quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Chega de lixo


Só eles podem

Emilio Botin, banqueiro espanhol, e Lula
Que o PT sempre teve duas caras, ninguém desconhece. Sempre foi um partido jeitoso no tratamento aos pobres, enquanto acariciava os ricos. Afinal os petistas também têm família para sustentar e são milhares a mamar nas tetas republicanas, em todos os níveis. Mas isso renegam de mãos postas e de joelhos, pois são crentes de que fazem tudo certinho. E quase mesmo fazem, se não fosse o crime uma imperfeição.

Na recente campanha, dando uma de santinhos, estão colando a pecha de “amiga dos banqueiros” em Marina Silva, quando nunca os banqueiros lucraram tanto quanto nos governos petistas. Isso sem esquecer de certos bancos que colaboraram no esquema do mensalão.

Mas como mentira tem perna curta eis aí a nota de pesar do ex Lula ao presidente do banco Santander, morto ontem, em Madri, aos 79 anos. É uma clara demonstração de como são excelentes e amigáveis as relações petistas com os bancos. Também revela como Lula foi auxiliado por banqueiro em suas campanhas.
"Fomos surpreendidos nesta manhã com a triste notícia da morte do nosso amigo Emilio Botín. Lamentamos essa grande perda e nos solidarizamos com toda a família.É inesquecível para nós o seu gesto, ainda em 2002, quando em meio a uma grave crise econômica, ele fez questão de mostrar sua confiança no futuro do Brasil e no povo brasileiro. Além de renomado líder empresarial, Botín sempre valorizou a democracia e as boas relações entre os países. Nesse momento de dor, enviamos nosso abraço para a família, amigos e colaboradores de Emilio Botín.Dona Marisa Letícia e Luiz Inácio Lula da Silva"

A mesma cara de sempre


Quem conhece o petismo e convive há quatro anos sob o jugo da cafajestada bem sabe que o discurso de grandiosidade é o mesmo. Não se faz nada, mas se propala a sensação de que está tudo feito e caminhando para melhorar ainda mais.

Os clichês adotados na campanha de Dilma, às vezes em um só discurso da presidente, levam a marca indiscutível de Made in PT. São sempre os mesmos como um carimbo no talonário do jogo do bicho. Só que não vale o que está escrito. É mais um engodo institucionalizado pelo partido.

Na recente campanha, os discursos repetem a mesma lenga-lenga do que foi aplicado, por exemplo, em Maricá, hoje um feudo petista que é um 3x4 do Brasil.

Dilma se proclamou contra a "mentira" e a "desinformação". Quem vive numa pequena cidade vermelha de ódio pela cretinice imperante, já viu discurso igual, nem se arrepia. Sabe que tudo isso é apenas blá-blá-blá. Ainda se partir do cacique local do petismo, especialista em falar muito e nada dizer.   

Lula, grande cabo eleitoral de volta, quando a situação está periclitante, conclamou que a candidata "vai fazer os pobres subirem mais dois degraus na escala social", porque “o que vamos fazer no país apenas começou”. Nem começou, pois os níveis propalados de pobreza continuam altos e há muita maquiagem nos dados, publicados apenas os que interessam. Fala idêntica a de seu pupilo municipal, que proclama o fim do problema de habitação com programas Minha Casa, Minha Vida sequer entregues, mas enfurnados em áreas alagadas dos cafundós do Judas, sem água e esgoto, é claro. Em resumo, aos pobres a bosta como dádiva.

Em Maricá, também fazem a limpa nos cofres públicos para pagar shows, propaganda caríssimas na mídia, para anunciar que os pobres não mais existem no município, onde não há água, saneamento básico, atendimento de saúde, segurança e educação. Mas a publicidade oficial conclama que "O Havaí é em Maricá", reportagem a peso de ouro em jornalão da capital.

É essa balela aqui e lá. Quando Lula fala em fazer "essa mulher ser presidente por mais quatro anos, para fazer o país crescer mais, gerar mais emprego, mais salário", é o mesmo que o prefeitinho Quaquá prenuncia para a sua consorte, ex-funcionária do baixo escalão do partido, hoje pela segunda vez candidata à Alerj. Será a mãe dos pobres municipais, a educadora, o amparo da saúde, que não há nem está na lista da sua revistinha sobre um futuro trabalho na Câmara estadual.

Enfim chove no Planalto como em todo curral petista a mesma balela.


O governo acabou

 
Mantega sustentou a vaidade de ser recordista no comando da Fazenda. Agora, Dilma deseja que ele fique 112 dias arrastando correntes na Esplanada dos Ministérios

Governos têm prazo de validade constitucional. A presidência Dilma Rousseff tem mais 112 dias de duração, a partir de hoje. A novidade é que, daqui para a frente, ela pretende administrar o país com 39 ex-ministros.

Dilma, virtualmente, anunciou o fim do seu governo na semana passada, quando subtraiu do poder quem está ministro. “Alguns poderão ficar, outros eu irei trocar” — confirmou no domingo, em entrevista numa varanda do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Leia mais o artigo de José Casado