quinta-feira, 17 de setembro de 2015
PT 'curtiu demais o poder', segundo livro de britânicas
O Partido dos Trabalhadores está tão desgastado que perdeu todas as chances de vencer as eleições de 2018. Tal diagnóstico não vem de adversários da legenda no Brasil, mas de duas experientes observadoras britânicas do cenário político brasileiro.
No livro "Brazil Under the Workers' Party: From Euphoria to Despair" ("Brasil sob o PT: da Euforia ao Desespero", em tradução livre), publicado pelo Latin American Bureau no início do mês, as jornalistas Sue Branford e Jan Rocha traçam um retrato desalentador do partido, a quem acusam de ter se preocupado em demasia com sua permanência no poder.
Branford, durante anos especialista da BBC em assuntos latino-americanos, argumenta que uma derrota eleitoral em três anos pode ser uma "bênção disfarçada" para o PT, uma chance de o partido repensar seus rumos e se reconectar com suas raízes ideológicas, uma tarefa nada fácil.
"Entrevistamos membros fundadores do PT e eles mesmos expressaram dúvidas sobre a capacidade de recuperação do partido. Essa crise é séria não apenas para o PT, mas para a esquerda brasileira", avalia a britânica.
Ela e Rocha, colaboradora da BBC e do jornal The Guardian no Brasil, são contundentes na análise da ascensão do PT ao poder. Embora definam como necessário o jogo de alianças com partidos ideologicamente opostos, as britânicas criticam a direção escolhida após o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
"O PT no primeiro mandato de Lula foi imenso, especialmente no que diz respeito à redução dos níveis de pobreza no Brasil", diz Rocha. "Mas o partido acabou simplesmente curtindo demais o poder, o que é até compreensível para quem jamais o tinha ocupado."
Lula recebe atenção especial de Branford e Rocha na análise do que "deu errado". Se elogiam a transformação do ex-presidente - de figura temida pelas elites a estadista -, as jornalistas revelam decepção com sua atuação na articulação política.
"O PT tinha um problema grave para governar. Era um partido minoritário que precisava ter controle do Legislativo em um sistema político altamente corrupto", analisa Branford. "O compromisso era necessário, mas o PT também tinha a chance de continuar lutando por mudanças, sobretudo usando os movimentos sociais, para enfrentar problemas também como a corrupção. Mas terminou negando suas origens".
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Nova CPMF reforça sistema tributário que penaliza os mais pobres
O mesmo princípio pode ser aplicado no resgate da CPMF proposta nesta segunda-feira pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). Ela deve incidir diretamente sobre todas as movimentações financeiras por via bancária, como em saques em dinheiro e pagamento de cartão, por exemplo. Dessa forma, se os dois pais comprarem pela internet através do cartão essa bola ou qualquer produto terão um desconto de 0,2%, se a proposta for aprovada. Nesse caso, o peso para o pai da classe A será muito menor do que para o pai da classe C. “Não há dúvidas de que a classe mais baixa sofre mais com esses impostos indiretos e que são regressivos. No caso dos impostos da bola, por exemplo, o pai mais pobre acabou pagando proporcionalmente 25 vezes mais que o outro”, explica Olenike. O exemplo é hipotético, mas pode se fazer o mesmo paralelo para outros bens que consumidores de faixas de renda diferente forem comprar: um refrigerante, a carne, a roupa...
Para Olenike, falar em um aumento de impostos sobre a renda é mais justo que cogitar subir as taxas que incidem sobre a produção e comercialização de produtos —que são repassados aos consumidores— ou em movimentações financeiras. “Como nos impostos indiretos não há distinção entre classes e todos pagam o mesmo, a parcela mais pobre da população acaba pagando, proporcionalmente, mais taxas tributárias”, explica.Isso acontece em grande medida porque o Brasil possui um volume alto de impostos indiretos, que estão embutidos nos produtos e serviços e são cobrados de forma igual para todos. Por outro lado, os brasileiros pagam menos impostos sobre a renda que a média dos países da OCDE. Esse argumento serviu de justificativa para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sugerir na semana passada, o aumento na cobrança deste tributo para contribuintes de faixas de renda mais altas, como uma saída para equilibrar as contas públicas do Governo. Mas acabou não tocando no assunto no anúncio de segunda-feira.
Crise? Que crise?
Além de consolidar o fundo partidário, que só em 2015 vai transferir cerca de R$ 1 bilhão do Tesouro Nacional para os partidos políticos, os deputados aprovaram, na reforma política, outras novidades marotas.
