Governo reforma prédio escolar para ser a sede de reserva ecológica |
O príncipe europeu tinha uma só questão. Era ser ou não ser.
O consorte da nobreza petista, em Maricá, sempre está apenas com uma dúvida:
Mentir ou enganar? Qualquer que seja a opção, estará felicíssimo com seu ego.
Ambas são o único caminho para não mais voltar à miséria física, pois da
miserabilidade moral nunca saiu.
É dessa maneira que saem os projetos mirabolantes da ratatuia,
que sempre vêm embrulhados em grandeza social. Como da criação da área de
reserva ambiental, da qual excluiu um costão em Ponta Negra por interesse na
criação de um estaleiro. Um agrado comum para os poderosos endinheirados que
possam contribuir para campanhas eleitoreiras. As mesmas que entronizam e
eternizam o partidão aqui e em outras terras.
Em outra compensação de um condomínio fechado, em distrito
sem escola, se destrói parte da área nativa e paga-se o contributo de R$120 mil
para o educador transformar a escola antiga e abandonada pelos poderes numa
sede de parque mais prestigiosa e de maior visibilidade. Uma merreca em termos
de criminalidade ambiental, mas está em jogo a campanha da própria mulher ao
legislativo estadual e um reforço no imposto predial. É mais um dinheiro que
entra para a poupança eleitoreira do casal. E por um desses paradoxos, a candidata
aparece como defensora da educação, mas vê com alegria o sepultamento de uma
escola.
Assim vai para o espaço o atendimento escolar em detrimento
de ambições políticas e interesses econômicos privados. Em troca, o município
ganha mais um, o enésimo, factoide com que o governo municipal possa espalhar
nas redes e jornais associados ou comparsas bem pagos.
Essa mesma escola, a qual prometeu, em 2009, revitalizar e
inclusive doaria “uma estante velha”, que tinha em casa, para formação de
biblioteca, será reformada enfim para sede de uma reserva municipal. O que
deveria atender à educação será agora um prédio com quiosques, videoteca e
biblioteca com até 5 mil volumes (!!) bem mais do que a própria biblioteca
municipal entregue hoje às baratas e que sequer sonha com videoteca. É muita
cretinice esbanjada em uma só propaganda enganosa.
Troca-se assim área nativa e escola para a população próxima
por um projeto para encher páginas de jornais com publicidade de um governo que
sempre fará mais, muito mais do que se imagina, para si do que para o
contribuinte.
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