Voltas que o mundo dá. A presidente Dilma agora acha que a
Petrobras deve ser preservada da campanha eleitoral. “Se tem uma coisa que tem
que se preservar, porque tem que ter sentido de Estado, sentido de nação e
sentido de país, é não misturar eleição com a maior empresa de petróleo do
país. Não é correto, não mostra qualquer maturidade."
Quem agora diz isso é a mesma candidata que, a partir de
2009, transformou a partidarização do papel da Petrobras no pré-sal em
plataforma de lançamento de sua candidatura à Presidência. É difícil que alguém
já tenha se esquecido da sua campanha eleitoral em 2010, saturada por cenas em
que a candidata aparecia, em sondas, plataformas e navios, com mãos lambuzadas
de petróleo, envergando indefectíveis capacetes e macacões da Petrobras.
O problema é que, desde então, a Petrobras converteu-se em
inesgotável poço de temas espinhosos, que a presidente preferiria não ter de
tratar na campanha da reeleição. O Planalto tem boas razões para estar
preocupado. O potencial de desgaste político é, de fato, grande.
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