Antes do futuro do país, o que está em jogo na reforma da Previdência é o futuro do governo Temer. A rejeição dessa reforma —ou a aprovação de uma reforma pífia— fariam de Temer um presidente irrelevante. Daí a dramatização do discurso. Pelas contas oficiais, se a reforma não sair, em dez anos os gastos com a Previdência e a folha salarial consumirão 95% do dinheiro disponível para cobrir as despesas da União. De olho nas urnas de 2018, muitos congressistas acham que ainda é possível soprar o balão. O governo alerta que a Previdência não resiste a mais um hálito. E o brasileiro assiste ao embate com a sensação de que os dois lados já encheram o bastante e que alguma coisa vai estourar na sua cara a qualquer momento.
terça-feira, 11 de abril de 2017
Governo Temer adota a tática do balão de festa
Depois de ceder além do que gostaria na proposta de reforma da Previdência, o governo submete seus aliados no Congresso à tática do balão de festa. Consiste basicamente em alertar deputados e senadores para o fato de que não é possível adotar em relação à Previdência um comportamento de criança que, em festa infantil, fica enchendo o balão para testar o ponto de ruptura. O governo sustenta que, no caso da Previdência, um sopro a mais no balão fará com que o déficit previdenciário estoure na cara do país. Nessa teoria, a lamentação depois do fato não impedirá as dores de uma reforma feita tardiamente, após o estouro do balão.
Com o mandato questionado na Justiça Eleitoral e sem apoio popular, Temer costuma apresentar a maioria sólida que seu governo ostenta no Congresso como o grande capital político do seu governo. É esse diferencial, diz o presidente, que vem permitindo ao governo avançar em reformas que trarão de volta o crescimento econômico. Pois bem, a reforma da Previdência põe em risco esse único pilar de sustentação do governo Temer.
Antes do futuro do país, o que está em jogo na reforma da Previdência é o futuro do governo Temer. A rejeição dessa reforma —ou a aprovação de uma reforma pífia— fariam de Temer um presidente irrelevante. Daí a dramatização do discurso. Pelas contas oficiais, se a reforma não sair, em dez anos os gastos com a Previdência e a folha salarial consumirão 95% do dinheiro disponível para cobrir as despesas da União. De olho nas urnas de 2018, muitos congressistas acham que ainda é possível soprar o balão. O governo alerta que a Previdência não resiste a mais um hálito. E o brasileiro assiste ao embate com a sensação de que os dois lados já encheram o bastante e que alguma coisa vai estourar na sua cara a qualquer momento.
Antes do futuro do país, o que está em jogo na reforma da Previdência é o futuro do governo Temer. A rejeição dessa reforma —ou a aprovação de uma reforma pífia— fariam de Temer um presidente irrelevante. Daí a dramatização do discurso. Pelas contas oficiais, se a reforma não sair, em dez anos os gastos com a Previdência e a folha salarial consumirão 95% do dinheiro disponível para cobrir as despesas da União. De olho nas urnas de 2018, muitos congressistas acham que ainda é possível soprar o balão. O governo alerta que a Previdência não resiste a mais um hálito. E o brasileiro assiste ao embate com a sensação de que os dois lados já encheram o bastante e que alguma coisa vai estourar na sua cara a qualquer momento.
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