quarta-feira, 14 de maio de 2014

País gasta mais do que os EUA em eleição


O Brasil é o que mais gasta com campanhas eleitorais no mundo, segundo o juiz Marlon Reis, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, ao comentar reportagem do Globo, mostrando que será usado algo em torno de meio bilhão de reais com campanhas eleitorais este ano. Este dinheiro, afirma Reis, vem de doações de grandes empreiteiras e bancos, que têm interesses no governo, numa “relação espúria” entre as partes.
Com base em um estudo do professor Geraldo Tadeu Monteiro, do Iuperj, Reis mostrou que o país gasta mais, inclusive, que os Estados Unidos, um dos países que têm tradição em realizar caras disputas eleitorais. O estudo aponta que, em 2012, o gasto eleitoral no Brasil em relação ao PIB (2,3 trilhões de dólares) foi de 0,89 de dólar por eleitor, enquanto nos Estados Unidos (com PIB de 16,5 trilhões de dólares) foi de 0,38 de dólar.
Gil Castelo Branco, do site Contas Abertas, diz que, para cada R$ 1 doado para campanhas, as empresas obtêm de volta R$ 8,50 em obras públicas. Para ele, as doações são “promíscuas”. Ele fez um levantamento que indica que as eleições custaram ao país, em quatro anos (de 2010 a 2014), um total de R$ 9,5 bilhões, mais do que será gasto com 45 obras de mobilidade para a Copa.
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Ação mais útil

“Talvez fosse mais útil à sociedade como um todo - no Brasil ou em qualquer outro país - que a pobreza e a desigualdade fossem combatidas através de uma ação conjunta real, que associasse nossas imperfeições de seres humanos às nossas ambições comuns, e que o resultado dessa ação atingisse não somente os alunos que entregam seu dever de casa no dia certo, mas igualmente aqueles bagunceiros, que do fundo da sala ficam jogando bolas de papel no seu professor de inglês que nada pode fazer.”
Trecho do artigo de James Flannery, da BBC Brasil, “Para Inglês Ver: A luta contra a pobreza tem que ser de todos”


Ceia à brasileira


A Cultura no centro do desenvolvimento

Ao largo das últimas décadas, a Unesco aprofundou a idéia de que, em um modelo desejável de desenvolvimento, a Cultura ocupa um lugar central. Não apenas porque é um vetor que fomenta o desenvolvimento, mas também porque é uma referência que orienta o modo como se desenham as sociedades. Qualquer sociedade é um modelo complexo, em que a presença da cultura se encontra, de forma transversal, junto à economia, à política e à religião. Cada um desses elementos pode ser dominante e estruturador dos outros, mas também podemos encontrar distintas formas de articulação nas que não exista a predominância de alguma delas.
Na sociedade contemporânea existe uma tendência a ver o lado econômico como referência,. Não é apenas uma herança de teorias e práticas capitalistas ou marxistas, se converteu em uma evidência que está além da teoria, da interpretação ou da prática, como se qualquer outra perspectiva fosse marginal.
Leia na íntegra, em espanhol, o artigo dos ex-secretários de Cultura Jorge Barreto Xavier (Portugal) e José Maria Lassale (Espanha)