domingo, 13 de setembro de 2015

O fascínio pelo poder

Se meu nobre amigo Augusto Nunes me permite a indicação, é excelente o artigo de Ricardo Vélez Rodrígues hoje replicado no vizinho distante, Aluízio Amorim. Um retrato bastante preciso e sem retoques do que é a petralharia no poder. Só volto a discordar do Olavão e seus discípulos quando todos insistem em traduzir para um refinado planejamento intelectual desses carcamanos o que é uma mentalidade pura e simples.

Já disse aqui que conheço uma seita por dentro. Posso afirmar de cátedra que as decisões não se dão milimetricamente calculadas; pelo contrário. Tal como uma reunião de vespas raivosas, a coisa se dá na base do “vibrar na mesma onda” e ganha adeptos imediatos entre aqueles que só pensam com a metade esquerda do cérebro baldio. Alguém inventa lá: “Vamos enganar nossos otários assim? Logo uma multidão de falsários, vigaristas, ascendentes sociais e militantes marretas se oferecem para o pedido de gincana da vez. É um erro acreditar que gente com tanta deficiência intelectual saiba o que está fazendo.


O que existe e que une essa galera torta feito cola de sapateiro é um fascínio desmesurado pelo poder. Onde se esconde Dilmita bacana? A dona colhida pela maior crise republicana brasileira vai para o meio do mato entregar casinhas. Bem se vê o que resta de toda sua ideologia marreta e sua baioneta retórica. Uma espécie de osmose com o Sílvio Santos. Um “quem quer dinheiro” picareta, elegendo a compra de apoios e armistícios como a muleta da vez para a sua oceânica antipatia crônica. O sonho dourado de Dilma e Lula é a aceitação. Para isso não poupam os cofres públicos, em busca de apoio para aplacar a gigantesca síndrome de preteridos. Este é exatamente o ponto, meus caros.

Evidente que tal crise de identidade acaba por reverberar em muito brasileiro. Todos aqui querem subir pelo atalho. Ganhar tempo em meio ao terreno baldio e à pirambeira moral aqui erigida. Se o governo oferece esse atalho via alinhamento, dinheiro fácil, compadrio e um “corruptos anônimos”; um tipo de apoio psicológico onde você encontra outros na mesma condição para sublimar as culpas, a coisa se torna um grande clube de batedores de carteira, não é mesmo? É o que eu vejo vicejar no país; uma mentalidade e um culto ao tacanhismo. Tal como as pirâmides, evidente que a corrente um dia se quebra. Evidente que os últimos elos da corrente não receberão o que lhes foi prometido.

O que falta saber aqui, e isso todo brasileiro de bem anda esperando, é se a polícia, que já foi acionada para desbaratar a quadrilha, vai chegar a tempo de prender seus principais executores. Ou eles continuarão com essa desfaçatez, humilhando os decentes, ameaçando a sociedade pagante com mais impostos, stédiles amestrados e mais roubalheiras?

Dilmita bacana, lá da Martinica, não consegue se divertir com um cacho de banana nanica. Precisa seviciar uma nação inteira. É claro que a síndrome de rejeição dela e do pai, Lula da Silva, assumirá contornos de patologia extrema ao saberem que o que fizeram ao país gera cadeia. Acho, no entanto, que a civilidade, as relações humanas, o apreço pelo pátria e os valores nacionais deveriam vir primeiro, na escala natural das coisas. É didático impor ao cidadão a responsabilidade pelos seus atos, mandos e desmandos.

Mais que isso: é fundamental para um país que se quer nação. Se estes dois senhores não tiverem o fim que a sociedade vem exigindo, o país estará condenado. Que os homens da lei pensem bem nisso. Trabalhar numa seara onde o bandido é o dono do pedaço definitivamente não faz do policial um homem correto. Ser presidido por bandidos não faz o país trilhar um bom caminho. Ter estes políticos que aí estão, relativizando as coisas, não leva o país um milímetro sequer adiante. E o preço a pagar por tudo isso sobe a cada dia. Precisa desenhar?

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