Pelo projeto aprovado, os dirigentes partidários – mesmo sem mandato – podem gastar à vontade o Fundo bilionário, do aluguel de jatinhos a marqueteiros, inclusive para pagar despesas de bares, jantares, etc.
Do jeito que está, o PT não sobreviverá a Lula e a Dilma
Não é só o governo que definha sem saber como enfrentar as crises que afligem o país e sem autoridade política para impor eventuais soluções.
O PT definha tanto ou mais. E isso é mais grave para o partido do que o simples esgotamento do governo que ajudou a eleger, e onde detém uma dezena de ministérios.
Governos passam. Em um país com larga experiência democrática, os partidos ficam. Ou se transformam.
O PT foi um sucesso antes de acelerar ladeira abaixo. Nenhum partido entre nós governou mais de 12 anos seguidos como ele.
Começou a cair quando preferiu negar o inegável – que escolhera a corrupção como meio para governar.
Até hoje, Lula, o criador do PT e seu principal líder, se recusa a admitir que o mensalão existiu.
Pediu desculpas por ele na televisão. Afirmou que fora traído pelos que o inventaram. Nunca deu o nome dos traidores.
A queda acelerada do PT coincidiu com o ano da reeleição de Dilma.
A descoberta da roubalheira na Petrobras mostrou que o PT jamais abriu mão da corrupção como meio de governar.
Para escapar da suspeita de que roubara ou deixara que roubassem, Dilma jogou no colo de Lula a compra explosiva da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Foi o recomeço do pesadelo do PT que parece ainda longe do fim.
Dilma traiu um projeto de poder compartilhado por ela e que a beneficiou pessoalmente.
Nada tem de pura como faz questão de parecer. Apenas largou de mão os companheiros quando a lama ameaçou afoga-la.
O que será do PT depois que Dilma e Lula submergirem?
Existirá Justiça capaz de punir dois ex-presidentes e poupar um partido que foi comprovadamente financiado por dinheiro sujo?
O PT definha tanto ou mais. E isso é mais grave para o partido do que o simples esgotamento do governo que ajudou a eleger, e onde detém uma dezena de ministérios.
Governos passam. Em um país com larga experiência democrática, os partidos ficam. Ou se transformam.
O PT foi um sucesso antes de acelerar ladeira abaixo. Nenhum partido entre nós governou mais de 12 anos seguidos como ele.
Até hoje, Lula, o criador do PT e seu principal líder, se recusa a admitir que o mensalão existiu.
Pediu desculpas por ele na televisão. Afirmou que fora traído pelos que o inventaram. Nunca deu o nome dos traidores.
A queda acelerada do PT coincidiu com o ano da reeleição de Dilma.
A descoberta da roubalheira na Petrobras mostrou que o PT jamais abriu mão da corrupção como meio de governar.
Para escapar da suspeita de que roubara ou deixara que roubassem, Dilma jogou no colo de Lula a compra explosiva da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Foi o recomeço do pesadelo do PT que parece ainda longe do fim.
Dilma traiu um projeto de poder compartilhado por ela e que a beneficiou pessoalmente.
Nada tem de pura como faz questão de parecer. Apenas largou de mão os companheiros quando a lama ameaçou afoga-la.
O que será do PT depois que Dilma e Lula submergirem?
Existirá Justiça capaz de punir dois ex-presidentes e poupar um partido que foi comprovadamente financiado por dinheiro sujo?
Não será fácil ajuda alguém que arrasou a própria casa
Há dias (escrevo estas linhas enquanto aguardo a notícia dos cortes pela televisão), em entrevista ao “Valor Econômico”, a presidente Dilma, referindo-se à chance do encaminhamento da sua renúncia ao Congresso, em sua linguagem indecifrável, foi taxativa: “Não saio daqui, não faço essa renúncia. Não devo nada, não fiz nada errado”.
Sem entrar no mérito da sua afirmação, é muito provável que a presidente tenha se referido, ao falar em tom de irritada soberba contra os poucos que querem derrubá-la a qualquer preço, ao responsável pela sua existência. Na realidade, Lula, retrato mais do que fiel do astucioso, embora se considere um dos “çábios” deste século, foi o maior responsável pela sua eleição. Mesmo assim, nunca pensou na criatura, somente nele e na sua volta triunfal à Presidência da República.
