Os venezuelanos ocuparam Tocantins e Manaus enquanto os brasileiros seguiram por Maracaibo até chegar às portas de Caracas. A ideia era conquistar as refinarias venezuelanas. O verão assolador alterava o ânimo das tropas. Os venezuelanos atolados na lama da estrada Belém- Brasilia e os brasileiros acampados às portas de Caracas tentando descobrir pelo waze onde ficavam as refinarias de petróleo.
Quando as tropas se encontraram no meio da floresta confraternizaram e enquanto aguardavam ordens rolou um carteado e uma roda de samba. Os foguetes haviam sido todos lançados e errado os alvos. Algumas crateras se formaram na periferia de Caracas e outras nos gramados de Brasilia. Bolsonaro se refugiou no Palácio da Alvorada e a cada tanto lançava uma live vestido de soldado dizendo que iria resistir até as eleições de outubro de 22.
Maduro fazia o mesmo de Caracas e Biden tentava colocar panos quentes na disputa dizendo também que ia resistir até as próximas eleições.
Bolsonaro mandou importar da Rússia uma mesa gigante para poder encontrar os lideres políticos envolvidos na batalha, que aliás eram poucos. Boric se dedicava aos problemas chilenos e Alberto Fernandes fazia o mesmo na Argentina. Bolsonaro andou usando a mesa gigante para jogar botão com seus filhos enquanto aguardava um movimento suspeito do seu inimigo Maduro. O petróleo no Brasil subia e a Venezuela só ria do problema brasileiro.
Como as tropas já estavam cansadas e praticamente desarmadas Bolsonaro começou a chamá-las de volta. Nada que uma boa fake news não resolvesse. Bastava dizer que foi um treinamento no norte do país e pronto. Se confundiram com as fronteiras, mas já voltaram ao Brasil. Alguns soldados venezuelanos pediram asilo ao Brasil e outros voltaram por Salvador e Recife para curtir uma praia. Nada como uma invasão para conhecer novos lugares.
Com o impasse estabelecido Bolsonaro pediu um novo aumento da gasolina, compreensão aos caminhoneiros e emendas ao congresso. Maduro foi passar férias na Disney a convite de Biden e a imprensa oficial continuava cobrindo o conflito da Ucrânia ignorando completamente a guerra da Amazônia por falta absoluta de imagens chocantes ou emocionantes. A fome habitual dos brasileiros já era matéria manjada e não dava mais audiência.
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