências no futuro: independência energética do Ocidente, armamentismo dos países limítrofes, isolamento russo por décadas adiante, fortalecimento da OTAN, desconfiança em todo o mundo, especialmente nos antigos países soviéticos.
A Ucrânia será um exemplo da insensatez da Russia sob Putin.
Mas a foto deste momento mostra uma insensatez mais antiga também dos países do Ocidente. Foi uma insensatez ter usado a fragilidade do fim da União Soviética para aumentar a presença da OTAN cercando a Rússia, um outro país, dono do maior arsenal nuclear do mundo e de frota de foguetes capaz de transportar as bombas. O sensato teria sido muito repetir o que se fez com a Alemanha depois do nazismo: oferecer apoio para a recuperação da Russia capitalista, destruída pela ineficiência do comunismo. Em troca, exigir o desarmamento nuclear universal, da Russia e de todos os países: banimento de armas atômicas no mundo.
Se a sensatez tivesse prevalecido, todos estariam hoje livres de chantagem nuclear por Putin, ou por outro governante russo no futuro, ou por futuros governos norte-americanos, até porque as únicas bombas atômicas usadas até hoje foi por um governo dos Estados Unidos. E se não for a Rússia ou os Estados Unidos, poderá ser qualquer outro dos governos que já dispõem de bomba atômica e dos diversos que em breve também terão. Ou até mesmo de grupos privados que em algum momento terão condições de produzir estas armas.
A guerra da Ucrânia é uma foto também da insensatez do consumo exagerado de enegia, sobretudos com combustível fóssil, no caso da Europa, depender do gás e do petróleo russo, em vez de diversificarem as origens e as fontes alternativas de energia. É uma insensatez consumir tanta energia, no lugar de praticar uma econômia austera, dupla insensatez basear a economia do combutível fóssil que provoca mudanças climáticas, tripla insensatez depender de um país.
A grande insensatez é decidir sem imaginar cenários alternativos, olhando apenas o imediato, sem a perspectiva de longo prazo. Foi que fizeram os gregos quando colocaram o presente dos gregos para dentro das suas muralhas, ou o Papa Leão X quando excomungou Lutero.
A verdade é que a Ucrânia é uma foto da insensatez da marcha civilizatória baseada na voracidade do consumo, no imediatismo e na arrogância do poder.
O Brasil precisa aprender com esta foto. A arrogância dos líderes de partidos democráticos, lutando entre eles, poderá levar a surpresas nas eleições de 2022, reelegendo o atual governo.
O que faz a falta de visão
Chega de centrão, ou acreditar que a direita de baixo intelecto é uma solução para o país. Hora de financiar um caminho saudável, manifestar-se contra a barbárie burra em que nos metemos por falta de visão
Ricardo Semler
São crimes de antibrasileirismo
Todas as propostas que partem de Bolsonaro ou mobilizam o seu empenho têm alguma ordinarice, de seu interesse pessoal, como motivação básica. Nem por isso a conduta por ele imposta à Presidência é o que mais compromete o futuro do Brasil como país —no conceito do mundo e no seu próprio sentimento de país envergonhado.
A aceitação da tragédia nacional pela quase total coletividade dos influentes, civis e militares, é ela mesma uma tragédia maior, por sua propagação incorrigível no futuro.
Tornar legal o garimpo em terras indígenas e a liberação prática do desmatamento são favorecimentos diretos às milícias criminais, que invadem as áreas preservadas, e ao empresariado que toma áreas imensas para plantio de soja ou criação de gado.
A imobilização do Ibama, da Funai e de tantas outras entidades de controle e estudo foi a preparação, iniciada já pela súcia dos dirigentes nomeados, para o que agora o governo e os mercenários da Câmara procuram oficializar.
Entraram na fase culminante do Plano Pró-Milícias, favorecida pelos desvios de atenção e apressada pelo risco de derrota eleitoral.
Bolsonaro e os deputados mercenários sob o domínio de Arthur Lira compõem uma espécie de milícia especializada em política como negócio imoral. Fizeram aprovar a urgência para o projeto da mineração homicida, a meio da semana, em deboche ao protesto de cantores e atores liderado, diante e dentro do Congresso, por Caetano (Caetano Velloso é músico, poeta e escritor, Caetano, só Caetano, é uma bandeira).
Mas, sobretudo, com isso os mercenários advertiram a população: "Não se metam nos nossos negócios, fazemos o que nos dê vantagens". É isso mesmo.
A propósito, nunca se saberá o quanto custa a liberação, que Arthur Lira empurra na Câmara, para 69 cassinos, 6.000 bingos e 300 bicheiros empresariais.
No governo Figueiredo, o lobista que vinha tentar tal liberação era um general americano, reformado para presidir cassino de Las Vegas. Seu representante permanente aqui era o então deputado Amaral Neto, que organizava expedições remuneradas para cassinos nos EUA e no Uruguai.
O lobista de agora é também frequentador sistemático de Brasília, onde esteve pouco antes de aparecer o atual projeto. Só uma notinha, bem discreta, registrou essa estada profícua.
