Outro segmento tem escolaridade mínima; por isso, não decifra as artimanhas dos agentes políticos na publicidade e nas estratégias para captar eleitores, sem compromisso de promover alterações profundas na estrutura socioeconômica. Esse grupo é o maior, tornando-se o sustentáculo de políticos que se perpetuam no poder, cuidando apenas de seus interesses pessoais e das metas partidárias.
A terceira parcela espera que outros lutem pelo seu bem-estar, sem considerar as diferenças na postura de legisladores íntegros e gestores competentes. Isso ficou nítido na manifestação do dia 26 de março, quando houve adesão menor para expressar o repúdio às autoridades que ainda mantêm fraude, corrupção, gastos exorbitantes, atos secretos etc. A omissão foi lamentável, diante desses crimes praticados por políticos de diferentes partidos, que, ignorando suas atribuições para construir uma nação próspera, dilapidam o patrimônio público e corroem os alicerces morais da sociedade brasileira.
Tal afirmativa pode nortear nossa postura para exigir a indispensável correção das distorções na legislação e práxis dos políticos, pois uma considerável parcela da riqueza nacional é perdida nos desvãos da corrupção, de obras públicas equivocadas e de péssima administração, enquanto a população padece de carências inconcebíveis para o terceiro milênio. Seriam ações simples, como repudiar medidas demagógicas ou manifestar, diuturnamente, a insatisfação pelos frequentes desmandos no país. Esses gestos indicariam aos poderosos que eles não são intangíveis e precisam mudar sua conduta, reconhecendo seu status de mandatários da vontade popular.
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