Beija-mão contra a soberania
Os ditadores de esquerda Chávez e Maduro repudiaram sempre qualquer notificação da ONU como ingerência na Venezuela e no “desejo do povo”. O ex-guerreiro do povo nicaraguense, Daniel Ortega, outro tirano esquerdista, pôs para correr esta semana uma missão da ONU sobre direitos humanos. E não é de hoje que o esquerdismo latino dá uma banana para recomendações e até representantes daquele órgão internacional. O próprio Brasil, nos tempos petistas, também criticou a entidade ao defender as posições dos “compañeros”. Para a esquerda debaixo do Equador, há que defender a região do ”imperialismo” das Nações Unidas.
A rejeição a qualquer recomendação da entidade como interferência na soberania nacional virou mantra do esquerdismo pilantra. Mas pela primeira vez os petistas saíram em defesa da ONU se meter absurdamente mesmo na Justiça brasileira. Tudo em nome do santo nome de Lula mesmo que apenas dois integrantes de um comitê não executivo de 18 nomes tenham “engolido” o cânone do autoritarismo brasileiro. Acostumado a ganhar no grito, contra até mesmo a legalidade, o lulismo montou o dogma de que Lula é o mais santo dos homens na Terra, perdendo no Céu apenas para Deus, e olhe lá. Portanto haveria uma injustiça contra a Lei de Deus.
O estratagema deu certo. E até convenceu um ministro do TSE, comovido com a “ilegalidade” brasileira contra o líder que lhe deu a eternidade monetária. Não houve qualquer constrangimento em ser o único voto a favor de um presidiário contra qualquer senso mínimo de justiça.
O ministro lembrou o deputado baiano Otávio Mangabeira que beijou a mão do general Dwight Eisenhower, em 1946, no Rio. Setenta anos depois, foi a vez de um integrante Superior Tribunal Eleitoral se curvar e beijar a mão de dois meros integrantes do comitê da ONU.
Ante a palhaçada do PT, o juiz se ajoelhou e nem ficou vermelho de vergonha.
Luiz Gadelha
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