sábado, 1 de setembro de 2018

Beija-mão contra a soberania

Os ditadores de esquerda Chávez e Maduro repudiaram sempre qualquer notificação da ONU como ingerência na Venezuela e no “desejo do povo”. O ex-guerreiro do povo nicaraguense, Daniel Ortega, outro tirano esquerdista, pôs para correr esta semana uma missão da ONU sobre direitos humanos. E não é de hoje que o esquerdismo latino dá uma banana para recomendações e até representantes daquele órgão internacional. O próprio Brasil, nos tempos petistas, também criticou a entidade ao defender as posições dos “compañeros”. Para a esquerda debaixo do Equador, há que defender a região do ”imperialismo” das Nações Unidas.

A rejeição a qualquer recomendação da entidade como interferência na soberania nacional virou mantra do esquerdismo pilantra. Mas pela primeira vez os petistas saíram em defesa da ONU se meter absurdamente mesmo na Justiça brasileira. Tudo em nome do santo nome de Lula mesmo que apenas dois integrantes de um comitê não executivo de 18 nomes tenham “engolido” o cânone do autoritarismo brasileiro. Acostumado a ganhar no grito, contra até mesmo a legalidade, o lulismo montou o dogma de que Lula é o mais santo dos homens na Terra, perdendo no Céu apenas para Deus, e olhe lá. Portanto haveria uma injustiça contra a Lei de Deus.

O estratagema deu certo. E até convenceu um ministro do TSE, comovido com a “ilegalidade” brasileira contra o líder que lhe deu a eternidade monetária. Não houve qualquer constrangimento em ser o único voto a favor de um presidiário contra qualquer senso mínimo de justiça.

O ministro lembrou o deputado baiano Otávio Mangabeira que beijou a mão do general Dwight Eisenhower, em 1946, no Rio. Setenta anos depois, foi a vez de um integrante Superior Tribunal Eleitoral se curvar e beijar a mão de dois meros integrantes do comitê da ONU. 

Ante a palhaçada do PT, o juiz se ajoelhou e nem ficou vermelho de vergonha.
Luiz Gadelha

Analfabetos que não sabem contar

A mãe das muitas tragédias de nosso País é a falência de nosso ensino, incapaz de preparar os jovens brasileiros para o mundo contemporâneo globalizado e competitivo. O mais grave é que estamos em plena disputa eleitoral para escolher o presidente da República, que até bem pouco tempo atrás era tido como a esperança para retirar a Nação do caos e da crise, e não há em nenhum dos candidatos com alguma chance de vitória nada que possa alimentar nossa esperança de que, pelo menos, algo possa melhorar, ainda que seja um pouco. A realidade é que o povo vegeta e a elite política só cuida em manter e ampliar privilégios, entre os quais o direito a uma Justiça lerda, leniente e sem moral nem honra.

Propaganda eleitoral

Meu caro Coronel Martins Ferreira,
candidato extrachapa a deputado
ao congresso da Câmara Mineira,
desejo ser aí o mais votado.

A minha fé de ofício é de primeira.
Vale por um programa o meu passado,
e no congresso não direi asneira
todas as vezes…que ficar calado.

Fui caixeiro, depois fui negociante,
e do torrão natal, representante,
agora aspiro a ser como escrivão;

e, eleito, espero, mas que maravilha!
ser pai da Pátria e receber da filha
todo o subsídio, quer trabalhe ou não…

Belmiro Braga

Há males que vêm para piorar as coisas

Estamos padecendo a síndrome que acomete o Brasil a cada quatro anos. A bolsa cai, o dólar sobe, os empreendedores pisam no freio e o PIB encolhe. Há várias décadas venho denunciando que o sistema de governo e o sistema eleitoral são concebidos para favorecer os interesses políticos colegiados dos senhores congressistas. Quando isso é alcançado, que tudo mais vá para o inferno.

