segunda-feira, 14 de abril de 2014

O 'soldadinho-playboy'



O PT descobriu que era preciso possuir uma milícia política para se proteger de seus adversários e tem financiado – Vila dos Patos é um celeiro deles – seus soldadinhos de bosta. São eles que promovem atos que os correligionários não poderiam praticar por falta de decoro e assim manchar a imagem imaculada do santo partido. Daí recorre aos mercenários sempre dispostos a tudo por dinheiro.
Como o recente caso de Rodrigo Grassi Cademartori, autointitulado “Rodrigo Pilha”, baderneiro com carteirinha de assessor parlamentar da deputada federal Érika Kokay (DF). O “soldadinho” postou na internet o vídeo hostilizando e insultando o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, chamado de “fascista” e de outros nomes. A deputada classifica como um direito de expressão (?) o insulto público ao ministro da Suprema Corte, a quem, em outro vídeo, o palyboyzinho classifica o ministro Joaquim Barbosa de “covarde” e o chama de “coxinha”.
O assessor baderneiro é um grande trabalhador do país, pago com dinheiro público, ocupado que está em repetir chavões para intimidar, inclusive fisicamente, qualquer um que avalie ser adversário do PT, e divulgar suas fotos em momentos de lazer – pilotando uma lancha, por exemplo, com um copaço de cerveja do lado do timão. Também organiza “protestos” como aqueles contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e a blogueira cubana Yoani Sánchez. É uma farra, mais uma, que o PT promove com o dinheiro público que deveria estar financiando trabalho, nunca “armando” desocupados.   

A mesma ladainha


A resolução da Comissão Executiva Nacional do PT, lançada semana passada, é mais uma das gracinhas que os petralhas adoram aplicar no povo sempre de olho em garantir apoio nas urnas. Num arroubo de patriotismo, vestiram a camisa da “defesa incondicional da Petrobras” contra os que querem sua privatização, repetindo o discurso que já usaram e abusaram nas eleições de Lula e Dilma. Foram agora até capazes de um gesto muito mais típico de propaganda de Estado Novo: “Quem agride a Petrobras, agride o Brasil”. Poderiam até reviver no documento “O Petróleo é nosso”, mas aí poderia sugerir que a Petrobras é deles, o que pegaria muito pior.
Como sempre o partido mostra que vive de slogans, por vezes de modelo não muito respeitável e repetindo fórmulas de outros tempos, para se defender dos escândalos em que seus próprios protegidos são protagonistas. É preciso para eles manter a máscara de protetores de patrimônio nacional desde que o mesmo esteja sob o domínio deles.
À nota divulgada pela comissão petista não convém lembrar que o que está em jogo nos escândalos recentes nada mais é do que a péssima gestão da empresa apadrinhada pelo loteamento de cargos feito pelos próprios governo e PT.
Ninguém em sã consciência é contra a Petrobras como empresa, mas contra a farta distribuição de cargos a incapazes de gerência, que só estão lá para favorecimento e fortalecimento do partido, promovendo casos esdrúxulos como o de Pasadena e da refinaria em Pernambuco. Qualquer um é contra o sucateamento da empresa promovido em 12 anos de governo petista, que levou a nº 4 do petróleo mundial a cair desbragadamente para posição de empresinha em 120ª posição. Tudo para que o governo seja servido, e bem, nas jogadas eleitoreiras.
Ninguém deve esquecer que é a Petrobras quem vem sofrendo, principalmente nos últimos anos de Didi, a faxineira do Planalto, com o controle de seus preços, abaixo do mercado mundial, só para impedir que suba a inflação e não seja com isso afetada a imagem da presidente em plena aceleração eleitoral. Sem falar que se tornou um propinoduto importante na malha de distribuição de recursos para políticos e suas siglas.
O que mais querem os petistas é tapar o sol com a peneira. Sempre fizeram esse trabalho sujo de imputar aos outros crimes, que eles mesmos cometem sob outras formas, ou embrulhar CPIs gigantes para não dar em nada. É preciso para eles sempre parecerem as vestais, todas puras, imaculadas. Mais franciscanos do que os coturnos petistas não há.