quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Mas que país é este?

... onde o presidente da República, pressionado por deputados, nomeia para diretor do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério, uma das áreas mais sensíveis da política pública no setor, João Salame Neto, ex-prefeito de Marabá, no Pará, citado por delatores da Odebrecht como tendo recebido parte do R$ 1,5 milhão doados, na eleição de 2014, a ele e ao atual ministro Helder Barbalho, da Integração Nacional? Salame Neto responde também a processo por improbidade administrativa.

... onde foi aberta a temporada de caça a 60 cargos públicos, no mínimo, cujos ocupantes, indicados por deputados que votaram a favor da licença para que o presidente da República fosse processado por corrupção, serão substituídos por outros a serem indicados por deputados que votaram contra a licença? As trocas começarão em breve.

... onde a funcionária encarregada da agenda e das roupas da primeira-dama fura a fila de pretendentes ao mesmo benefício e é contemplada com um apartamento funcional cedido pelo governo?

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... onde desponta como forte candidato a presidente da República um deputado, no caso Jair Bolsonaro (sem partido-RJ), condenado pelo Superior Tribunal de Justiça por ter-se referido assim à sua colega Maria do Rosário (PT-RS) em discurso na Câmara e, depois, em entrevista a um jornal: “[Eu não a estupraria] porque ela é muito ruim, muito feia, não faz meu gênero”? Bolsonaro será obrigado a pagar R$ 10 mil a Maria do Rosário e a postar a decisão da Justiça em sua página oficial no Youtube.

... onde 84 juízes de Mato Grosso receberam mais de R$ 100 mil no contracheque de agosto, sendo que 18 deles ultrapassaram os R$ 300 mil? O maior salário no serviço público deve ser de pouco mais de R$ 33 mil como manda a Constituição. O juiz Mirko Vincenzo Giannotte, também de Mato Grosso, recebeu R$ 503 mil.

... onde o governador de um Estado quebrado, que não consegue pagar sequer em dia o salário dos servidores, lança um edital para contratar em proveito próprio um jatinho por até R$ 2,518 milhões? O Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou, ontem, que foi instaurado um procedimento para investigar o caso. O governador Luiz Fernando Pezão nada disse a respeito.

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