O tempo mais perdido da minha vida corresponde às muitas horas que gastei assistindo sessões de Comissões Especiais de reforma política promovidas pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Completamente inútil. Ao final de todos os trabalhos, preservamos o sistema vigente, cuja mais notável competência é a geração de crises periódicas.

Entende-se o motivo de nos mantermos amarrados ao pelourinho das tragédias: parcela significativa do conjunto dos eleitos vê sua atividade com os mesmos olhos que seus eleitores os veem. É uma questão de coerência: assim como os eleitores escolhem um parlamentar para cuidar de seus interesses pessoais, familiares, corporativos, etc., tais congressistas, simetricamente, entendem seus próprios mandatos como delegação para zelarem por seus próprios interesses pessoais, familiares, corporativos, etc.. Eleitor egoísta, que elege alguém para zelar por si, vota em candidato egoísta igual a si. E se desaponta.


Depois que ingressou na corrente sanguínea das instituições algum preceito que serve às conveniências corporativas dos parlamentares, dali não mais sai. É como despesa pública – uma vez transformada em rubrica orçamentária, fica até o Juízo Final. É o que vai acontecer com a conta das campanhas eleitorais. Uma vez transferida para a sociedade, pela extinção do financiamento privado, nunca mais será cancelada.

A imensa maioria dos eleitores brasileiros ansiava por grande renovação do Congresso Nacional na eleição do dia 7 de outubro. Contudo, a pressão exercida por um grupo de entidades – entre as quais OAB e CNBB – levou o STF a examinar a questão do financiamento privado e nossos supremos descobriram que ele era “inconstitucional”. Não me pergunte por quê.

A consequência logo se fez sentir. Os congressistas que estavam desistindo de suas reeleições voltaram à ativa. Paradoxalmente, nunca houve tanto desejo de renovação e nunca tantos buscaram a reeleição. De uma hora para outra, lhes foi proporcionada a prerrogativa de dispor sobre o montante e sobre a distribuição do dinheiro para as campanhas! Nossos mateus, então, passaram a cuidar dos seus, deixando à míngua de recursos os demais pretendentes às cadeiras que ocupam. E para tornar ainda mais difícil a vida dos novatos, o TSE regulamentou a atividade de campanha em proporções minimalistas. É quase proibido fazer propaganda eleitoral. A péssima prática agora em vigor impediu que candidatos novos pudessem buscar recursos entre empresas de sua região para enfrentarem, em condições menos desiguais, os detentores de mandato.

Contrastando com o dito popular, há males que vem para piorar as coisas. E essa modalidade de financiamento passa a ser um novo mal vitalício do nosso sistema político porque os parlamentos não revogam preceitos que beneficiem seus membros. Agradeçam ao STF essa conta financeira e o embaraço à manifestação democrática da vontade nacional nas urnas brasileiras.
Percival Puggina

Imagem do Dia

Didier Jallais

Veto do TSE a Lula higieniza processo eleitoral

Ao enquadrar Lula na Lei da Ficha Limpa, afastando-o do horário eleitoral e da urna, o Tribunal Superior Eleitoral expurgou da campanha de 2018 um elemento tóxico: o escárnio. Ao determinar ao PT que substitua o candidato, a Corte máxima da Justiça Eleitoral promoveu a higienização da disputa pelo cargo de presidente da República. A presença de um ficha-suja no rol de candidatos era uma nódoa que ameaçava a segurança jurídica e política do processo sucessório.

Do ponto de vista jurídico, a decisão rende homenagens ao princípio segundo o qual todos são iguais perante a lei. Sob a ótica moral, assegurou-se o direito do eleitorado a uma eleição eticamente sustentável. Sob o ângulo político, a desobstrução da cabeça da chapa petista favorece Fernando Haddad, o substituto de Lula. Esta será a campanha mais curta da história: 45 dias. E a ficção do candidato-presidiário tornava a corrida ainda mais curta para Haddad.