A propósito, astucioso é aquele que revela astúcia. Astúcia, por sua vez, é habilidade em enganar, lábia, manha, artimanha, ardil. São atributos, infelizmente, de muitos políticos do Brasil atual, mas ao ex-presidente Lula o adjetivo se encaixa como uma luva. O que disse sobre a perda do grau de investimento do nosso país, em relação ao que disse em 2008 sobre o mesmo assunto, é outra prova do que digo.
Entrando no mérito, porém, é preciso reconhecer, por dever de justiça, que da parte da presidente houve decisiva contribuição para tornar ainda piores as coisas no país, tanto na economia quanto na política. E desse julgamento ela não ficará livre nem hoje, nem amanhã.
Na semana passada, depois de dizer que Sandra Starling criticou Lula no prefácio do livro “Sacerdotes da Revolução”, de Tilden Santiago, Ancelmo Gois (“O Globo”) realçou este trecho: “Enveredamos pelo endeusamento de um líder autêntico, porém medíocre, da classe operária… E criamos um caudilho. E aceitamos – aos poucos fomos aceitando – que ele mandasse no partido que nós criamos”.
No dia seguinte, o mesmo Ancelmo, na mesma coluna, referindo-se mais uma vez à ex-deputada pelo PT, disse que Sandra engrossa a Ordem dos Petistas Arrependidos (OPA) e publica charge de mais 12 saudosos integrantes da nova ordem, a saber, em pé, Fernando Gabeira, Marina Silva, Chico Alencar, Vladimir Palmeira, Heloísa Helena e Eduardo Jorge; e agachados, Francisco Welffort, Hélio Bicudo, Marta Suplicy, Luciana Genro, Cristovam Buarque e Luiza Erundina.
Sandra só revelou, no prefácio do livro de Tilden, o que muitos petistas, que deixaram o partido ou ainda estão sofrendo com o que parte da cúpula fez dele (com Lula à frente), gostariam de revelar.
Sem entrar no mérito da sua afirmação, é muito provável que a presidente tenha se referido, ao falar em tom de irritada soberba contra os poucos que querem derrubá-la a qualquer preço, ao responsável pela sua existência. Na realidade, Lula, retrato mais do que fiel do astucioso, embora se considere um dos “çábios” deste século, foi o maior responsável pela sua eleição. Mesmo assim, nunca pensou na criatura, somente nele e na sua volta triunfal à Presidência da República.
A propósito, astucioso é aquele que revela astúcia. Astúcia, por sua vez, é habilidade em enganar, lábia, manha, artimanha, ardil. São atributos, infelizmente, de muitos políticos do Brasil atual, mas ao ex-presidente Lula o adjetivo se encaixa como uma luva. O que disse sobre a perda do grau de investimento do nosso país, em relação ao que disse em 2008 sobre o mesmo assunto, é outra prova do que digo.
Entrando no mérito, porém, é preciso reconhecer, por dever de justiça, que da parte da presidente houve decisiva contribuição para tornar ainda piores as coisas no país, tanto na economia quanto na política. E desse julgamento ela não ficará livre nem hoje, nem amanhã.
Na semana passada, depois de dizer que Sandra Starling criticou Lula no prefácio do livro “Sacerdotes da Revolução”, de Tilden Santiago, Ancelmo Gois (“O Globo”) realçou este trecho: “Enveredamos pelo endeusamento de um líder autêntico, porém medíocre, da classe operária… E criamos um caudilho. E aceitamos – aos poucos fomos aceitando – que ele mandasse no partido que nós criamos”.
No dia seguinte, o mesmo Ancelmo, na mesma coluna, referindo-se mais uma vez à ex-deputada pelo PT, disse que Sandra engrossa a Ordem dos Petistas Arrependidos (OPA) e publica charge de mais 12 saudosos integrantes da nova ordem, a saber, em pé, Fernando Gabeira, Marina Silva, Chico Alencar, Vladimir Palmeira, Heloísa Helena e Eduardo Jorge; e agachados, Francisco Welffort, Hélio Bicudo, Marta Suplicy, Luciana Genro, Cristovam Buarque e Luiza Erundina.
Sandra só revelou, no prefácio do livro de Tilden, o que muitos petistas, que deixaram o partido ou ainda estão sofrendo com o que parte da cúpula fez dele (com Lula à frente), gostariam de revelar.
Tudo isso aconteceu na segunda-feira. Hoje, diante do corte fajuto, teria pouco a dizer, a não ser isto: não será fácil ajudar alguém que, por sua conta, arrasou a própria casa. Que Deus a ajude!
