segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Dinheiro falso
Governos que mentem para o público o tempo todo acabam mais cedo ou mais tarde mentindo para si mesmos e, pior ainda, acreditando nas mentiras que dizem; o resultado é que sempre chegam a uma situação em que não sabem mais fazer a diferença entre o que é verdadeiro e o que é falso. Eis aí onde veio parar o governo da presidente Dilma Rousseff nestes momentos decisivos da campanha eleitoral. Muito pouco do que está dizendo faz nexo – resultado inevitável do hábito, desenvolvido já há doze anos, de navegar com o piloto automático cravado na contrafação dos fatos e na falsificação das realidades.
Entre atender à sua consciência e atender a seus interesses, o governo jogou todas as fichas na segunda alternativa, ao se convencer de que seria muito mais proveitoso tapear o maior número possível de brasileiros com a invenção de virtudes do que ganhar seu apoio com a demonstração de resultados. Não compensa: para que fazer toda essa força se dá para comprar admiração, cartaz e votos com dinheiro falso? Foi o que concluíram, lá atrás, os atuais donos do país. Agora, como viciados em substâncias tóxicas, vivem na dependência da embromação; está muito tarde para mudar, e a única opção é continuar mentindo até o dia das eleições. Sua esperança é que a maioria dos eleitores, como acontece com frequência, ache mais fácil acreditar do que compreender.
Lavagem no churrasco
Um dos réus na ação penal sobre a lavagem de dinheiro do
mensalão junto com o doleiro Alberto Youssef, Meheidin Jenani, vangloriava-se
de assar carneiros para Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil de Lula.
Na campanha eleitoral de 2006, o petista Jorge Lorenzetti,
um dos acusados do escândalo do dossiê dos aloprados, era mais conhecido como
churrasqueiro das festas de Lula.
Ricardo Noblat
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