I
Pobre no frio se acabando,
Já faltou água no pote,
O mato dá na canela,
Se queimou o cabeçote
E um governador melado
Pulando igual um caçote.
II
Baba-ovo de magote
Com a boca no angu:
- E viva o governador,
Que eu tou mió do que tu!
E a turma do Palácio
Se acabando na Pitu.
III
Nada se faz de concreto
E haja reunião:
Depois de mais de três horas
De muita aporrinhação,
Vem uma moça do partido
Querendo uma “colocação”.
IV
O buraco na calçada,
O desemprego na porta,
A água chegou na lama
Que secou a nossa horta
E um aspone indefinido
Dizendo assim: “Eu tô morta!”.
V
O governante pensando
Que está muito bacana,
O povo torcendo a cara:
- Lá vai o troco, sacana!
E o grande indefecável
Se vendendo por banana!
VI
A eleição vem aí:
Quem comeu a bananada
Vai dizer que é do povo
E não sabia de nada.
Quem quiser voar sem asa
Pegue um foguete da Nasa
E amarre na rabada!
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