Em sua mais recente pesquisa, o Datafolha constatou: 31% dos eleitores declararam que certamente votariam num candidato indicado por Lula. Outros 18% informaram que talvez seguissem a orientação de voto do presidiário. Confirmando-se esses dados, ainda que parcialmente, Haddad saltaria de irrisórios 4% para um patamar qualquer acima dos dois dígitos na pesquisa, aproximando-se do segundo turno.

O PT tem agora a chance de testar o poder de transferência de voto do seu grande líder. No papel de carregador de postes, Lula já revelou uma força de estivador. Fez isso duas vezes com Dilma Rousseff em âmbito nacional. Repetiu o feito com o próprio Haddad, na esfera municipal. Entretanto, não conseguiu reeleger Haddad prefeito de São Paulo. Hoje, para complicar, é um cabo eleitoral preso.

No Brasil, imperativos legais e morais nem sempre são observados. Ao registrar Lula como seu candidato, o PT apostou que conseguiria nadar no charco da frouxidão institucional até 17 de setembro, quando não seria mais tecnicamente possível retirar a foto de Lula da urna, mesmo com a impugnação do registro da candidatura-fantasma. Nessa hipótese, o pedaço menos esclarecido do eleitorado votaria no presidiário sem saber que estaria elegendo Haddad.

Se permitisse que um único eleitor fosse submetido ao logro petista, o TSE seria cúmplice do escárnio. Interrompido o escracho, Haddad pode pedir votos de cara limpa, sem a máscara de Lula. E Manuela D’Ávila (PCdoB) já não precisa desempenhar o constrangedor papel de vice do vice. Higienizou-se o processo eleitoral.

A nova escravidão

Igor Morski
As empresas não querem mercados livres, querem mercados cativos
Noam Chomsky

Dirceu volta ao crime protegido pelo STF

Fico a imaginar como nós, brasileiros, somos idiotas. Às vezes até penso que merecemos que políticos corruptos, ladrões, lacaios e indecentes devem, mesmo, se manter no poder a julgar pela decisão da Segunda Turma do STF que deixou o Zé Dirceu, chefe de quadrilha, solto para fazer campanha do PT pelo Brasil. Fico mais perplexo ainda quando vejo a população se manter silenciosa e passiva diante de tanta sem-vergonhice, ao assistir, sem reação, ministros da corte suprema julgar um caso como o do Zé Dirceu com tamanha parcialidade e desfaçatez.

Pergunto aqui, sem querer ofender, qual o papel dos ministros Celso de Melo e de Edson Fachin nessa Segunda Turma, quando sabemos que são votos vencidos nos julgamentos que envolvem petistas? Nenhum. Ética e moralmente deveriam se ausentar desses julgamentos para não legitimar as decisões de carta marcada de seus colegas, cujos resultados das sentenças são conhecidos antes do julgamento.


Veja aqui que primor de argumento do ministro Dias Toffoli, ex-empregado de Zé Dirceu no governo Lula, publicado no UOL, para justificar o habeas corpus que vai deixar o amigo do peito solto por aí, sem tornozeleira, fazendo campanha para o PT e avançando nos cofres públicos, mesmo condenado a trinta anos de cadeia:
Toffoli afirmou que a manutenção da prisão preventiva após condenação em primeira instância significaria modificar a jurisprudência do Supremo, que prevê que a execução de uma pena deve começar apenas após a condenação em segundo grau.
Destacando que a prisão foi há quase dois anos, o ministro diz reconhecer gravidade dos delitos pelos quais foi condenado em Curitiba, mas afirmou que não há novos argumentos que justifiquem a continuidade da prisão preventiva do ex-ministro do PT. Outro argumento que utilizou foi que o grupo ao qual Dirceu fazia parte já não se encontra no Poder após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Viu? Isso mesmo, o grupo que Dirceu fazia parte “já não se encontra no Poder”. Trocando em miúdo, Toffoli quis dizer que a “quadrilha que Zé fazia parte já não existe depois que a Dilma foi demitida da presidência. É assim, usando de sofisma, que o ministro devolve Zé Dirceu à malandragem, à corrupção e à delinquência. É assim, coisa de compadrio, tipo: acuso você de delinquente, você faz que se ofende, mas em compensação eu tiro você do presídio. Ou seja: digo para sociedade que estou sendo imparcial ao condenar os atos do réu, mas deixo ele livre para delinquir.

