quarta-feira, 18 de junho de 2014

Arte brasileira

Vilarejo com paisagem
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo (1897/1976)

Tudo igual

"Hoje os jornalistas não fazem bem seu trabalho. Falta a eles imaginação e também olfato para saber onde estão as boas histórias. Dependem demasiado dos políticos e os políticos lhe oferecem uma versão manipulada da realidade. Os jornalistas estão aí para ajudar seus leitores a compreender melhor a realidade e não para deixarem-se leva pela propaganda do governo.(...) Hoje todos os jornalistas fazem o mesmo. Estão muito próximos do poder econômico, político ou militar. Não são suficientemente radicais, céticos ou independentes. Precisamos de mais jornalistas que desconfiem do poder"

Gay Talese 

Na falta de política, militares


“O Conselho Sul-Americano de Defesa é o único organismo da Unasul a registrar alguma atividade. Quem o estimula é o Brasil, que pretende isolar sua vizinhança dos Estados Unidos – os antigos reflexos anti-imperialistas do PT” 
Dilma Rousseff mobilizou os soldados brasileiros para blindar as 12 sedes da Copa. Durante a campanha colombiana que culminou na reeleição de Juan Manuel Santos, discutiu-se se a instituição militar estava sendo traída pela paz com a guerrilha. Há um mês, a Assembleia Nacional do Equador autorizou que os militares garantam a ordem pública. Desde 2011 o Exército argentino combate o narcotráfico na fronteira com a Bolívia. Nada que surpreenda colombianos ou mexicanos, acostumados a que essa luta seja um objetivo militar. O fenômeno se generalizou: as Forças Armadas, cujo recolhimento profissional foi decisivo para o processo de democratização, voltam a gravitar na América Latina.
A passagem da ditadura ao Estado de Direito implicou para a maioria dos países erguer um muro entre Segurança e Defesa. Essa delimitação está se tornando cada dia mais imprecisa.