9% para a caixinha de 2016
Os 8% da CPMF, propostos por Dilma, estão fazendo os prefeitos, principalmente petistas, baterem palminhas. É um caixa extra para as eleições de 2016 com a queda na boquinha dos royalties nos municípios que aproveitam o dinheiro do petróleo para fazer presepadas eleitoreiras.
Um dos que estão rindo à toa com a vinda do extra é Washington Quaquá, de Maricá, presidente regional do partido.
Por sinal, não há crise no município. Tanto que Quaquá seguiu para mais uma turnê à China, com secretário a tiracolo. Pela segunda vez, em um ano, às custas do dinheiro público e aval da Câmara, vai captar recursos em yuans para desenvolver um município entregue aos ratos, ratazanas e outros roedores dos cofres públicos.
Se da primeira vez, com a China nas alturas, ficou a ver navios, parece que não será dessa vez que conseguirá. É mais um negócio da China de olho em 2016 para maricaense ver.
A ciclista da cretinice
Dilma "Pedaladas" enfim fez uma boa ação. Talvez a única no governo. Interrompeu a pelada matinal para acompanhar um ciclista que se acidentou ao desviar de um cachorro. Prestou solidariedade, para efeitos de marketing, que nunca demonstrou com os brasileiros.
A ciclista Dilma mostra continuamente que só vive bem entre os "seus" ou "nossos". Detesta gente do contra. Faz até lembrar aquele presidente da ditadura que preferia o cheiro dos cavalos ao do povo.
Talvez, quem sabe, mais tarde repita a famosa frase: "Me esqueçam!"
Nem precisa pedir. Será ovacionada com um "Hasta la vista, baby!"
Mais do mesmo
A melhor definição do modus operandi dos governos nacionais foi dada por um caro amigo: “-Qualquer um que assuma fica falando mal do outro. E quando promove a limpeza anunciada, utiliza a sobra do esgoto encontrado para ‘esfregar’ a área que pretende usar. Daí, cada qual acresce o volume com o seu próprio esgoto e os detritos ficam eternamente se acumulando”.
Foi isso, por exemplo, o que o governo petista fez com a gestão anterior, comandada por FHC, nosso queridíssimo “Boca de Tuba”. Lula da Silva, o Lularápio, que além do alcoolismo desvairado sempre teve vocação para a mentira e o roubo, ampliou os gastos do cartão corporativo (criado por FHC), embarcou na canoa da reeleição que dizia abominar (implantada por FHC), ampliou as bolsas sociais (cria de FHC) e multiplicou a roubalheira na Petrobras, além de outras “providências”.
A maioria dos homens públicos no nosso país se encontra no palco apenas para confundir e faturar. São prestidigitadores, palavra que o Aurélio define como “Artista que, pela ligeireza do movimento das mãos, faz deslocar ou desaparecer objetos, iludindo a vigilância do espectador de maneira que parece inexplicável”. Pois é isso o que a maioria de nossos “administradores” faz. Eles cumprem a tarefa com louvor.
Os cartões corporativos, nos primeiros sete meses deste ano, levaram mais de 34 milhões de reais. Esta é uma forma de abuso difícil de ser levantada e responsabilizada, pois, com relação à Presidência da República, mais de 11 milhões desses gastos foram colocados sob sigilo, impedindo qualquer esclarecimento das despesas efetuadas. O distinto público paga e gente como a incompetente Dilma gasta.
O maior assaltante dos cofres públicos, já flagrado no nosso país, o Lularápio, que manda e desmanda nessa administração federal desmoralizada e repleta de ladrões, praticamente acabou com o BNDES, financiando portos, metrô, hidrelétrica, rodovias e outras “bondades” em países que nada têm a ver com o Brasil. Em qualquer país sério, o ex-presidente já estaria na cadeia. Mas os seus cúmplices querem mais impostos.
Vejam só: sua ex-excelência mandou, para o Uruguai, quase três bilhões de dólares. A Venezuela abocanhou US$ 1,5 bi, para um metrô. O Porto de Mariel, em Cuba, sangrou US$ 2,5 bi dos impostos pagos pelos idiotas brasileiros. Já a hidrelétrica na Nicarágua engoliu US$ 2,3 bilhões. Uma rodovia para o escoamento de cocaína, na Bolívia, abarcou US$ 353 mi! Por que o nosso dinheiro vai para o exterior?
