“O Conselho Sul-Americano de Defesa é o único organismo da Unasul a registrar alguma atividade. Quem o estimula é o Brasil, que pretende isolar sua vizinhança dos Estados Unidos – os antigos reflexos anti-imperialistas do PT”
Dilma Rousseff mobilizou os soldados brasileiros para
blindar as 12 sedes da Copa. Durante a campanha colombiana que culminou na
reeleição de Juan Manuel Santos, discutiu-se se a instituição militar estava
sendo traída pela paz com a guerrilha. Há um mês, a Assembleia Nacional do
Equador autorizou que os militares garantam a ordem pública. Desde 2011 o
Exército argentino combate o narcotráfico na fronteira com a Bolívia. Nada que
surpreenda colombianos ou mexicanos, acostumados a que essa luta seja um
objetivo militar. O fenômeno se generalizou: as Forças Armadas, cujo
recolhimento profissional foi decisivo para o processo de democratização,
voltam a gravitar na América Latina.
A passagem da ditadura ao Estado de Direito implicou para a
maioria dos países erguer um muro entre Segurança e Defesa. Essa delimitação
está se tornando cada dia mais imprecisa.
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