É dessa forma parcial que a Segunda Turma vem agindo nos processos do PT, pois tem entre seus integrantes dois ministros que chegaram até ao tribunal pelas mãos partido. Ricardo Lewandowski, indicado para corte com ajudinha de Marisa, mulher de Lula, é o mais aguerrido defensor petista de todos eles. É aquele do impeachment da Dilma que contrariou a própria Constituição que jurou defender ao não cassar os direitos político da ex-presidente, como a corte fez com Collor mesmo ele renunciando antes da abertura do processo de impedimento, um atropelo jurídico.

Olhe aqui outra preciosidade do que Lewandowski disse para justificar o habeas corpus que deixaria Zé Dirceu em liberdade:
Há jurisprudência para vários lados, diversas direções e como vi o ministro Toffoli fazer referência, em direito penal e no direito processual, cada caso é um caso. Não existem teses definitivas aplicáveis mecanicamente, é preciso sempre sopesar os fatos em concreto.
Hahahaha. É preciso sempre sopesar. Sopesar: “calcular, ponderar, estimar, considerar, apreciar, avaliar, …Assim, “sopesando”, ele também decidiu pela liberdade de Zé Dirceu, um corrupto legítimo, condenado a 30 anos de cadeia, que agora está rodando o país em campanha para eleger um candidato do PT sob a proteção do Supremo Tribunal Federal que o liberou para ser cabo eleitoral com direito a pedir voto para quadrilha lulista a qual ele pertence. Zé, livre, de quebra ainda anuncia o lançamento de um livro sobre os anos que passou mofando na cadeia.

É diante dessa excrecência que volto a afirmar aqui: a escolha desses caras para compor o STF é equivocada. Eles não podem ser indicados monocraticamente pelo presidente da república que os transformam em refém. Ou você acha que um ministro, indicado por um presidente, julga com isenção aquele que o nomeou? Não.

A partir de setembro Toffoli assume o STF. Olho nele!

Pioneiro da internet quer que você largue as redes sociais

Apesar das críticas às redes sociais e inclusive das campanhas midiáticas para abrir mão delas, poucos usuários tomam a decisão de apagar suas contas. O Twitter continua com seus 300 milhões de perfis, o Facebook tem mais de dois bilhões, e o Instagram segue crescendo e já passa dos 500 milhões.

Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, considera que os benefícios destas redes não compensam os inconvenientes. E em seu último livro, Ten Arguments For Deleting Your Social Media Accounts (“Dez argumentos para apagar as suas contas nas redes sociais”), dá motivos para largar o Twitter, o Facebook e inclusive o WhatsApp e os serviços do Google. Se pudermos. E mesmo que seja só por uma temporada. Estes são alguns dos motivos que ele propõe nesse texto escrito a modo de manifesto amável:

 Malte Mueller 

1. Você está perdendo sua liberdade. As redes sociais, em especial o Facebook, pretendem guardar registro de todas as nossas ações: o que compartilhamos, o que comentamos, o que curtimos, aonde vamos. “Agora todos somos animais de laboratório”, escreve Lanier, e participamos de uma experiência constante para que os anunciantes nos enviem suas mensagens quando estivermos mais suscetíveis a elas.

Isto também teve consequências políticas: os grupos que distribuem notícias falsas encontraram uma “interface desenhada para ajudar os anunciantes a alcançarem seu público objetivo com mensagens testadas para conseguir sua atenção”. Para o Facebook tanto faz se estes “anunciantes” são empresas que querem vender produtos, partidos políticos ou difusores de notícias falsas. O sistema é o mesmo para todos, e melhora “quando as pessoas estão irritadas, obcecadas e divididas”.