Sem falar na compra fraudulenta da refinaria de Pasadena, somente para encher os bolsos de Lularápio e de sua quadrilha, contabilizando quase um bilhão e 200 milhões de dólares, além da doação de US$ 2, 3 bi a países africanos (sabe-se lá quanto rendeu de comissão). O roubo é grande! Mas a nossa presidAnta quer aumentar impostos, colocando Joaquim Levy com cara de cretino para nos convencer.
Quando senador, FHC transformou seu gabinete numa espécie de motel, sendo conhecido como o reprodutor da Casa, o senador pavão, a descomunal vaidade. O ego inflado que obstaculiza inclusive a fala, cheia de ar por todos os lados É o ser mais flatulento que se conhece!
O Brasil é isso, dependente dessa canalha imunda, caminhando para convulsão social sem limites. Retira-se um lixo, coloca-se outro. O esgoto apenas se acumula.
Depois dos frangalhos, a dissolução
Pudesse a nação exprimir-se por uma só voz e um grito de repúdio seria ouvido no Brasil inteiro: “NÃO!” Para demonstrar que toda regra tem exceção, das principais corporações nacionais, a concordância com o pacote de maldades do governo Dilma veio da Febraban, a federação dos bancos. Fora dela, Congresso, Judiciário, empresariado, sindicatos, funcionalismo, universidades, classe média, ricos, pobres e até a torcida do Flamengo rejeitaram as medidas de contenção anunciadas segunda-feira pelos ministros da Fazenda e do Planejamento.
Cada categoria só sai menos prejudicada do que o conjunto, sem a contrapartida de que, assim, sairemos do fundo do poço. Aumentam-se os impostos. Desmantelam-se os programas sociais que Madame jurou não seriam atingidos. Interrompem-se as obras do Programa de Aceleração do Crescimento. Fragilizam-se as estruturas do poder público com a suspensão dos concursos e do preenchimento de vagas na administração federal.
Proíbem-se reajustes salariais e eliminam-se abonos para quantos continuam trabalhando depois de conquistado o direito à aposentadoria. Eliminam-se recursos de custeio da máquina do Estado. Cortam-se incentivos para educação e saúde, assim como para a subvenção de preços agrícolas. E muito mais que a empolada linguagem oficial não conseguiu traduzir ou explicar, certamente por vergonha da própria incompetência. O máximo da fragilidade dos donos do poder exprimiu-se na sugestão da volta da CPMF, fatal para todo mundo.
Como a maioria dessas propostas dependerá de projeto de lei ou de emenda constitucional, a conclusão é de que o Congresso deverá rejeitá-las, ou seja, nenhuma solução.
Resta ao governo pedir para sair, abrindo as portas para a maior dúvida de agora: colocar o quê ou quem no lugar? Entregar a administração aos bancos não vai dar, tendo em vista que o principal artífice desse fracasso antecipado é um de seus maiores representantes. Substituir Dilma Rousseff por Michel Temer equivale a trocar seis por meia dúzia. Imaginar um surto de arrependimento no PT redundará em nada, porque mesmo ficando contra as medidas anunciadas, os companheiros carecem de planos alternativos.
Nem o Lula sabe o que fazer. Pretender que o PMDB se una ao PSDB para construir opções nem sequer consistirá em novidade, já que faltam-lhes pessoas, ideias e ânimo. Numa palavra, o governo acaba de passar em si mesmo monumental atestado de inoperância. Do palácio do Planalto e da Esplanada dos ministérios não sairá nada em termos de recuperação do país. Se antes estávamos postos em frangalhos, aproxima-se hoje a dissolução, quer dizer, a sombra da desobediência civil. Não pagar impostos por impossibilidade financeira será a ante-sala da inadimplência por convicção.
Cada categoria só sai menos prejudicada do que o conjunto, sem a contrapartida de que, assim, sairemos do fundo do poço. Aumentam-se os impostos. Desmantelam-se os programas sociais que Madame jurou não seriam atingidos. Interrompem-se as obras do Programa de Aceleração do Crescimento. Fragilizam-se as estruturas do poder público com a suspensão dos concursos e do preenchimento de vagas na administração federal.
Proíbem-se reajustes salariais e eliminam-se abonos para quantos continuam trabalhando depois de conquistado o direito à aposentadoria. Eliminam-se recursos de custeio da máquina do Estado. Cortam-se incentivos para educação e saúde, assim como para a subvenção de preços agrícolas. E muito mais que a empolada linguagem oficial não conseguiu traduzir ou explicar, certamente por vergonha da própria incompetência. O máximo da fragilidade dos donos do poder exprimiu-se na sugestão da volta da CPMF, fatal para todo mundo.