Assim como a defesa de Bolsonaro para entregar as terras indígenas a milícias e ao contrabando, a defesa dos cassinos e da jogatina é mentirosa. O potássio para suprir a falta do produto russo não está na Amazônia, onde é pouco e de difícil extração. Está em Sergipe, Minas e São Paulo.
O jogo clandestino não acabará, porque seus controladores não têm com que construir cassinos reais. E os impostos não resolverão nada: mesmo nas contas oníricas do relator Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco, mal passam de insignificantes R$ 4,5 bi.
No pequeno varejo não é diferente. "Cancún em Angra", onde Bolsonaro tem casa; fim das multas eletrônicas nas estradas, onde Bolsonaro é recordista na Rio-Angra; fim do imposto de importação de jet-ski enfiado em dispensa, também malandra, para "veículos aéreos sem propulsão a motor"; e por aí vai, a exemplo do gasto de R$ 1,5 milhão por dia no cartão de crédito da Presidência, durante férias em dependência militar.
O empresariado influente, que financia coisas como o MBL fundado pelo marginal Arthur do Val, preocupa-se é com o sério Stedile do MST em possível governo petista; e com hipotética relação de Lula e Maduro, ao qual Joe Biden recorre em um espetáculo de cinismo só igualado por ele mesmo, com sua corrida ao Irã.
São muitas as formas de milícias. Com meios e áreas diversos. Mas convergentes no alvo, na conivência e no ganho.
A aceitação da tragédia nacional pela quase total coletividade dos influentes, civis e militares, é ela mesma uma tragédia maior, por sua propagação incorrigível no futuro.
Tornar legal o garimpo em terras indígenas e a liberação prática do desmatamento são favorecimentos diretos às milícias criminais, que invadem as áreas preservadas, e ao empresariado que toma áreas imensas para plantio de soja ou criação de gado.
A imobilização do Ibama, da Funai e de tantas outras entidades de controle e estudo foi a preparação, iniciada já pela súcia dos dirigentes nomeados, para o que agora o governo e os mercenários da Câmara procuram oficializar.
Entraram na fase culminante do Plano Pró-Milícias, favorecida pelos desvios de atenção e apressada pelo risco de derrota eleitoral.
Bolsonaro e os deputados mercenários sob o domínio de Arthur Lira compõem uma espécie de milícia especializada em política como negócio imoral. Fizeram aprovar a urgência para o projeto da mineração homicida, a meio da semana, em deboche ao protesto de cantores e atores liderado, diante e dentro do Congresso, por Caetano (Caetano Velloso é músico, poeta e escritor, Caetano, só Caetano, é uma bandeira).
Mas, sobretudo, com isso os mercenários advertiram a população: "Não se metam nos nossos negócios, fazemos o que nos dê vantagens". É isso mesmo.
A propósito, nunca se saberá o quanto custa a liberação, que Arthur Lira empurra na Câmara, para 69 cassinos, 6.000 bingos e 300 bicheiros empresariais.
No governo Figueiredo, o lobista que vinha tentar tal liberação era um general americano, reformado para presidir cassino de Las Vegas. Seu representante permanente aqui era o então deputado Amaral Neto, que organizava expedições remuneradas para cassinos nos EUA e no Uruguai.
O lobista de agora é também frequentador sistemático de Brasília, onde esteve pouco antes de aparecer o atual projeto. Só uma notinha, bem discreta, registrou essa estada profícua.
Assim como a defesa de Bolsonaro para entregar as terras indígenas a milícias e ao contrabando, a defesa dos cassinos e da jogatina é mentirosa. O potássio para suprir a falta do produto russo não está na Amazônia, onde é pouco e de difícil extração. Está em Sergipe, Minas e São Paulo.
O jogo clandestino não acabará, porque seus controladores não têm com que construir cassinos reais. E os impostos não resolverão nada: mesmo nas contas oníricas do relator Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco, mal passam de insignificantes R$ 4,5 bi.
No pequeno varejo não é diferente. "Cancún em Angra", onde Bolsonaro tem casa; fim das multas eletrônicas nas estradas, onde Bolsonaro é recordista na Rio-Angra; fim do imposto de importação de jet-ski enfiado em dispensa, também malandra, para "veículos aéreos sem propulsão a motor"; e por aí vai, a exemplo do gasto de R$ 1,5 milhão por dia no cartão de crédito da Presidência, durante férias em dependência militar.
O empresariado influente, que financia coisas como o MBL fundado pelo marginal Arthur do Val, preocupa-se é com o sério Stedile do MST em possível governo petista; e com hipotética relação de Lula e Maduro, ao qual Joe Biden recorre em um espetáculo de cinismo só igualado por ele mesmo, com sua corrida ao Irã.
São muitas as formas de milícias. Com meios e áreas diversos. Mas convergentes no alvo, na conivência e no ganho.
A Guerra da Amazônia
Tudo aconteceu depois do aumento abusivo da gasolina. Ninguém sabe muito bem quem começou a guerra, se foi a Venezuela que invadiu o Brasil ou se foi o Brasil que invadiu a Venezuela. Só sei que as tropas não se encontraram. As venezuelanas entraram via Puerto Ayacucho e as brasileiras via Colômbia. O governo Biden em franca negociação com Maduro ficou em uma situação de neutralidade o que confirmou ainda mais a posição pró-Trump de Bolsonaro e Macron ameaçou mandar tropas para defender a autonomia internacional da Amazônia.