2. Estão lhe deixando infeliz. Lanier cita estudos que mostram que, apesar das possibilidades de conexão que as redes sociais oferecem, na verdade sofremos “uma sensação cada vez maior de isolamento” por motivos tão díspares como “os padrões irracionais de beleza e status, por exemplo, ou a vulnerabilidade aos trolls”.

Os algoritmos, escreve ele, nos colocam em categorias e nos ordenam segundo nossos amigos, seguidores, o número de curtidas ou retuítes, o muito ou pouco que publicamos… “De repente você e outras pessoas fazem parte de um monte de competições das quais não pediu para participar”. São critérios que nos parecem pouco significativos, mas que acabam tendo efeitos na vida real: “Nas notícias que vemos, em quem nos aparece como possível relacionamento amoroso, em que produtos nos oferecem”. Também podem acabar influenciando em futuros trabalhos: muitos dos responsáveis por recursos humanos procuram seus candidatos no Facebook e no Google.

Quanto aos trolls, Lanier adverte que “todos temos um troll dentro de nós”. No contexto das redes sociais, as opiniões se polarizam, e frequentemente as discussões não são oportunidades para dialogar, e sim para ganhar pontos à custa de expor os outros, numa espécie de antidialética da lacração. Lanier nos pergunta a respeito desse comportamento: “Você é tão amável como gostaria de ser?”.

3. Estão enfraquecendo a verdade. Lanier lembra que as teorias da conspiração mais loucas (ele dá o exemplo dos antivacinas) frequentemente começam nas redes sociais, onde seu eco se amplifica, frequentemente com a ajuda de bots e “antes de aparecerem em veículos de comunicação extremamente partidários”. O próprio terraplanismo nasceu a partir de poucos grupos do Facebook, amplificados por um algoritmo que dava repercussão a essas publicações e compartilhavam mais por seu conteúdo disparatado do que por seu verdadeiro alcance.

4. Estão destruindo sua capacidade de empatia. Com esse argumento, Lanier se refere principalmente ao filtro bolha, termo criado por Eli Pariser. No Facebook, por exemplo, as notícias aparecem na tela de acordo com as pessoas e os veículos de comunicação que seguimos e, também, dependendo dos conteúdos de que gostamos. A consequência é que nas redes frequentemente acessamos somente nossa própria bolha, ou seja, tudo aquilo que conhecemos, com o que estamos de acordo e que nos faz sentir confortáveis.

Ou seja, não vemos outras ideias, recebemos somente suas caricaturas. E, consequentemente, em vez de tentar entender as razões por trás de outros pontos de vista, nossas ideias se reforçam e o diálogo é cada vez mais difícil.

5. Não querem que você tenha dignidade econômica. Lanier explica que o modelo de negócio que predomina na Internet é consequência do “dogma” de acreditar que “se o software não era grátis não podia ser aberto”. A publicidade foi vista como uma forma de solucionar esse problema.

Lanier propõe já desde livros anteriores como Who Owns the Future? (“Quem controla o futuro?) que existem outras alternativas, como pagar para usar serviços como o Google e o Facebook. Em troca, poderíamos receber alguma compensação de acordo com nossa contribuição, que pode ser de conteúdos aos dados que hoje damos de graça para que sejam vendidos em pacotes de publicidade.

Essas são somente algumas das razões expostas por Lanier em um livro que, como o próprio autor admite, nem mesmo chega a tocar alguns temas que não o afetam tão diretamente, como “as pressões insustentáveis em pessoas jovens, especialmente mulheres” e como “os algoritmos podem discriminá-lo por racismo e outras razões horríveis”.

Lanier não quer acabar com a Internet. Pelo contrário: deixar as redes, ainda que somente por um tempo, pode ser uma forma de saber como estão nos prejudicando e, 
principalmente, percebermos o que poderiam nos oferecer.