Como a maioria dessas propostas dependerá de projeto de lei ou de emenda constitucional, a conclusão é de que o Congresso deverá rejeitá-las, ou seja, nenhuma solução.
Resta ao governo pedir para sair, abrindo as portas para a maior dúvida de agora: colocar o quê ou quem no lugar? Entregar a administração aos bancos não vai dar, tendo em vista que o principal artífice desse fracasso antecipado é um de seus maiores representantes. Substituir Dilma Rousseff por Michel Temer equivale a trocar seis por meia dúzia. Imaginar um surto de arrependimento no PT redundará em nada, porque mesmo ficando contra as medidas anunciadas, os companheiros carecem de planos alternativos.
Nem o Lula sabe o que fazer. Pretender que o PMDB se una ao PSDB para construir opções nem sequer consistirá em novidade, já que faltam-lhes pessoas, ideias e ânimo. Numa palavra, o governo acaba de passar em si mesmo monumental atestado de inoperância. Do palácio do Planalto e da Esplanada dos ministérios não sairá nada em termos de recuperação do país. Se antes estávamos postos em frangalhos, aproxima-se hoje a dissolução, quer dizer, a sombra da desobediência civil. Não pagar impostos por impossibilidade financeira será a ante-sala da inadimplência por convicção.
Censor tem nome: Facebook
A empresa de Mark Zuckerberg, o queridinho de Dilma, em sua viagem aos Estados Unidos, tanto que anunciou um projeto de inclusão digital (?) junto ao governo petista, agora é censor no Brasil da democracia petista. A charge de Hubert ficou fora do ar por 24 horas.
Zuck não gostou de tratarem tão mal sua fã.
Dança das cadeiras
Não chega a ser novidade jornalistas em começo de carreira ocuparem editorias variadas. Aliás, todos consideram ótimo para acrescentar vivência e repertório. Porém, com o passar do tempo, muitos tendem a se especializar em determinados nichos, acrescentando a tradicional qualidade no domínio do jargão e na ampliação das fontes. Como efeito colateral, criam vícios de linguagem. Isso quando não passam a ver a vida apenas sobre seus ângulos prediletos.
Pensando em prevenir a estagnação de sua equipe, o jovem e idealista editor chefe propôs uma espécie de “dança das cadeiras” em seu periódico. Uma vez por semana, de forma lúdica (há quem adore este termo), os jornalistas circulam pela sala ao som de uma música. Quando ela para, ocupam a cadeira mais próxima, incumbidos de cumprir a tarefa do colega que ali trabalha. O resultado? Bom, pode ser medido pelo desempenho do Adolfo Jr. Neto, editor de esportes, para o qual coube falar de economia: Câmbio.
É desastroso o desempenho da nossa moeda no cenário internacional. Estamos levando muitas bolas nas costas e vendo Dólar e Euro dispararem sem esboçar reação.
Uns culpam o flanco esquerdo. Acusam a sua fragilidade política de estar enfraquecendo a economia. Outros, apontam as falhas do lado direito: seus ataques inconsequentes (e aparentemente inócuos) mais desguarnecem nossa moeda do que intimidam as demais. Terceiros responsabilizam o setor de articulação: não estaria conseguindo compactar nem o discurso, nem o meio de campo.
Há quem diga ser tudo culpa do técnico – ele fora escolhido pela presidência em desacordo com sua base de sustentação por ser do tipo ortodoxo, frio, moralizador. Pessoalmente, acho complicado colocar tudo em suas costas (mesmo que sejam largas): ele opera com o que a economia tem em campo. E, convenhamos, será difícil fazer forças díspares atuarem com coesão.
Outra questão premente: em que momento lançar mão de reservas? Com o certame assim desfavorável, o medo é queimar reservas sem a menor garantia de reversão de escore. E a regra é clara: o banco não é fonte inesgotável de ativos.
Para piorar, nem mesmo a torcida é voz harmônica neste instante. A ala dos exportadores considera ótimo o momento para vender. A facção dos que necessitam compor com insumos vindos de fora esbraveja e vaia. Tem os que acreditam no “quanto pior, melhor”, mirando o enfraquecimento da diretoria; e os que, fiéis, apostam na recuperação com ajuda divina.
