Quem conhece o petismo e convive há quatro anos sob o jugo da
cafajestada bem sabe que o discurso de grandiosidade é o mesmo. Não se faz
nada, mas se propala a sensação de que está tudo feito e caminhando para
melhorar ainda mais.
Os clichês adotados na campanha de Dilma, às vezes em um só
discurso da presidente, levam a marca indiscutível de Made in PT. São sempre os
mesmos como um carimbo no talonário do jogo do bicho. Só que não vale o que
está escrito. É mais um engodo institucionalizado pelo partido.
Na recente campanha, os discursos repetem a mesma lenga-lenga do
que foi aplicado, por exemplo, em Maricá, hoje um feudo petista que é um 3x4 do
Brasil.
Dilma se proclamou contra a "mentira" e a
"desinformação". Quem vive numa pequena cidade vermelha de ódio pela
cretinice imperante, já viu discurso igual, nem se arrepia. Sabe que tudo isso
é apenas blá-blá-blá. Ainda se partir do cacique local do petismo, especialista
em falar muito e nada dizer.
Lula, grande cabo eleitoral de volta, quando a situação está
periclitante, conclamou que a candidata "vai fazer os pobres subirem mais
dois degraus na escala social", porque “o que vamos fazer no país apenas
começou”. Nem começou, pois os níveis propalados de pobreza continuam altos e
há muita maquiagem nos dados, publicados apenas os que interessam. Fala
idêntica a de seu pupilo municipal, que proclama o fim do problema de habitação
com programas Minha Casa, Minha Vida sequer entregues, mas enfurnados em áreas
alagadas dos cafundós do Judas, sem água e esgoto, é claro. Em resumo, aos
pobres a bosta como dádiva.
Em Maricá, também fazem a limpa nos cofres públicos para pagar
shows, propaganda caríssimas na mídia, para anunciar que os pobres não mais
existem no município, onde não há água, saneamento básico, atendimento de
saúde, segurança e educação. Mas a publicidade oficial conclama que "O
Havaí é em Maricá", reportagem a peso de ouro em jornalão da capital.
É essa balela aqui e lá. Quando Lula fala em fazer "essa
mulher ser presidente por mais quatro anos, para fazer o país crescer mais,
gerar mais emprego, mais salário", é o mesmo que o prefeitinho Quaquá
prenuncia para a sua consorte, ex-funcionária do baixo escalão do partido, hoje
pela segunda vez candidata à Alerj. Será a mãe dos pobres municipais, a
educadora, o amparo da saúde, que não há nem está na lista da sua revistinha
sobre um futuro trabalho na Câmara estadual.
Enfim chove no Planalto como em todo curral petista a mesma
balela.
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