O ex-presidente salvadorenho Francisco Flores Pérez se
juntou ao grupo dos outros ex-presidentes constitucionais e governantes de fato
da América Central que foram denunciados por suposta corrupção. De um total de
32 homens e mulheres que governaram os seis países centro-americanos entre 1990
e 2010, há 13 que estão sendo ou foram interrogados por supostos atos
irregulares e um deles – o guatemalteco Alfonso Portillo Cabrera – já foi
extraditado aos Estados Unidos e está preso por “lavagem” de dinheiro e outras
acusações.
O histórico dos presidentes e ditadores nos últimos 35 anos
é desigual. Há políticos com prestígio e outros, do costarriquenho Oscar Arias
Sánchez, que coleciona títulos honoris causa de universidades na América,
Europa e Ásia e é um dos mais prestigiados da região, até Efraín Ríos Montt,
acusado de genocídio em seu regime despótico de 1982 e 1983, ou o nicaraguense
Anastasio Somoza Debayle, herdeiro de uma ditadura instalada em 1934, derrubado
em 1979 e assassinado em um ataque com bazuca no Paraguai, em 1980.
A crise judicial envolvendo políticos ou militares que
chegaram ao poder por meios legais ou ilegais tem sido uma constante nos
últimos anos, e o caso mais recente é o de Flores, que governou de
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