É, minha gente, a coisa não anda fácil no campo da economia e o cronômetro não está do nosso lado. A solução virá de uma retranca ou de um esquema mais audacioso? Usaremos reservas para virar este jogo? Cai a presidência, troca o técnico ou a moeda reanima-se sem grandes alterações? Esperaremos um tropeço do Euro, um vacilo do Dólar?
Tudo pode acontecer antes do apito final. Só não vale virar casaca.
Pensando em prevenir a estagnação de sua equipe, o jovem e idealista editor chefe propôs uma espécie de “dança das cadeiras” em seu periódico. Uma vez por semana, de forma lúdica (há quem adore este termo), os jornalistas circulam pela sala ao som de uma música. Quando ela para, ocupam a cadeira mais próxima, incumbidos de cumprir a tarefa do colega que ali trabalha. O resultado? Bom, pode ser medido pelo desempenho do Adolfo Jr. Neto, editor de esportes, para o qual coube falar de economia: Câmbio.
É desastroso o desempenho da nossa moeda no cenário internacional. Estamos levando muitas bolas nas costas e vendo Dólar e Euro dispararem sem esboçar reação.
Uns culpam o flanco esquerdo. Acusam a sua fragilidade política de estar enfraquecendo a economia. Outros, apontam as falhas do lado direito: seus ataques inconsequentes (e aparentemente inócuos) mais desguarnecem nossa moeda do que intimidam as demais. Terceiros responsabilizam o setor de articulação: não estaria conseguindo compactar nem o discurso, nem o meio de campo.
Há quem diga ser tudo culpa do técnico – ele fora escolhido pela presidência em desacordo com sua base de sustentação por ser do tipo ortodoxo, frio, moralizador. Pessoalmente, acho complicado colocar tudo em suas costas (mesmo que sejam largas): ele opera com o que a economia tem em campo. E, convenhamos, será difícil fazer forças díspares atuarem com coesão.
Outra questão premente: em que momento lançar mão de reservas? Com o certame assim desfavorável, o medo é queimar reservas sem a menor garantia de reversão de escore. E a regra é clara: o banco não é fonte inesgotável de ativos.
Para piorar, nem mesmo a torcida é voz harmônica neste instante. A ala dos exportadores considera ótimo o momento para vender. A facção dos que necessitam compor com insumos vindos de fora esbraveja e vaia. Tem os que acreditam no “quanto pior, melhor”, mirando o enfraquecimento da diretoria; e os que, fiéis, apostam na recuperação com ajuda divina.
É, minha gente, a coisa não anda fácil no campo da economia e o cronômetro não está do nosso lado. A solução virá de uma retranca ou de um esquema mais audacioso? Usaremos reservas para virar este jogo? Cai a presidência, troca o técnico ou a moeda reanima-se sem grandes alterações? Esperaremos um tropeço do Euro, um vacilo do Dólar?
Tudo pode acontecer antes do apito final. Só não vale virar casaca.
Brasil pode fechar o ano como a 14ª economia do mundo
É triste dizer, mas a derrota dos 7 a 1 diante da Alemanha na Copa de 2014 teve um efeito colateral benéfico, que foi o de preparar nossos espíritos – inveteradamente otimistas – para o desastre econômico que nos vem sendo apresentado em capítulos.
Desde outubro do ano passado, quando os brasileiros foram às urnas para reeleger a presidente Dilma Rousseff, o valor do real (em relação ao dólar) despencou 53,9%. Para tornar o quadro ainda pior, o PIB de 2015 – se as previsões otimistas forem mantidas – vai ser 2,5% menor do que o do ano passado.
A perda de valor de nossa moeda e a queda do PIB vão tirar do setor de propaganda do Palácio do Planalto uma mensagem que muito utilizam, que é a de propalar com a boca cheia, de que o Brasil é a sétima economia do mundo. Infelizmente para nós, isso não é mais verdade.
Se os ventos nos forem favoráveis, fecharemos o ano em 13º ou 14º lugar no ranking mundial de PIBs. O que dói tanto ou mais do que a enfiada de 7 a 1 que levamos dos alemães.
Quando o Brasil era o sétimo maior PIB do mundo (2014: 2,35 trilhões de dólares), só tinha pesos-pesados à sua frente: Estados Unidos (17 trilhões), China (10), Japão (4,6), Alemanha (3,8), Reino Unido (2,9) e França (2,8)., segundo os dados do FMI. Esses seis países mantêm as mesmas posições, dada que a desvalorização de suas moedas em relação ao dólar foi bem inferior à do real em relação ao dólar. Hoje, à nossa frente, vários pesos-médios.