Os venezuelanos ocuparam Tocantins e Manaus enquanto os brasileiros seguiram por Maracaibo até chegar às portas de Caracas. A ideia era conquistar as refinarias venezuelanas. O verão assolador alterava o ânimo das tropas. Os venezuelanos atolados na lama da estrada Belém- Brasilia e os brasileiros acampados às portas de Caracas tentando descobrir pelo waze onde ficavam as refinarias de petróleo.
Quando as tropas se encontraram no meio da floresta confraternizaram e enquanto aguardavam ordens rolou um carteado e uma roda de samba. Os foguetes haviam sido todos lançados e errado os alvos. Algumas crateras se formaram na periferia de Caracas e outras nos gramados de Brasilia. Bolsonaro se refugiou no Palácio da Alvorada e a cada tanto lançava uma live vestido de soldado dizendo que iria resistir até as eleições de outubro de 22.
Maduro fazia o mesmo de Caracas e Biden tentava colocar panos quentes na disputa dizendo também que ia resistir até as próximas eleições.
Bolsonaro mandou importar da Rússia uma mesa gigante para poder encontrar os lideres políticos envolvidos na batalha, que aliás eram poucos. Boric se dedicava aos problemas chilenos e Alberto Fernandes fazia o mesmo na Argentina. Bolsonaro andou usando a mesa gigante para jogar botão com seus filhos enquanto aguardava um movimento suspeito do seu inimigo Maduro. O petróleo no Brasil subia e a Venezuela só ria do problema brasileiro.
Como as tropas já estavam cansadas e praticamente desarmadas Bolsonaro começou a chamá-las de volta. Nada que uma boa fake news não resolvesse. Bastava dizer que foi um treinamento no norte do país e pronto. Se confundiram com as fronteiras, mas já voltaram ao Brasil. Alguns soldados venezuelanos pediram asilo ao Brasil e outros voltaram por Salvador e Recife para curtir uma praia. Nada como uma invasão para conhecer novos lugares.
Com o impasse estabelecido Bolsonaro pediu um novo aumento da gasolina, compreensão aos caminhoneiros e emendas ao congresso. Maduro foi passar férias na Disney a convite de Biden e a imprensa oficial continuava cobrindo o conflito da Ucrânia ignorando completamente a guerra da Amazônia por falta absoluta de imagens chocantes ou emocionantes. A fome habitual dos brasileiros já era matéria manjada e não dava mais audiência.
Os venezuelanos ocuparam Tocantins e Manaus enquanto os brasileiros seguiram por Maracaibo até chegar às portas de Caracas. A ideia era conquistar as refinarias venezuelanas. O verão assolador alterava o ânimo das tropas. Os venezuelanos atolados na lama da estrada Belém- Brasilia e os brasileiros acampados às portas de Caracas tentando descobrir pelo waze onde ficavam as refinarias de petróleo.
Quando as tropas se encontraram no meio da floresta confraternizaram e enquanto aguardavam ordens rolou um carteado e uma roda de samba. Os foguetes haviam sido todos lançados e errado os alvos. Algumas crateras se formaram na periferia de Caracas e outras nos gramados de Brasilia. Bolsonaro se refugiou no Palácio da Alvorada e a cada tanto lançava uma live vestido de soldado dizendo que iria resistir até as eleições de outubro de 22.
Maduro fazia o mesmo de Caracas e Biden tentava colocar panos quentes na disputa dizendo também que ia resistir até as próximas eleições.
Bolsonaro mandou importar da Rússia uma mesa gigante para poder encontrar os lideres políticos envolvidos na batalha, que aliás eram poucos. Boric se dedicava aos problemas chilenos e Alberto Fernandes fazia o mesmo na Argentina. Bolsonaro andou usando a mesa gigante para jogar botão com seus filhos enquanto aguardava um movimento suspeito do seu inimigo Maduro. O petróleo no Brasil subia e a Venezuela só ria do problema brasileiro.
Como as tropas já estavam cansadas e praticamente desarmadas Bolsonaro começou a chamá-las de volta. Nada que uma boa fake news não resolvesse. Bastava dizer que foi um treinamento no norte do país e pronto. Se confundiram com as fronteiras, mas já voltaram ao Brasil. Alguns soldados venezuelanos pediram asilo ao Brasil e outros voltaram por Salvador e Recife para curtir uma praia. Nada como uma invasão para conhecer novos lugares.
Com o impasse estabelecido Bolsonaro pediu um novo aumento da gasolina, compreensão aos caminhoneiros e emendas ao congresso. Maduro foi passar férias na Disney a convite de Biden e a imprensa oficial continuava cobrindo o conflito da Ucrânia ignorando completamente a guerra da Amazônia por falta absoluta de imagens chocantes ou emocionantes. A fome habitual dos brasileiros já era matéria manjada e não dava mais audiência.
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