sábado, 16 de agosto de 2014

O grande dilema

A urna está caçando eleitor ou o eleitor está correndo da urna?

Unidos, sempre, pra rachar

Reunião de rumos de campanha do partido
dentro do Planalto. Esqueceram?
Dilma, a condoída presidente na morte do candidato Eduardo Campos, e o ex Lula, que lamentou a morte do "companheiro e amigo", com quem não falava há mais de seis meses, em dois dias já esqueceram o respeito aos mortos e começaram a tratar de impedir qualquer crescimento do PSB como adversário do PT. 

Para rachar ou minguar a força peessedebista, telefonaram para o vice Amaral, ex-ministro lulista, a fim de dar condolências (sic). O termo pretende esconder a realidade de mais uma tramoia petista para limpar os caminhos da reeleição, uma vez que os dois deveriam dar condolências à família, como amigos que disseram ser do falecido, não ao vice-presidente do partido.

Mais uma mascarada petista que só tem objetivo de fortalecer a caminhada para o continuísmo. 

Um arrastão de desiludidos e indecisos às urnas

Analistas profetizam que esta poderia ser uma das eleições com maior participação
 Um dos primeiros frutos do sacrifício da vida do candidato socialista, Eduardo Campos, poderia ser revitalizar as eleições presidenciais e arrastar às urnas milhões de eleitores indecisos e desiludidos com a política.

Um dia antes da tragédia aérea, a imprensa destacava a “apatia” existente no Brasil em relação às eleições. Um desânimo que pressagiava uma das maiores abstenções na história política do país. As pesquisas previam 40% de votos nulos, brancos e abstenções.

Hoje, ao contrário, analistas políticos profetizam que esta poderia ser uma das eleições com maior comparecimento às urnas.

Às vezes, o destino, quando revestido de tragédia, como foi a morte inesperada de Campos, um personagem descoberto de repente pelos cidadãos como um político que sonhava em produzir uma reviravolta na cansada e desprestigiada política partidária, pode mudar em questão de minutos o destino de um país.

A reeleição e a Petrobras


Voltas que o mundo dá. A presidente Dilma agora acha que a Petrobras deve ser preservada da campanha eleitoral. “Se tem uma coisa que tem que se preservar, porque tem que ter sentido de Estado, sentido de nação e sentido de país, é não misturar eleição com a maior empresa de petróleo do país. Não é correto, não mostra qualquer maturidade."

Quem agora diz isso é a mesma candidata que, a partir de 2009, transformou a partidarização do papel da Petrobras no pré-sal em plataforma de lançamento de sua candidatura à Presidência. É difícil que alguém já tenha se esquecido da sua campanha eleitoral em 2010, saturada por cenas em que a candidata aparecia, em sondas, plataformas e navios, com mãos lambuzadas de petróleo, envergando indefectíveis capacetes e macacões da Petrobras.

O problema é que, desde então, a Petrobras converteu-se em inesgotável poço de temas espinhosos, que a presidente preferiria não ter de tratar na campanha da reeleição. O Planalto tem boas razões para estar preocupado. O potencial de desgaste político é, de fato, grande.