O Brasil, cujo PIB nominal era de 2,35 trilhões de dólares no final de 2014 (com o dólar fechando dezembro a R$2,65), tem sua moeda cotada hoje a 3,89 por dólar) e um PIB que deve ficar um pouco abaixo de 1,4 trilhão de dólares.
A Itália, que era a oitava principal economia do mundo, passou ao sétimo lugar. O euro, sua moeda, caiu cerca de 6% em relação ao dólar, desde janeiro. A economia do país, que havia declinado 0,4% no ano passado, deve crescer cerca de 0,5% este ano. Estima-se que o PIB italiano feche o 2015 um pouco acima de dois trilhões de dólares.
Em nono lugar, disputando de perto com a Itália a posição de oitava principal economia do mundo, está a India, com extraordinário desempenho econômico previsto para este ano (crescimento superior a 7%) e relativamente pequena desvalorização de sua moeda, a rúpia, em relação ao dólar, levará o país asiático a concluir o ano com um Produto Interno Bruto beirando os dois trilhões de dólares.
A posição de 10ª principal economia que no ano passado coube à Rússia, será este ano ocupada pelo Canadá, apesar da estagnação em que se encontra a atividade no país e da desvalorização do dólar canadenses em relação à moeda de seu vizinho EUA. Seu PIB estimado para o final de 2015 é de 1,7 trilhão de dólares.
As estimativas, com base no desempenho econômico e comportamento de suas respectivas moedas, são no sentido de Coréia do Sul, Espanha e Austrália cheguem ao final de 2015 com PIBs na casa de 1,4 trilhão de dólares.
Desde outubro do ano passado, quando os brasileiros foram às urnas para reeleger a presidente Dilma Rousseff, o valor do real (em relação ao dólar) despencou 53,9%. Para tornar o quadro ainda pior, o PIB de 2015 – se as previsões otimistas forem mantidas – vai ser 2,5% menor do que o do ano passado.
Se os ventos nos forem favoráveis, fecharemos o ano em 13º ou 14º lugar no ranking mundial de PIBs. O que dói tanto ou mais do que a enfiada de 7 a 1 que levamos dos alemães.
Quando o Brasil era o sétimo maior PIB do mundo (2014: 2,35 trilhões de dólares), só tinha pesos-pesados à sua frente: Estados Unidos (17 trilhões), China (10), Japão (4,6), Alemanha (3,8), Reino Unido (2,9) e França (2,8)., segundo os dados do FMI. Esses seis países mantêm as mesmas posições, dada que a desvalorização de suas moedas em relação ao dólar foi bem inferior à do real em relação ao dólar. Hoje, à nossa frente, vários pesos-médios.
O Brasil, cujo PIB nominal era de 2,35 trilhões de dólares no final de 2014 (com o dólar fechando dezembro a R$2,65), tem sua moeda cotada hoje a 3,89 por dólar) e um PIB que deve ficar um pouco abaixo de 1,4 trilhão de dólares.
A Itália, que era a oitava principal economia do mundo, passou ao sétimo lugar. O euro, sua moeda, caiu cerca de 6% em relação ao dólar, desde janeiro. A economia do país, que havia declinado 0,4% no ano passado, deve crescer cerca de 0,5% este ano. Estima-se que o PIB italiano feche o 2015 um pouco acima de dois trilhões de dólares.
Em nono lugar, disputando de perto com a Itália a posição de oitava principal economia do mundo, está a India, com extraordinário desempenho econômico previsto para este ano (crescimento superior a 7%) e relativamente pequena desvalorização de sua moeda, a rúpia, em relação ao dólar, levará o país asiático a concluir o ano com um Produto Interno Bruto beirando os dois trilhões de dólares.
A posição de 10ª principal economia que no ano passado coube à Rússia, será este ano ocupada pelo Canadá, apesar da estagnação em que se encontra a atividade no país e da desvalorização do dólar canadenses em relação à moeda de seu vizinho EUA. Seu PIB estimado para o final de 2015 é de 1,7 trilhão de dólares.
As estimativas, com base no desempenho econômico e comportamento de suas respectivas moedas, são no sentido de Coréia do Sul, Espanha e Austrália cheguem ao final de 2015 com PIBs na casa de 1,4 trilhão de dólares.
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