quarta-feira, 18 de junho de 2014

Na falta de política, militares


“O Conselho Sul-Americano de Defesa é o único organismo da Unasul a registrar alguma atividade. Quem o estimula é o Brasil, que pretende isolar sua vizinhança dos Estados Unidos – os antigos reflexos anti-imperialistas do PT” 
Dilma Rousseff mobilizou os soldados brasileiros para blindar as 12 sedes da Copa. Durante a campanha colombiana que culminou na reeleição de Juan Manuel Santos, discutiu-se se a instituição militar estava sendo traída pela paz com a guerrilha. Há um mês, a Assembleia Nacional do Equador autorizou que os militares garantam a ordem pública. Desde 2011 o Exército argentino combate o narcotráfico na fronteira com a Bolívia. Nada que surpreenda colombianos ou mexicanos, acostumados a que essa luta seja um objetivo militar. O fenômeno se generalizou: as Forças Armadas, cujo recolhimento profissional foi decisivo para o processo de democratização, voltam a gravitar na América Latina.
A passagem da ditadura ao Estado de Direito implicou para a maioria dos países erguer um muro entre Segurança e Defesa. Essa delimitação está se tornando cada dia mais imprecisa.



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